terça-feira, 19 de agosto de 2008
São dois pra lá, dois pra cá...
Junte uma senhora acima do peso com piercing no nariz, muitas tatuagens (uma delas em um dos peitos) e nenhuma noção e, a isso, acrescentem uma boina de oncinha, uma blusa muito justa e uma legging cor da pele. Tão cor da pele que parecia que não estava vestindo nada. Mas estava, porque quando ela virava de costas era possível ver a calcinha - preta e pequena - através da calça cor-da-pele-quase-transparente. Eu sei, a junção de tudo isso não é aprazível à imaginação, me desculpem por fazê-los visualizar tal tchutchuca. Agora, se a imagem não agrada à mente, imaginem aos olhos. Porque essa senhoura ousadjeenha, pessoal, EXCISTE. Eu a vi no meio da aula de segunda, aquela da qual, teoricamente, eu participo para ajudar. Quando eu a vi minhas entranhas se contorceram num misto de susto e vergonha alheia. E PIOR, não havia nenhum amigo por perto para que eu desabafasse minha dor. Foi só chegar o momento do intervalo para que eu corresse - quase que literalmente - até o amigo mais próximo dizendo: "Fulano, PELAMOR ME SOCORRE, eu tenho que desabafar. O que é aquela senhora..."... Nem precisei acabar de falar. Ele já sabia de quem eu estava falando. E chamou outro amigo. De repente estávamos numa rodinha de 4 pessoas indignadas com a falta de senso estético da pessoa. Porque, gente, é sério: as pernas da mulher tinham gominhos de gordura. Visíveis através da calça justa e quase transparente. Eu e meu espírito de porco apelidaram-na carinhosamente de Michelin.
E é aqui que entra minha culpa cristã. Porque depois eu fiquei me sentindo mal - mesmo - por ter tirado sarro da senhora. Mesmo que eu seja assim, ligeiramente escrota. Mesmo que ela realmente não tivesse noção nenhuma. Eu fiquei pensando que pôxa, se ela é feliz assim, deixa ela, blablabla. Mas, ao mesmo tempo, eu pensava "só que ninguém é obrigado a ver a calcinha de ninguém, credo". No meio dessa pataquada mental toda, o que eu sei é que OBVIAMENTE o apelido que eu dei, pegou. Só entre meus amigos, mas pegou. Eu não me orgulho disso, mas não consigo não rir toda vez que alguém chega e fala "a Michelin tá gata hoje, você viu?". He. Cheek-to-Cheek que se cuide.
A culpa cristã não durou muito, devo confessar. Porque eu logo fiquei sabendo de uns pormenores sobre Michelin que a desabonaram mais ainda. O primeiro deles é que ela vai sem sutiã. PANIC IN THE STREETS OF LONDON. Eu acho que só tem direito de não usar sutiã quem tem os peitos perfeitos. E perfeição peital é difícil de achar, hein. Nem aquelas que têm só duas azeitoninhas devem abdicar do uso de sutiãs porque ficam aqueles biquinhos pavorosos aparecendo pela blusa. Sério, eu acho horrível. E aí dona Michelin faz o quê? Decide deixar a peitança solta - e usar blusa de alcinha. Aí Dona Mimi (para os íntimos) vai de alcinha e sua muito embaixo dos braços. Só que ela é baixinha como eu, o que significa que os rapazes ficam com o braço bem embaixo da sovaqueira molhada. Quando meu amigo me contou isso eu fiquei com dó dele, de verdade. Porque não basta ter peitcholas à solta com tatuagem, também tem suor nojento escorrendo pelo braço. Além disso, ela dança de olhos fechados e pede que o rapaz a conduza pela sala porque ela tem "facilidade de aprender os passos".
Pausa: Eu tenho siricoticos toda vez que ouço isso. "Tenho facilidade de aprender passos". Porque sempre quem fala isso ou não tem facilidade nenhuma ou então pode até ter, mas é metido. E gente que se acha é um saco. Tem um cara lá, apelidado carinhosamente de Esmalte (conto a história outro dia), que dança bem. E é bonito. Não ajeitado, é bonito mesmo. Não chega a ser Apolo encarnado, longe disso, mas em comparação com os panguás de lá, ele tá bem. Mas ele seee-eeee-eeempre me fala que tem facilidade com os passos. Em tom de "eu sou foda". Toda vez eu olho pra ele e falo "Fulano, não me torra. Dança aí que é melhor".
Então, Dona Mimi diz que tem facilidade. Mas, na verdade, não tem tanta. Normal: dança de salão não chega a ser a coisa mais simples do mundo. Alguns estilos musicais são dificílimos, todo mundo se embanana num passo ou outro. Mas não ela. Ela dança de olhos fechados. E, se algo dá errado, ela se vê no direito de culpar o cara e dar bronca. "Por que você não me conduziu direito?", "Você não me deu o comando e eu errei". Resumindo: a pessoa usa roupas de periguete, não usa sutiã, sua a ponto de deixar os braços dos caras molhados, dança de olhos fechados e ainda briga porque ELA errou o passo.
Depois desse apanhadão sobre Dona Mimi, só me resta dizer que culpa cristã uma ova. Tô virando muito bicha, isso sim. Eu fico convivendo com aquela fauna variada que é o curso de dança e acho que, por conviver com tanta gente diferente não devo comentar a respeito e blablabla whiskas sachê, meu cu. Comento sim. Falta de noção tá aí pra isso.
Nos próximos capítulos, Esmalte, as Creepy Olsen Twins e as pessoas monotemáticas.
ps: meus amigos da dança que lêem esse blog, por favor, continuem me amando depois desse post, sim?! Hahahaha!
E é aqui que entra minha culpa cristã. Porque depois eu fiquei me sentindo mal - mesmo - por ter tirado sarro da senhora. Mesmo que eu seja assim, ligeiramente escrota. Mesmo que ela realmente não tivesse noção nenhuma. Eu fiquei pensando que pôxa, se ela é feliz assim, deixa ela, blablabla. Mas, ao mesmo tempo, eu pensava "só que ninguém é obrigado a ver a calcinha de ninguém, credo". No meio dessa pataquada mental toda, o que eu sei é que OBVIAMENTE o apelido que eu dei, pegou. Só entre meus amigos, mas pegou. Eu não me orgulho disso, mas não consigo não rir toda vez que alguém chega e fala "a Michelin tá gata hoje, você viu?". He. Cheek-to-Cheek que se cuide.
A culpa cristã não durou muito, devo confessar. Porque eu logo fiquei sabendo de uns pormenores sobre Michelin que a desabonaram mais ainda. O primeiro deles é que ela vai sem sutiã. PANIC IN THE STREETS OF LONDON. Eu acho que só tem direito de não usar sutiã quem tem os peitos perfeitos. E perfeição peital é difícil de achar, hein. Nem aquelas que têm só duas azeitoninhas devem abdicar do uso de sutiãs porque ficam aqueles biquinhos pavorosos aparecendo pela blusa. Sério, eu acho horrível. E aí dona Michelin faz o quê? Decide deixar a peitança solta - e usar blusa de alcinha. Aí Dona Mimi (para os íntimos) vai de alcinha e sua muito embaixo dos braços. Só que ela é baixinha como eu, o que significa que os rapazes ficam com o braço bem embaixo da sovaqueira molhada. Quando meu amigo me contou isso eu fiquei com dó dele, de verdade. Porque não basta ter peitcholas à solta com tatuagem, também tem suor nojento escorrendo pelo braço. Além disso, ela dança de olhos fechados e pede que o rapaz a conduza pela sala porque ela tem "facilidade de aprender os passos".
Pausa: Eu tenho siricoticos toda vez que ouço isso. "Tenho facilidade de aprender passos". Porque sempre quem fala isso ou não tem facilidade nenhuma ou então pode até ter, mas é metido. E gente que se acha é um saco. Tem um cara lá, apelidado carinhosamente de Esmalte (conto a história outro dia), que dança bem. E é bonito. Não ajeitado, é bonito mesmo. Não chega a ser Apolo encarnado, longe disso, mas em comparação com os panguás de lá, ele tá bem. Mas ele seee-eeee-eeempre me fala que tem facilidade com os passos. Em tom de "eu sou foda". Toda vez eu olho pra ele e falo "Fulano, não me torra. Dança aí que é melhor".
Então, Dona Mimi diz que tem facilidade. Mas, na verdade, não tem tanta. Normal: dança de salão não chega a ser a coisa mais simples do mundo. Alguns estilos musicais são dificílimos, todo mundo se embanana num passo ou outro. Mas não ela. Ela dança de olhos fechados. E, se algo dá errado, ela se vê no direito de culpar o cara e dar bronca. "Por que você não me conduziu direito?", "Você não me deu o comando e eu errei". Resumindo: a pessoa usa roupas de periguete, não usa sutiã, sua a ponto de deixar os braços dos caras molhados, dança de olhos fechados e ainda briga porque ELA errou o passo.
Depois desse apanhadão sobre Dona Mimi, só me resta dizer que culpa cristã uma ova. Tô virando muito bicha, isso sim. Eu fico convivendo com aquela fauna variada que é o curso de dança e acho que, por conviver com tanta gente diferente não devo comentar a respeito e blablabla whiskas sachê, meu cu. Comento sim. Falta de noção tá aí pra isso.
Nos próximos capítulos, Esmalte, as Creepy Olsen Twins e as pessoas monotemáticas.
ps: meus amigos da dança que lêem esse blog, por favor, continuem me amando depois desse post, sim?! Hahahaha!
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Sumida
Se tem uma coisa que me irrita muito é quando alguém me chama de "sumida". As pessoas não assimilam que todo relacionamento tem duas vias, o que significa que se eu sumi, a pessoa com quem supostamente sumi também sumiu. Ou seja, se ambos sumiram, vamos deixar como está, né?! Porque cobrar sumiço é bem feio.
Todo esse preâmbulo para justificar, de antemão, que ficarei um pouco sumida. Não sumida de vez, mas vou postar bem menos, entrar no MSN bem menos, visitar blogs bem menos e tudo bem menos. A única coisa que não vai diminuir é a quantidade de trabalho e minha assiduidade no curso de dança.
Acontece que professores têm ex-alunos, né? E ex-alunos são criaturas ótimas, que ressurgem do nada com indicações de aulas. Ou querendo ter aulas. Eu adoro ex-alunos. E, por conta de ex-alunos, estou com trabalhos extras. Ainda bem, claro. Além disso, tenho meus alunos que ainda não se tornaram ex, tenho um projeto para começar, tenho um moçoilo e tenho meus amigos. Ou seja, pouco sobra para outras coisas.
Deixo aqui um conselho para a posteridade: tá pensando em contratar um professor particular? Então contrate. Mas pense que, assim como você, ele também tem contas a pagar e prazos. Professor é gente como você, ainda que isso seja uma revelação bombástica que poderá mudar sua vida. O que isso quer dizer? Quer dizer que sim, você tem que pagar seu professor no dia combinado, significa que a mensalidade faz parte de suas despesas e, se for atrasar o pagamento, você TEM que avisá-lo. E, se depois de uma semana o professor ligar para você avisando que seu pagamento está com uma semana de atraso, não mude a voz para um tom mais seco. Não diga que você não recebeu sei lá o quê do seu salário. Porque, pessoal, o professor pode ser muito legal e você pode dar muitas risadas em aula, mas, assim como ocorre contigo, contas de cartões de crédito, aluguel, telefone e convênio médico não vivem de seu belo sorriso. Ficou claro. Aprendam essa lição e levem para vida. Não estressem seu professor só porque ele também é gente como você. E ele provavelmente deve se sentir muito mal tendo que cobrar pagamento.
Explicações dadas e lição passada, vou-me.
Todo esse preâmbulo para justificar, de antemão, que ficarei um pouco sumida. Não sumida de vez, mas vou postar bem menos, entrar no MSN bem menos, visitar blogs bem menos e tudo bem menos. A única coisa que não vai diminuir é a quantidade de trabalho e minha assiduidade no curso de dança.
Acontece que professores têm ex-alunos, né? E ex-alunos são criaturas ótimas, que ressurgem do nada com indicações de aulas. Ou querendo ter aulas. Eu adoro ex-alunos. E, por conta de ex-alunos, estou com trabalhos extras. Ainda bem, claro. Além disso, tenho meus alunos que ainda não se tornaram ex, tenho um projeto para começar, tenho um moçoilo e tenho meus amigos. Ou seja, pouco sobra para outras coisas.
Deixo aqui um conselho para a posteridade: tá pensando em contratar um professor particular? Então contrate. Mas pense que, assim como você, ele também tem contas a pagar e prazos. Professor é gente como você, ainda que isso seja uma revelação bombástica que poderá mudar sua vida. O que isso quer dizer? Quer dizer que sim, você tem que pagar seu professor no dia combinado, significa que a mensalidade faz parte de suas despesas e, se for atrasar o pagamento, você TEM que avisá-lo. E, se depois de uma semana o professor ligar para você avisando que seu pagamento está com uma semana de atraso, não mude a voz para um tom mais seco. Não diga que você não recebeu sei lá o quê do seu salário. Porque, pessoal, o professor pode ser muito legal e você pode dar muitas risadas em aula, mas, assim como ocorre contigo, contas de cartões de crédito, aluguel, telefone e convênio médico não vivem de seu belo sorriso. Ficou claro. Aprendam essa lição e levem para vida. Não estressem seu professor só porque ele também é gente como você. E ele provavelmente deve se sentir muito mal tendo que cobrar pagamento.
Explicações dadas e lição passada, vou-me.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Não tire esses óculos! Use e abuse dos óculos! - ou - Mrs. Magoo Chu
(não, o da direita não sou eu, era meu professor de Física. Eu sou a ternurinha do meio)
Há quase 12 anos, direto do túnel do tempo...
Ele: Eu NUNCA vou ficar com você, sua baiaca quatro olhos.
Eu: Mas... Mas... Eu tenho olhos verdes...
Ele: Foda-se porque nem dá pra ver seus olhos direito escondidos atrás desse bagulho fundo de garrafa na sua cara. Sério, ogra, você é muito feia.
É assim que traumas se instalam. Também é assim que pessoas muito tímidas e quietinhas e aparentemente inofensivas saem atirando em coleguinhas de escola. Eu não saí atirando e não me tornei uma psicopata, mas obviamente criei traumas. E é aquela velha história: a auto-imagem criada na adolescência segue com você o resto da vida. E você pode fazer terapia (não foi meu caso); pode, de certa maneira, se vingar de todos os garotos recém púberes e cruéis que te dão apelidos carinhosos como "Somália" ou "Ogra da Etiópia" (meu caso), pode se tornar uma pessoa que convive em sociedade e depois de anos resgata a auto-estima perdida em algum lugar recôndito do passado (meu caso, novamente). Mas os trauminhas ficam guardados, bem guardados. E vez ou outra eles voltam à tona.
Eu tenho pavor de gente que vive do passado e vive a repetir sempre as mesmas histórias sobre essa ou aquela pessoa que blablabla whiskas sachê - trauminha de adolescência todo mundo tem e os meus não são piores ou mais horripilantes que de ninguém. No entanto, quem teve um G. na vida fodendo o seu juízo, jamais esquece. É como o primeiro sutiã, só que de uma maneira bem negativa. Eu nem me lembro do meu primeiro sutiã, mas me lembro bem de G. tirando sarro da minha falta de atrativos e inabilidade social e os "amigos" do bairro rindo. E eu, idiota, chorando. Triste, mas passou. Aposto que hoje em dia G. está barrigudo, casado, calvo, broxa e rodeado de filhos remelentinhos. Ao menos é isso que eu desejo pra ele.
Só que o trauma dos óculos, esse não passou não. Foi o que eu disse no primeiro parágrafo: algumas coisas ficam escondidinhas e voltam vez ou outra pra fazer você se foder. Ou melhor, refletir. Eu comecei a usar lentes de contato aos 19 anos. Tenho graus altos de miopia, mais astigmatismo. Sem lentes eu fico muito Mr. Magoo. MUITO. Vejo vultos mas não distingo expressões nos vultos. Se eu estiver sem lentes pode fazer helicóptero com seu pinto na minha frente que eu não vou ver direito. Eu tenho óculos, mas é bastante incômodo usá-los, não somente pelo trauminha, mas por causa do grau alto. Eu não me acostumo, tenho tontura, dor de cabeça, tropeço na rua. Ridícula.
Aí sábado eu cheguei de madrugada, morta de sono e fiz o que nunca fiz em 10 anos de lente de contato: deixei cair no chão e nem vi. De manhã, andando às cegas pelo quarto, piso em algo e ouço um leve CREC. Era a pobre lente, ressecada e agora em pedacinhos. Panic on the streets of London. Como eu faria para sair naquele dia? E para dar aula no dia seguinte? Juro que tentei usar os óculos, mas é impossível: me causa efeitos colaterais físicos e psicológicos. Fui ao shopping aqui perto e voltei logo em seguida. Cancelei as aulas da manhã da segunda-feira e dei graças aos céus por não ter marcado nada com o meu moçoilo - porque eu desmarcaria, com certeza.
No dia seguinte fui cedíssimo pra oftalmologista e consegui uma lente emprestada - poderia, enfim, voltar ao convívio social. Mas fiquei bastante passada comigo, que sou toda cheia de coragem pra tanta coisa, mas não consegui algo muito simples: encontrar com amigos e dar aula usando óculos. É completamente ridículo da minha parte. Absurdo, até. Mas sinceramente, eu já tive que lidar com coisas tão grandes e absurdas esse ano, que esse absurdinho eu deixei passar. Faço terapia ano que vem pra resolver meu trauma de ser vista em público usando óculos. Posso culpar G., claro. Mas, sinceramente, eu tenho uma grande responsabilidade nisso. Primeiro, por nunca ter cuspido na cara do infeliz. Ou ter dado um chute no seu saco. E segundo, por ainda deixar que esses fantasmas imbecis vez ou outra ainda me assombrem. Eu realmente detesto esse tipo de fraqueza.
E quem disse que viver é fácil, não é mesmo, minha gente?
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Miscelânea
A vida está mais corrida que antes, o que chega a ser irônico, já que quando fui dispensada da empresa, há quase dois meses, meu medo era passar muito tempo desocupada. Aí eu tenho que almoçar fora todos os dias, porque nunca estou em casa no horário do almoço. Eu dou aulas sempre perto de um dos seguintes shoppings: Morumbi e Market Place, Iguatemi ou D&D. Sabem quanto custa almoçar nesses lugares? No mínimo dos mínimos, 15 teresas por dia. Não dá. Por isso virei freqüentadora de restaurantes alternativos, a.k.a. PF, a.k.a. BOTECO. Almoço bem por menos de 12 reais, com bebida. Outro dia comi um strogonoff COM CHAMPIGNONS e muito bem temperado por NOVE dinheiros. Eu fico feliz com pequenas coisas, sabem. Tipo almoçar gastando pouco, acordar no horário, começar a minha tão sonhada coleção de DVDs de "Friends", ver que, como disse a Gi no comentário do post anterior, eu consigo me divertir com quase tudo. Consigo mesmo. Consigo me divertir inclusive quando sou chamada pra ser apoio da turma básica lá da dança. Fui ontem e tenho certeza que estou mais próxima de Jesus. Pensem que os tipos de quem tirei sarro ano passado, tipo Cheek-to-Cheek, Homem Geladeira e Hairspray estão muito bem representados nessa aula por outros rapazes. Ok, nenhum deles é CTC (porque CTC é quase uma instituição e ele é insubstituível), mas tem um que chegou quase perto porque era sua primeira aula, ele estava com bafo de cachaça ou algo azedo e desagradável, ele tem a MINHA altura e ficava olhando pra minha boca ou pros meus olhos fixamente ou pros meus peitos (que, convenhamos, não são nada avantajados pra merecerem tanta atenção) e eu não tinha como deixar de dançar com ele porque estava na condição de mulher do nível avançado (avançado dessa escola é tipo avançado de Inglês do CNA, ou seja, não conta) que está lá pra ajudar. Acho que esse aí é bem pior que CTC, pois CTC não tinha bafo de onça. Pessoal, THE HORROR. Além disso, ele me conduzia ou dando empurrões fortes nas minhas costas ou apertando minha cintura. Não me contive e tirei a mão dele dali e disse: "NUNCA conduza uma mulher pela cintura, NUNCA. É incômodo, não dá estabilidade e não é o jeito correto". Tive que ficar muitas músicas com o Bafudo, até que dei um jeito de largar Bafudo com uma japa que já faz aulas há zilênios e fui tentar dançar UMA musiquinha com algum amigo da minha turma. Não rolou. Porque foi só me ver rumando para os braços de meu amigo que já me colocaram pra dançar com um chileno que nunca tinha ouvido forró na vida. Pense no choque cultural. Mas com esse aí foi legal de dançar. Homem educadíssimo, cheiroso e agradável - e com sotaque. Depois as pessoas não entendem porque eu tenho uma queda por gringos: gente, educação plus sotaque, não precso dizer mais nada. A sorte do chileno é que eu não tenho queda por homens bem mais velhos, senão eu já casava ali mesmo. Pensem: a mãe dele deve morar no CHILE! NO CHILE! Seria um sonho!
(só pra esclarecer: eu acho legal ser apoio na aula de dança de outras turmas e não estou reclamando da dificuldade de ninguém. Reclamo apenas da falta de higiene pessoal, de noção e de pasta de dente. Eu posso ficar duas horas ensinando os dois passos mais básicos do forró e da gafieira. Juro mesmo. Fico lá duas horas numa boa, porque é muito gratificante e a pessoa se sente bem. E eu também. Mas bafo azedo, suor, falta de delicadeza e ainda ficar me encarando e olhando pra minha boca, NÃO DÁ. Out Bafudo, yes Chileno)
(só pra esclarecer: eu acho legal ser apoio na aula de dança de outras turmas e não estou reclamando da dificuldade de ninguém. Reclamo apenas da falta de higiene pessoal, de noção e de pasta de dente. Eu posso ficar duas horas ensinando os dois passos mais básicos do forró e da gafieira. Juro mesmo. Fico lá duas horas numa boa, porque é muito gratificante e a pessoa se sente bem. E eu também. Mas bafo azedo, suor, falta de delicadeza e ainda ficar me encarando e olhando pra minha boca, NÃO DÁ. Out Bafudo, yes Chileno)
Sobre o último post
Algumas pessoas vieram me perguntar se o meu moçoilo lê meu blog. Não, né. Ele ficou sabendo que eu tenho blog na semana passada e achou algo muito antiquado. JU-RO. Teve a pachorra de me dizer que tinha blog com amigos da ESCOLA mas que agora acha isso muito antigo. Tudo bem que ele é mais novo e a escola pra ele não está há tantos anos quanto pra mim. Tudo bem que eu falo "pachorra" ou seja, eu sou antiga. Mas achar blog antiquado? Enfim, melhor que ele não tenha interesse em ler esse blog, posso falar mal da mãe dele à vontade.
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