quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O que vestir

Desde pequena eu sofro com a síndrome d'o que vestir. Lembro que eu deixava já separada na minha mente toda a roupa que usaria no Natal e Ano Novo, dos sapatos à calcinha - e eu tinha o quê? Uns 7, 8 anos? Era uma preocupação com estar bonita aliada à ansiedade da data e o fato d'eu não ter taaaantas roupas assim. Então eu tinha que deixar separada a que usaria, pra não repetir. Imagine, repetir roupa?

Os anos passaram, eu comecei a comprar minhas roupas, eu passei a ser uma das principais responsáveis pelo lucro da Renner e da C&A, e a síndrome continuava. Balada na sexta? Ai, meu deus, o que vestir? Jantar no domingo? Ai, meu deus, o que vestir? Ida ao parque? Ai, meu deus, o que vestir? Fico tensa até hoje - até porque pagar aluguel fez com que eu comprasse bem menos roupas - e sofro um pouco calada por não ter tantas opções de variações de modelitos. Porque, imagine, repetir roupa?

Tenho a festa de um amigo nessa sexta e já sei que precisarei de uma blusa nova para ir, porque com esse grupo de amigos já esgotei meu estoque limitado de peças. "Tenho" que comprar uma blusinha nova, né? "Preciso". "Mereço". Ops, esse último, sem aspas: mereço. MEREÇO. Tenho um casamento na outra semana, e é claro que a roupa está decidida, até porque é meu único vestido de festa. Mas sofri levemente quando fui convidada, porque é casamento no fim da tarde, e puxa, será que o longo é apropriado? E pro casamento de uma das minhas melhores amigas, em dezembro? Já tenho duas opções de roupas. Natal? Usarei o vestido que eu não usar no casamento da melhor amiga (é casamento informal, né, gentz. Não vou de longo pro Natal).

Tudo isso pra contar que eu entendo, perfeitamente, quando tenho esse tipo de diálogo com uma amiga:

Eu: Então, daqui DOIS ANOS provavelmente vai rolar esse evento tal, importante.
Ela: Legal!!!! E já sei até o que vestir.
Eu: Hahahaha, que bom!
Ela: Sim, e tenho duas opções de vestidos.

Amiga, eu te entendo. E estamos juntas nessa!

Um comentário:

Renata disse...

hahahaaha o engraçado é que nem passe pela cabeça que em dois anos a pessoa terá roupas novas, será?