sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O orkut, parte 2

Eu acho o orkut povão e o Facebook mais intimista. Decidi mudar meu status de relacionamento apenas no Facebook, porque lá eu tenho meus amigos gringos com quem não falo sempre e sei que eles gostariam de saber se estou namorando. No Facebook, onde tenho apenas uns 40 amigos, a mudança de status deu uma certa causada. "Quem é?", "É dinamarquês?". Que meus amigos queiram saber, eu mais do que aceito. Mas gente nada a ver comigo? Não entendo o motivo da comoção. Acho que devo ter cara de solteirona convicta, daquelas que causam espanto na sociedade quando começam a namorar. Vai entender. Já disse que o Armagedão está aí e só vocês que não perceberam.

Pois bem.

A irmã de meu namorado, ao saber que tínhamos assumido, perguntou de cara pra ele: "por que não mudou o orkut?". Não mudou porque não importa muito. Nem pra mim e nem pra ele. Podemos colocar o status de "namorando" ali, mas só porque essa é a realidade. Não porque as pessoas precisem saber. Fico pensando que se no Facebook, que é intimista, algumas pessoas vieram comentar... No orkut, que é aquela coisa Largo da Batata às 6 da tarde, vai ser lindo.

Enfim, foda-se.

(E é assim que se termina um texto, né? Com um palavrão. Fico impressionada comigo mesmo, estou cada vez mais desenvolta textualmente, cada vez escrevendo melhor... Nossa, chego a me emocionar. NOT)

O orkut, parte 1

Tem essa menina que é como se fosse uma prima distante. Na verdade nem menina ela é, é mulher mãe de dois filhos, mas como na minha adolescência ela era apenas uma pré-adolescente pentelha que me seguia pelo mundo, eu a chamo de menina. Ela faz parte de um passado que eu faço questão de deixar enterrado a sete palmos e cimentado. A presença dela não me fazia bem, mas eu demorei a perceber isso e dei graças aos céus quando ela sumiu do mapa, grávida e sem rumo.

Anos se passaram e a inclusão digital, essa vaca filha da puta que nunca deveria ter existido, fez com que a moça se cadastrasse no orkut. E, claro, sendo miguxa, novata e creiça, ela queria mil amiguinhos. E me encontrou, porque queria eu fosse amiguinha dela. Nós nunca brigamos, ela nunca me fez mal diretamente, mas eu prefiro a distância. Física e emocional. Eu não tenho problema em apagar da minha vida gente que não vale a pena. Pelo fato de nunca termos brigado, a creiça acha que podemos retomar a amizade.

Não podemos.

Eu aceitei o pedido de "me add" dela umas duas vezes, só pra evitar a fadiga. Porque se eu não aceito, ela me deixa recados. Procura minhas primas e reclama que me tornei antipática e metida só porque sou professora (!!!). Enfim, eu odeio show de perereca, ainda mais sendo de creiça do passado. Então ela fazia parte de minha animada e divertida rede de amigos do orkut. Aí era assim: ela era casada, colocava mil declarações de amor pro marido. Acabou o casamento, colocou avisos de que o amor dói e que estava solteira. Arrumou um creiço pra chamar de seu, colocou que AMAVA o cara. Terminou com o creiço, colocou uma imagem no álbum que dizia "Reservado para o meu futuro amorzinho" com a legenda: "Alguém se candidata? rsrsrs". Como o Armagedão está aí e só vocês que não viram, é claro que ela arrumou um amorzinho. E toca encher o orkut de declarações de amor pro creuzo. Tudo isso, meus amigos, em questão de dois meses.

O amor é mesmo fugaz.

Eu reclamo mas eu ADORO observar gente bizarra. Adoro ouvir conversa alheia, adoro prestar atenção em pessoas. E depois de observar e ver as bizonhices, eu faço mil considerações a respeito, penso em posts, enfim. Eu também sou bizarra. Aí que o perfil do orkut da creiça me divertia. Até que ela começou a entrar no meu perfil e me deixar recadinhos dizendo que ainda éramos "irmãzinhas melhores amigas". E eu não entendo. Não entendo. Posso morrer, reencarnar, morrer de novo e voltar como um sapo boi, que continuarei não entendendo. Se não tive contato com a nêga por anos e anos e nunca retornei e-mails e nem ligações, isso quer dizer que não quero contato. Como ainda somos amigas?

No auge da minha irritação, fui para Itacaré.

Ah, Itacaré, tanto a dizer a respeito desse lugar e dos dias que passei por lá... Voltei tão renovada que quando cheguei terminei o relacionamento em que eu estava, que não estava me fazendo bem, comecei um relacionamento que me faz incrivelmente bem e deletei gentalha do meu orkut. Creiça foi a primeira. Não quero gentalha fuçando minhas fotos, vendo o que mudei ou não. Deixem meu passado em paz, people.

Hoje entrei no orkut e quem estava pedindo "me add"? A Creiça, claro.

Por quê, Senhor, por quê?

Dessa vez mandei às favas e não aceitei. E foda-se. Gente uó quero bem longe, incluindo aí longe virtualmente.

Obama LOL



Fonte: Obama on drugs

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Decidi que não vou fazer nada hoje além do que eu tenho que fazer por obrigação. Ou seja, dar aulas. De resto, não vou desfazer malas, não vou à dança, não vou checar o estado lastimável de minha conta bancária. Não quero, não vou, não farei. Além de ficar olhando o céu pela janela, céu que já ficou alaranjado, cinza claro e agora está cinza escuro, eu vou fazer mais duas coisas extra:

Usar o MSN à noite. Porque o amor não pode esperar.

Baixar o último episódio de The Office. Porque o amor não pode esperar.

Mais do que nunca estou apaixonada por Jim Halpert.



ps: enquanto minha eterna preguiça de desenvolver qualquer assunto que seja não passa, esses serão meus posts: curtos e sem muito sentido.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Algumas coisas

De repente 30:
Só queria dizer que ter 30 anos é legal.

Ana Maria Braga:
Matem o Louro José, por favor!

Meus quilos perdidos:
Parem de dizer que eu emagreci, eu ODEIO que digam que eu emagreci.

Meu aniversário:
Meus amigos surrupiaram duas taças de champanhe pra mim. Amor é isso!

Meu aniversário, parte 2:
Eu sou 50% de um casal muito grudento. Nunca pensei que fosse dizer isso.

Por motivos de falta de tempo, por hoje é só. Outro dia eu discorro sobre esses assuntos.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A paz invadiu o meu coração...

É fato: a Iemanjá da Bahia é muito mais poderosa do que qualquer outra Iemanjá. Só isso explica que, pela segunda vez depois de uma visita àquela terra, eu volte assim, muito bem. Arrisco dizer que dessa vez voltei bem mais em paz do que da outra vez. Porque na outra eu voltei com meu coração fervendo. Dessa vez eu voltei com meu coração aquecido - e é bem melhor assim.

Às vésperas de fazer 30 anos, uma idade considerada bastante emblemática, eu estou sem nenhuma encanação boba - a não ser uma preocupação excessiva com rugas e linhas de expressão. De resto, acho que a vida se ajeita como tem que se ajeitar, desde que você faça por onde. É clichê? Sim, claro. Mas uma das vantagens da chamada maturidade é isso: você passa a se preocupar bem menos com besteiras, para de se preocupar em passar alguma impressão e simplesmente assume pro mundo: "eu uso frases clichês às vezes, adoro ir para a praia e não acho que eu precise ser do contra pra ser inteligente".

Simples.

E é isso que quero pros meus 30 anos: simplicidade. Chega de relacionamento complicado, encanação à toa, gente que me dá preguiça.

Faço 30 anos no sábado e estou feliz. Isso é que é presente de aniversário! Valeu, Iemanjá.

-----

Reli o post anterior e vi que eu disse que ia chorar muito na virada. E realmente chorei - de soluçar. Mal podia acreditar que o ano trevoso estava indo embora, finalmente. Mas tive a melhor surpresa nesse choro: um abraço solidário, o melhor abraço de todos e uma mão que me puxou para ir pular 7 ondas e dar risada. Certamente, o melhor choro que eu já tive até hoje. Valeu, Iemanjá, novamente. ;-)