quarta-feira, 25 de março de 2009

Existe

Você pensa que isso nunca vai acontecer com você. Porque você segue aquele raciocínio: se até agora não rolou, não vai ser às vésperas dos 30 que vai rolar. E o negócio é que você vai vivendo. E você já quebrou tanto a cara e já fez tanta burrada nessa vida que, agora que você consegue controlar sua ansiedade e entendeu que é possível ser feliz sem estar com o coração na boca por causa de alguém, por que mudar isso? E você está lá, com aquele mocinho, que te ajudou num momento tão bizonho da sua vida. E ele não é o que você sempre quis, você sabe que aquilo não dura muito mais, mas ah, ele é boa companhia. Tá bom. E o Universo não ajuda nessas horas, né?

Ajuda sim.

Porque aí você conhece alguém que se encanta por você. Alguém com quem você pode passar horas e horas seguidas conversando e nem vê o tempo passar. Alguém que ENTENDE o que você fala, entende suas piadas, entende seu senso de humor. Compartilha dele. Claro, você se encanta por ele. Mas fica aquela coisa, né. Você já viveu algo que começou assim, lindamente. E você sofreu. E doeu tanto, tanto, que foram meses pra não sentir mais aquela dor. E se... E se der errado, e se eu sofrer de novo, e ele mora longe e você uma vez se prometeu que não se envolveria com alguém que morasse mais do que 30 quilômetros da sua casa.

E na virada do ano ele te puxa e te dá o maior abraço do mundo e te deixa chorar todo o sofrimento que foi 2008 no peito dele. Aí ele te pega pelas mãos e te leva pra pular 7 ondas. E aí vocês voltam correndo para a festa e ele te beija e o mundo para e ele te leva embora dali. E, depois disso, vocês nunca mais se separam. Mesmo um pouco distantes, vocês estão sempre juntos. E conversam sempre. Todos os dias, sem falhar. E compartilham a vida, e dançam juntos e riem juntos. Sempre.

E você reluta em falar a respeito desse jeito, tão aberto. Mas se você já escreveu tanta tristeza por essas bandas, por que não escrever algo que tem te feito tão feliz?

Né?

E foi meio assim que eu me apaixonei. Muito. E foi assim que eu vi que o relacionamento que eu achava que eu nunca ia ter, eu tenho. Ele existe. Sem perfeição, cheio de percalços, mas existe. E é isso. Eu estou feliz. E muito, muito apaixonada.

sábado, 21 de março de 2009

Aí eu fico doente e escrevo 3 posts. Pronto, agora só volto aqui mês que vem.

Baladinha show

Eu tenho 30 anos de idade e não tenho mais a menor vontade de sair de balada.

Não sei se isso é grave, mas já acontece faz um tempo. Eu gosto de festas fechadas, gosto de sair pra jantar, gosto de beber na casa de minha melhor amiga, juntamente com meus melhores amigos. Gosto de sair pra dançar, me animo pra ir num forrózinho, gosto de sair com meu namorado.

Mas balada, estilo ter que enfrentar fila, ter que entrar num ambiente lotado, ter que ficar desviando de pessoas que insistem em andar pela pista de dança, me impedindo de dançar livremente? Eu passo. Não tenho a menor noção de a quantas anda a vida noturna paulistana, não sei que lugares são legais, não sei mais de nada. Só de pensar em me arrumar, pegar táxi, chegar num lugar cheio de gentalha e ainda gastar com táxi pra voltar me dá a MAIOR preguiça.

Será que isso é velhice? Ou é frescura?

Rouge

Eu achava que era impossível alguém que não viveu na roça, alguém que mora numa grande cidade, alguém que trabalha numa avenida movimentada da cidade não saber passar blush. Porque tirando todas as técnicas (que eu muitas vezes ignoro), não chega a ser um bicho de 7 cabeças. Basta um pouco daquilo que tanto falta nesse mundo: noção. É pra passar blush e ficar parecendo fantasia de Festa Junina? Não. É pra passar fazendo um risco bem aparente na maçã do rosto? Não. É pra lambrecar a bochecha TODA, eu disse TODA, com um quilo de blush rosa? Não.

É só pra você passar de maneira a parecer que você é uma pessoa saudável. Que deu uma corridinha e uff, ficou com aquelas bochechas com aquele tom bonito, natural.

Mas as pessoas não têm noção. Nem senso estético. E ferem minhas retinas, já fatigadas, com aberrações "maquiagenzísticas" que fariam especialistas sentarem à margem da Avenida Faria Lima e chorarem. Essa semana vi uma menina que passou tanto, mas tanto blush nas bochechas que ela parecia um biscoito recheado de morango aberto. Tava feia a coisa.

Pessoal, vamos lá:

CARA DE SAÚDE. Sim.
LAMBRECAÇÃO. Não.
NOÇÃO. Sim.
Continuar fazendo a maquiagem que você fazia aos 7 anos de idade e usava o pó de arroz da sua mãe escondida. Não.

Fui clara?

Quarta-feira

Vou contar aqui como foi a minha última quarta-feira.

7:30 - 8:30 - Aula
9:00 - 10:00 - Aula
Corrida até uma livraria especializada para comprar material de dois alunos novos. Voltei pra casa, engoli um pedaço de cuzcuz e...
12:00 - 14:00 - Aula
Fui tomar um café e comer algo porque logo em seguida...
15:45 - 16:45 - Aula
16:45 - 17:45 - Aula
Semi-corrida para chegar na empresa onde...
18:00 - 20:00 - Aula
Aí atravessei a avenida e fui ao Iguatemi jantar. Comi um bife à parmegiana bem meia boca, que aquela praça de alimentação do Iguatemi é o erro. Fail total. Variedade zero, preços altos, mas é o que tínhamos para o momento. Engoli a comida, e quem me conhece sabe o quanto eu sou lenta pra comer - não porque eu falo demais (cof cof), mas porque comer rápido me faz passar mal. Passei no Viena pra comprar uma mousse de chocolate, corri na Americanas pra tentar comprar um DVD de presente pro meu pequeno futuro cunhado que aniversariará (gostaram do neologismo?), isso comendo mousse e andando. Chovia lá fora, peguei um táxi e...
21:00 - 22:30 - Aula.
Tive que terminar a aula 20 minutos mais cedo porque comecei a passar mal por ter jantado tão rápido. Maravilha.

Perceberam como foi meu dia? Não me sobrou tempo nem pra comer direito. Não estou reclamando, é ótimo ter tantas aulas, é ótimo trabalhar, é ótimo mesmo e eu adoro meus alunos. Mas o corpo não aguenta, minha gente.

Aí ontem eu amanheci com muita dor de garganta, não dei as duas primeiras aulas. O aluno da tarde me ligou, ouviu que eu estava com a maior voz de traveco do mundo, mas mesmo assim veio ter aula. Ele falava, meus olhos ardiam, eu falava, meu peito doía. Cancelei a última aula e hoje passei uma tarde agradabilíssima no hospital, tomando dipirona na veia. Porque a gripe chegou fortona.

Sabe aquele lance de falta de tempo? De muita correria? De muito trabalho?

É real, meu povo, é real.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Dois pra lá, dois pra cá

Três semanas sem ir à aula de dança. Pior: sem dançar NADA (pular em blocos carnavalescos não conta). Cheguei a pensar que não sentiria tanta falta, cheguei a pensar que, sei lá, eu conseguiria parar de fazer o curso. Porque eu mudei de horário e agora faço aulas das 21:00 às 22:30. O que significa chegar em casa, num dia de semana, depois das 11 da noite. Sendo que meu dia começa com aulas às 7:30, todos os dias. Eu cheguei a pensar muita coisa, por pura ingenuidade. A quem quero enganar? Nem a mim mesma eu consigo. Porque a verdade verdadeira absoluta é que eu amo meu curso de dança. Mesmo sendo sacrificado (é caro e eu fico muito cansada), mesmo não sendo o mais próximo de casa, mesmo que eu deteste quando tem tango e a professora não me deixe sair da sala pra me refrescar nessa hora: a grande paixão da minha vida é dançar. É um fato comprovado que ficou bem claro pra mim com a minha euforia na aula de ontem.

Primeiro que eu cheguei na escola com um sorriso que dava voltas em minha cabeça. Segundo que eu cumprimentei quase todas as pessoas da turma com um beijo no rosto, um sorriso e nenhuma resposta torta quando algum engraçadinho me dizia que sumi do curso porque comecei a namorar (sério, NADA a ver). Eu não sou uma pessoa de beijinhos em pessoas que não são amigas ou no mínimo colegas queridas. Pois é, ontem fui Miss Simpatia. Quando começou a dança eu parecia pinto no lixo. Até tango eu dancei sem reclamar. Errando tudo, mas sem reclamar.

Eu nunca pensei que teria, na minha vida, um hobbie que me desse tanto prazer e alegria. E me fizesse tão bem. Nunca pensei que conheceria pessoas tão, tão queridas. E até as que não são amigas e não são tão queridas, são tão pitorescas que rendem histórias - e eu adoro uma historinha bizarra, vocês bem sabem. Ontem quando a professora me viu, brincou dizendo que ia puxar minha orelha pelas minhas faltas. Eu ri, disse que ela podia mesmo me dar bronca, mas minha vontade era dizer "fia, nem que você me chibate, nem que eu fique um mês sem vir - a verdade é que vocês não se livrarão de mim tão cedo".

:-)

quarta-feira, 4 de março de 2009

You go, Mac!


Mac MacGuff: Look, in my opinion, the best thing you can do is find a person who loves you for exactly what you are. Good mood, bad mood, ugly, pretty, handsome, what have you, the right person is still going to think the sun shines out your ass. That's the kind of person that's worth sticking with.

Juno MacGuff: Yeah. And I think I've found that person.

terça-feira, 3 de março de 2009

Rio de Janeiro, fevereiro e março...


Essa última foto foi só pra mostrar como o Monobloco estava vazio e aprazível. Já dizia Marisa Monte: "o que que a gente não faz por amor?". Não é mesmo minha gente?

Aí eu estava sufocada pelo suor (ECA) e cabelos (NOJO) alheios e decidimos sair da muvuca. Tudo parecia possível, era só andar até a calçada, sairmos do meio da avenida e tudo ficaria melhor, o mundo seria belo. Caminhamos uns 3 passos calmamente no meio da multidão até que começam a tocar...

"OLHA QUE ISSO AQUI TÁ MUITO BOM, ISSO AQUI TÁ BOM DEMA-AIS".

PANIC ON THE STREETS, caros colegas. A turba enlouquecida começou a pular como se não houvesse o amanhã. Eu não sabia se ria ou se chorava. Acabei rindo, fazer o quê.

No mais, digo pela milionésima vez: eu amo o Rio de Janeiro!