quinta-feira, 23 de abril de 2009

Tõ vivão

Sem tempo, galere.

E nossa, desde que criou-se o termo "blogosfera" e as pessoas começaram a achar que suas opiniões valem muita coisa e que elas são muita coisa, peguei a maior preguiça. Saudade da época dos blogs diarinho, viu.

Se bem que naquela época não proliferavam por aí blogs de beleza e culinária, meus quase vícios atuais. Ou seja, o mundo é injusto e não faz o menor sentido.

Então fiquem com a imagem que vale mais que mil palavras.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

ECA, mil vezes ECA

- Teacher, eu sei que você vai achar nojento, mas eu PRECISO te contar uma coisa que aconteceu. PRECISO te contar. Aconteceu na escola.

Foi assim que a aula de minha aluna mais nova começou ontem. Ainda que eu tenha ficado receosa a respeito do assunto, a curiosidade falou mais alto. E ela me contou.

Um colega de turma dela tem uma alergia em todas as juntas. Elas ficam vermelhas e a pele descama. Ele tem o aprazível hábito de, o tempo todo, descascar as alergias mais e mais. Aí ele pega a pele, faz uma bolinha e... cheira. Eu sei, amigues, é nojento. Fiquei repetindo "ew, ew, ew" por uns 5 minutos. Até que ela contou a pior parte. Porque vocês bem sabem: SEMPRE tem como piorar.

Aula, todos fazendo seus exercícios, minha aluna olha pra frente, onde estava o rapaz tão limpinho. Aí o rapazote enfia a mão por dentro da bermuda, coça, coça, coça e faz a mesma coisa que faz com as peles que tira do braço: bolinha e cafungada. ISSO MESMO. De dentro de sabe-se lá que parte do corpo que fica por debaixo da bermuda.

Desculpem, eu sei que é nojento, mas, assim como minha aluna precisou compartilhar essa nojeira, eu precisei contar aqui. Vocês pensam que é alguma escola ralé da prefeitura localizada no Jardim Papai Noel (isso existe)? Não, não. É uma das escolas mais tradicionais e caras da cidade. Onde, crê-se, os pais são esclarecidos e levam os filhos ao médico. E, imagino eu, que se o menino se sente "à vonts" pra ticar caquinha da virilha em sala de aula, imaginem de onde ele não tira caquinha quando está na Santa Paz de Seu Lar?

O que eu digo é que os céus escrevem mesmo certo por linhas tortas. Eu JAMAIS poderia ser professora de escola, como já tentei ser um dia. Porque se eu vejo um aluno meu fazendo essa nojeira, eu não consigo disfarçar a cara de "ECAAAAA". Eu chamo a atenção do aluno em particular, com certeza. E chamo os pais, pra falar não somente sobre hábitos de higiene comuns entre os seres humanos que pretendem coabitar e coexistir, mas também falo sobre a importância de haver diagnóstico e tratamento com um especialista. JEMT, os pais desse menino estão fodendo com a vida social dessa pessoa! Vocês acham que o Caquinhas tem amigos? Claro que não! Mas aí eu falaria com os pais e o que aconteceria? Eu seria demitida.

Demitida por tentar fazer com que meu aluno-problema tenha hábitos mínimos de higiene para conviver em sociedade e ser minimamente inserido no cruel mundo adolescente. E por quê? Porque pais que permitem que o filho tire caquinhas escrotais com certeza são pais que não querem uma professora enchendo seus pacovás ricos e sem higiene.

Aí eu pergunto: que merda de mundo é esse?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

...

No fim-de-semana da Páscoa completará um ano do dia que mudou o resto da minha vida. E, obviamente, tenho pensado muito, muito, muito em tudo que fiquei sabendo no fatídico dia 13 de abril de 2008. E hoje, sei lá por que caralhos, reli os arquivos da época. Reli alguns textos de julho, depois junho e aí criei coragem e fui direto na ferida: abril. Quanta, quanta dor. Era tanta dor que eu, que vivi aquilo tudo, não consigo mais mensurar o tanto que eu sofri. Só consigo dizer que foi muito. Doía, fisicamente. Eu achei que fosse enlouquecer. Achei que fosse me perder pra sempre e nunca mais fosse encontrar um meio de ser feliz. Eu quis ferir, fisicamente, algumas das pessoas envolvidas no rolo que é o meu passado. Eu senti tanto ódio e chorei tanto, e tão alto... Diariamente. Por meses. Eu quis fugir do Brasil, faltou pouco pra eu não fazer uma loucura e arranjar dinheiro sei lá como e ir embora. Eu tentei mesmo ir embora, arrumar emprego em outro país, entrei em desespero quando o entrevistador me reprovou por causa de altura. Chorei, na frente dele. Porque a pouca esperança que eu tinha, ele tirou de mim.

E eu tive que ficar aqui e tive que encontrar, nem sei como, forças pra chorar menos e sofrer menos. Porque eu tinha que trabalhar. Aí eu perdi meu emprego. E tudo desabou. Mas quando tudo terminou de desabar eu já estava num estado de "foda-se" tão grande que nem muito abalada eu fiquei. Tendo que conseguir muitos alunos em pouco tempo, eu tive que deixar toda a questão paterna reservada pra depois. Um "depois" que eu não sabia quando viria. Não vivi todo o luto que devia ter vivido, porque era um luto grande. Era a descoberta da identidade do pai 29 anos depois e, depois, a morte dele. Era saber que meus irmãos existiam. Que eu os conhecia. Era coisa demais.

No final do ano eu não aguentei e surtei, levemente. Eu queria tanto que o ano acabasse, tanto. Eu basicamente só pensava nisso. Parecia que minha felicidade dependia da chegada de 2009. Porque eu precisava de alguma esperança e precisava acreditar que era possível deixar toda aquela desgraceira pra trás. Que era possível recomeçar.

Sim, era possível recomeçar.

Agora, quase um ano depois, eu ainda choro. Chorei relendo os posts, chorei escrevendo esse. Talvez essa dor fique comigo pra sempre, e só eu sei o quanto ela dói e o quanto ela é minha. Dói não ter como culpar os envolvidos, porque um deles morreu e teve uma vida desgraçada e a outra é a minha mãe. Não tenho mais idade pra culpar minha mãe pelos meus problemas. Analisando, de leve, tudo isso, acho que o melhor foi mesmo eu não ter ido embora. Porque só assim eu consegui, à minha maneira, encarar as coisas, resolver o que tinha pra resolver, melhorar MUITO meu relacionamento com meu irmão, aceitar um pouco mais algumas coisas em minha mãe. Eu precisava disso. Eu precisava de alunos novos pra me reapaixonar pela minha profissão. Eu amo o que eu faço. Atualmente tenho somente alunos bacanas, que não me dão calote, que particpam das aulas, que melhoram, que gostam de mim.

Foda-se se tudo isso soa como alguma merda de texto de superação. Eu odeio essas coisas de "eu superei", aqueles textos que viram powerpoint com música cafona. Mas isso tudo realmente aconteceu comigo e eu ainda preciso falar a respeito. Eu ainda tenho muito o que expurgar. Eu ainda tenho muito o que dizer, o que repensar, o que mudar, o que aprender.

Um dos textos que escrevi dizia que eu não estava mais sentindo quase nada. Que eu não queria nenhum relacionamento, não queria sentimentos, não queria nada. Dizia que minha maneira de encarar as coisas havia mudado. Realmente mudou. Prefiro a minha versão atual, sem sombra de dúvidas. Mas é bom ver que, apesar de toda a história fodida, bizarra e incompreensível que atende pelo nome de "minhas origens", eu consigo sentir coisas hoje em dia, coisas boas. Amor. Eu achei que não fosse conseguir.

(E com certeza outros textos sobre o assunto virão. Paciência, amigues)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Devil's Food Cupcakes com recheio de Nutella e lascas de amêndoas

Ufa.

A receita do Devil's eu peguei daqui. O cupcake de Nutella eu já tinha visto receita e talz, mas a massa era de baunilha, não de chocolate. As lascas de amêndoas foram uma frescura pra incrementar. Eu preciso de formas de muffin pros meus cupcakes não ficarem deformados. Mas, mesmo tortos, JEMT, que delícia!