terça-feira, 25 de agosto de 2009

domingo, 23 de agosto de 2009

Leito de morte

Quando minha avó morreu ela levou com ela muitas coisas e, uma delas, certamente, foi a união e harmonia familiares. Depois dela tudo meio que desandou. Parte da família foi prum lado, filho se estranhou com pai, que casou de novo com uma mulher que é o oposto de tudo que minha avó era. Minha avó partiu e nada foi como antes. Sei disso há alguns anos, mas isso está mais evidente agora, vinte anos depois da morte dela. Meu avô está morrendo e, ao mesmo tempo que levará com ele muitas coisas, deixará por aqui a certeza de que construir relações, perdoar e amar de coração não são o forte da família que ele construiu.

E eu choro não só pelo meu avô, por vê-lo irreconhecível numa cama de hospital, incapaz de conseguir, à beira da morte, a visita de um de seus filhos; como também por ter a certeza de que a ideia de família que um dia possa ter existido com certeza se irá com ele. Choro pela minha mãe, choro pelos meus tios, choro por mim. Choro pelo que nos tornamos e deixamo-nos tornar. É na doença que se reforça o que já existe e que se revela aquilo que não sabemos sobre as pessoas. O Alzheimer atinge a família toda. Vê-se a bondade e compaixão, mas vê-se também a mesquinhez. As relações fortes se intensificam ao passo que as fragilizadas ficam por um triz. Por um triz está meu avô, assim como a família que eu vi nascer depois da morte da minha avó.

E dói a inconsciência dele. A ignorância da esposa dele. Dói meu coração ao ver que minha relação com minha mãe se mantém no silêncio. Numa família que se baseou sempre no espiritismo, é incompreensível ouvir alfinetadas com relação às minhas atitudes com relação à ela, sendo que ninguém ali sabe a verdade sobre meu passado. Eu guardo comigo a história. E ouço indiretas minutos antes de entrar na UTI pra ver meu avô, provavelmente pela última vez. Quanta sensibilidade.

Estou triste.


domingo, 16 de agosto de 2009

Cinnamon Roll - a paixão que aprendi a fazer

Duas historinhas antes de falar sobre minha última aventura culinária.

1) Minha mãe é uma mulher que faz pães. Sempre fez, e, graças aos céus e à sua alegria em sovar massa, continuará fazendo. Eu cresci vendo minha mãe fazer pães dos mais variados tipos. Eu às vezes podia ajudar esfarelando o fermento para que ela fizesse a esponja. Ela também me deixava vigiar o crescimento da massa - e eu acreditava que estava fazendo algo útil. Ah, a ingenuidade infantil e a crueldade adulta... E ela sempre me dava um pedaço de massa para que eu fizesse meu mini pão. Isso era legal. Eu também podia comer um tequinho de massa crua. Eu adoro massa crua. A especialidade da minha mãe é pão de mandioquinha e pão recheado de calabresa, queijo e tomate. O pão de mandioquinha é muito, muito macio. Recém saído do forno com um pouco de margarina na fatia, é uma prova de que gula não é pecado coisa nenhuma. E o pão recheado de calabresa é tão famoso que já foi encomendado para festas infantis e até para festa dos meus amigos. Desnecessário dizer que nunca sobra nada pra contar história. Acho que essa é a única receita "de família" que temos. Minha mãe sempre disse que o segredo da massa está em sovar. E ela coloca a alma dela nesse ato. Sério. Ela faz a pia tremer porque ela não somente sova como os chefs ensinam: ela pega a bola de massa, levanta e joga com toda a força sobre a pia. É bem legal - serve como controle de stress.

2) Há alguns anos havia, em alguns shoppings, essa atentado à gordura localizada: Cinnabon. E foi lá que eu descobri os cinnamon rolls. E me apaixonei perdidamente, com ênfase nessa delícia: Caramel Pecanbon. Eu ia toda semana ao Cinnabon do Shopping Morumbi. TO-DA semana. Pra completar, a mãe da minha fiel escudeira e irmã de coração tinha uma loja no shopping e dona Renata estava sempre por lá. Resultado: íamos sempre juntas. Fofocar e comer. A Renata tinha, inclusive, uma maneira de me animar: sempre que eu estava meio chateada ela falava "vamos comer um cinnamon roll?". Era o que bastava para uma fagulha de brilho aparecer em meu olhar tristonho. Rá. Aí o Cinnabon acabou e as minhas amigas tiveram que descobrir outra maneira de me fazer sorrir. Geralmente é me levando pra comer cheesebacon. Minha alma é de gordinha, gente.

Fim das duas historinhas, voltamos ao ano de 2009. Há algum tempo eu estava ensaiando testar alguma receita de cinnamon roll. Principalmente porque pagar quase 6 dinheiros no cinnamon minúsculo da Starbucks me revolta. Na verdade, a Starbucks, como um todo, me revolta um pouco, mas sobre isso eu falo outro dia. A Café Suplicy também tem, e é bem gostosinho, mas nada se compara à fofice e cremosidade dos cinnabons. Quinta passada, eu de molho em casa, decidi me arriscar. Comecei fazendo pesquisa de receita, mas no excelente Technicolor Kitchen e outros blogs bons de culinária, as receitas eram para quem tem máquina de pão. Não é meu caso. Aí achei 3 receitas e meio que misturei tudo. A primeira parecia ótima, mas como eu vou pesar 32 gramas de ovo? Eu não tenho balança culinária. Mas eu li a receita, modo de fazer e afins e entendi mais ou menos o processo dos rolls - e me baseei nessa receita pro recheio. Para a massa usei essa e segui meio à risca. Pra cobertura me baseei nessa mas acabei fazendo tudo de olho porque 8 "onças" de cream cheese é um pouco demais e eu queria a cobertura mais doce do que azedinha.

Os rolls, antes de assarem, ficaram assim:


Na próxima vez eu vou colocar menos recheio e, em vez de um retangulão de massa, farei uns 3 retângulos menores. Acho que os rolls ficam menores e aí rendem mais. Com relação à cobertura, acho que coloquei baunilha demais, cream cheese demais e manteiga de menos. Na próxima vez vou aumentar a quantidade de manteiga e colocar um tiquinho de leite pra dar uma quebrada no azedo do cream cheese. Detalhes - a cobertura fica muito boa sem essas firulas todas que estou descrevendo.

E o resultado final foi esse:






Eu nunca tinha feito massa de pão desde o comecinho. Foi minha primeira vez, ui. E, pruma primeira vez, acho que ficou bem bom. A massa ficou macia e todo mundo que comeu, gostou - ui, de novo. Dá trabalho, mas é bom comer um cinnamon caseiro, quentinho e que custou bem menos que o caro e sem graça da Starbucks.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Analfabetismo funcional: não trabalhamos

Ontem, nem sei como, eu cheguei à uma comunidade do orkut chamada "Eu não sou fã de Jack Johnson". Vejam: o título da comunidade fala apenas que quem está lá não é fã de JJ. Não ofende o cantor. E nem quem gosta dele. Na descrição da mesma, a primeira coisa escrita é:

"Atenção! Esta não é uma comunidade de ódio ao cantor surfista."

Ou seja: está mais do que claro e cristalino que o problema da comunidade não é o Jack Johnson em si. Logo depois, a explicação sobre o que é, na opinião do criador da comunidade, "ser fã do Jack Johnson":

"O fã de Jack Johnson na nossa definição é aquele cara que:

-Não tem gosto musical definido, diz que é eclético e gosta de tudo menos pagode e sertanejo
-Aluga filme repetido sem querer e só percebe depois de meia hora assistindo"

E por aí vão as explicações. Quem quiser conferir, o link é este.

Eu não sou fã do Jack Johnson, acho as músicas dele todas meio parecidas. Não odeio o que ele canta, acho que rola ouvir uma música ou outra e, geralmente, meus alunos gostam de ouví-lo porque não é tão difícil de entender. Ou seja, eu ouço Jack Johnson vez ou outra, nem que seja em aula. Achei a comunidade engraçadinha, mas, apesar de não ser fã do cara, não entrei. Preferia entrar numa comunidade que falasse "Não sou fã do Humberto Gessinger" ou "Fãs xiitas do Legião Urbana ou do Raul Seixas são muitos chatos". Porque eu os acho bem chatos. Chatos pra caralho, pra ser bem clara.

Mas aí, vendo que a comunidade se dispunha a demonstrar o não apreço por um cantor, eu tive a certeza que várias pessoas não entenderiam o porpósito da comunidade e atacariam as pessoas que fazem parte dela. Eu estava certíssima. O primeiro tópico é intitulado "que bosta que vcs são". A menina que o iniciou, excelente em argumentação e compreensão de texto, disse o seguinte:

"que bosta que vocês sãoo vocês que fizeram,que postaram,e que estão fazendo o diabo a quatro nessa RIDÍCULA comunidade.SÃO TÃO IDIOTAS E DESOCUPADOS ASSIM? devem ter muito tempo pra discutir sobre a vida de uma pessoa.bando de desocupados.porque cada um não se olha primeiro.. faria muito bem, ou talvez não né? porque pelo jeito alguns são tão vazios que nem bem iria fazer, seria em vão .com toda ação há uma reação,não é? BANDO DE RIDÍCULOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS!!"

E aí eu pergunto: os criadores da comunidade ofenderam o Jack Johnson? Não. Foram ofensivos às músicas ou ao trabalho do cantor? Não. Apenas criaram uma definição sobre o padrão de comportamento dos fãs do cara. Só isso. Não estou defendendo os caras da comunidade, vejam bem: MEU PONTO NÃO É ESSE.

Meu ponto é que eu fico impressionada em como as pessoas não sabem ler. Elas leem e não absorvem o que leram. Simplesmente pegam o geral daquilo que elas acham que leram e saem vomitando ofensas por aí. Tudo porque a carapuça do que leram serviu nelas de alguma maneira e elas acham que têm que "revidar" essa grande ofensa. Eu tive a falta do que fazer de ler outros tópicos. Há fãs de JJ levando na boa. Há fãs de JJ discordando dos caras, numa boa. Sem ofender. O problema NÃO É discordar. Acho legal que discordem de mim, isso promove discussão e reflexão. Mas acho péssimo quem o faz de maneira mal-educada. Eu falo palavrões. Mas eu sou bastante educada. Apesar de muitas pessoas não entenderem, uma coisa não tem a ver com a outra.

O mundo está ficando chato pra caralho. As pessoas estão cada vez mais limitadas. Mais xiitas. Cara, E DAÍ que fulano não é fã do seu cantor favorito? No que isso vai mudar sua vida? Com certeza você não é fã de alguém, e aí, as pessoas que são fãs desse alguém devem se sentir ofendidas com isso? O politicamente correto xiita é CHATO. É burro. Agora tudo é "não podemos julgar". Mas que inferno que é isso! Eu posso SIM fazer a consideração que eu quiser sobre o que for. E se eu for pro inferno por causa disso, pelo simples fato de conseguir usar meu cérebro, irei pro inferno feliz. Eu não creio num mundo onde haja a necessidade descomunal de se medir palavras, porque senão chega essa ou aquela pessoa, da Liga dos Chatos Relacionados Àquele Assunto e enchem o saco da pessoa que simplesmente discorda deles.

Acho que o mundo seria mais legal se as pessoas lessem mais, pensassem mais, tivessem mais noção e fossem mais educadinhas. Aliás, acho que vou fazer isso. Eu vou montar uma banquinha na Praça da Sé pra mostrar pras pessoas que é possível ter bom senso. Não requer formação em faculdade alguma, não requer especialização acadêmica. É simples. É só tentar.


ps: e quem quiser DISCORDAR de mim que o faça de maneira educada. Xingamentos não serão mais tolerados. Grata.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Só uma informação

Num dos meus blogs preferidos, o Juntar os Cacos, Caco, o autor, diz o seguinte na "apresentação": "Saber ler entrelinhas e ironias não é um diferencial aqui – é pré-requisito."

Com todo o respeito (e crédito), quero dizer que o mesmo é válido para ler meus posts.

Portanto, se você não gosta ou não entende ironia e sarcasmo, se você tem dificuldade em interpretar um texto, se sentido figurado não faz parte de sua vida, não perca seu tempo por aqui. E, mais importante, se você não consegue entender e aceitar que as pessoas pensam diferente de você e discordam do que você diz, sem ofensas, melhor mesmo nem perder seu tempo. Meu blog é diarinho mesmo.

Eu detesto ter que explicar aquilo que eu quis dizer e, só hoje, já fiz isso inúmeras vezes. Poupem meu tempo e o de vocês.

Peço desculpas a quem comentou aqui numa boa e quem chegou aqui numa boa... Só quero deixar claro como são as coisas porque eu não vou ter blog pra deixar seja quem for vir aqui cantar de galo naquilo que eu escrevo. Opinião é uma coisa, encheção de saco é outra bem diferente.

E, agora, voltamos à nossa programação normal.

Tudo bem explicadinho, nos mííínimos detalhes - ou - Encerro por aqui a tal "polêmica"

Vou explicar alguns pontos do post que escrevi, pra deixar bem claro, nos mínimos detalhes, o que eu quis dizer.

Venham comigo!

"Nessa pequena mudança por aqui, deletei vários links de blogs de maquiagem, beleza e moda. Continuo achando moda, beleza e maquiagem legais. Mas estava achando a maioria dos blogs sobre esses assuntos um pé no saco. Uma mulherada cagadora de regras, cheias de afetação"

O que eu quis dizer: Se eu deletei vários links de blogs de beleza e maquiagem significa que não pretendo mais ler esses blogs. Se eu não mencionei que blogs eram, significa que eu não quero ofender ninguém e nem encher o saco de ninguém. Eu também digo que acho a mulherada cagadora de regras e cheias de afetação, já deixando claro qual é o motivo d’eu ter desistido dos links e das leituras dos mesmos.

"Eu não preciso de todo um tutorial pra saber como enrolar um cachecol no pescoço. Não preciso de uma explicação detalhada de como prender meus cabelos no estilo "soltinho""

Comecei a frase usando a primeira pessoa do singular, certo? Ou seja, EU não preciso de tutorial. Ficou claro?

"Faço uns penteadinhos com tic tac há anos. E nem por isso sou trend setter de porra nenhuma. Eu não tenho paciência com mulheres afetadas ou monotemáticas."

Vejam que aí eu revelo parte de minha vaidade: eu uso penteadinhos com presilhas. Admito que não sou trend setter de nada. E reafirmo que não gosto de PESSOAS cheias de afetação e que só falam sobre uma coisa. Em momento algum eu critiquei blogs temáticos. Se alguém leu que critiquei blogs temáticos, indico minha oftalmologista, ela é ótima.

"Aí tem toda aquele lance da puxação de saco entre blogs. Eu ODEIO puxação de saco."

Vou mudar um pouco enfatizando uma outra parte: “EU odeio puxação de saco”. Eu, mais uma vez. Se você acha legal essa lambeção de cu entre os blogs de beleza em geral, ok para você. EU não gosto e EU não leio. Eu não gosto de puxação de saco na vida. Uma coisa é você demonstrar apreço pelas coisas e pessoas. Outra, bem diferente, é puxar saco sem limites. Eu sou carinhosa com meus amigos e pessoas de quem gosto. Mas não sou puxa-saco. Eu NÃO quis dizer que ser carinhoso é feio, gente. ONDE vocês leram isso, nesse texto? Me mostrem, por favor.

"E eu não preciso me constranger ao ler blogs, sabe? Blog é só distração."

Ao dizer “eu não preciso me constranger ao ler blogs” estou, de maneira sutil, insinuando que se me constrange eu não leio. Certo?

"E aí lá ia eu me distrair com algum blog sobre futilidades que eu adoro e era obrigada a ver essa ou aquela blogueira maquiadora e super trend setter ser elevada à categoria de semi deusa do Olimpo dos blogs de beleza."

Olhem como está CLARO que eu GOSTO de blogs sobre as ditas “futilidades”: “e lá ia eu me distrair com algum blog sobre futilidades que eu adoro e era obrigada (...)”. Viram? “blogs sobre futilidades que eu adoro”. O que isso significa? Que sim, eu adoro maquiagens e afins. Eu só não gosto de determinadas afetações, puxações de sacco e cagações de regra das pessoas. E aí eu DEIXO DE LER o blog. E não encho o saco de ninguém.

Aí você vai dizer que eu encho o saco sim porque escrevi um texto sobre o assunto. Hoje estou paciente, então vou, mais uma vez, explicar o óbvio: esse é MEU blog e aqui eu dou a MINHA opinião sobre o que EU bem entender. Se EU quiser criticar a Revista Caras eu vou criticar. Se EU quiser criticar o Domingão do Faustão eu vou criticar.

Eu não consigo entender por que ter opinião sobre as coisas ofende as pessoas. Gente, eu só dei a MINHA opinião. Eu te ofendi? Xinguei sua mãe de rampeira xexelenta? Xinguei sua melhor amiga de boba, feia, fedida e xixicocô? Xinguei ou fui agressiva com alguma blogueira?

NÃO.

Eu não acho que meu blog tenha conteúdo. Eu não tenho essa intenção. Eu escrevo blog diarinho, sempre escrevi, porque gosto. Estou no “mundo dos blogs” desde 2001, 2002. Acreditem, já vi muitas fases desse “mundo”. Já vi muita puxação de saco. Essa “polêmica” aqui e no VnF, os comentários de pessoas que não sabem interpretar texto e não lêem as entrelinhas não são novidade alguma para mim. Se EU não considero o conteúdo de algum blog ou o jeito como a pessoa fala ou escreve legais e eu deixo claro que não leio esses blogs, onde está meu erro? Meu erro está em ter uma opinião e expressá-la? Eu acho exagero SIM haver vídeo explicando como usar um cachecol. Ué, EU acho exagero. Se te serviu, bom pra você. Mas não venha encher o meu saco dizendo que eu considero “bullshit” esse assunto. Não considero “bullshit”. Acho apenas exagerada a forma como alguns blogs de moda que eu não leio mais abordam o tema.

Eu realmente não tenho nada a ver com o dinheiro alheio nem com a maneira como as pessoas gastam seus reais. Por isso eu deixei claro que eu EU acho que algumas meninas exageram. Eu deixei claro que o problema está na falta de limites, no exagero, e não em comprar tal coisa ou em entender sobre tal assunto. Problema é a criação de um monte de regrinhas e chatices para algo tão legal: maquiagem.

A Vic Ceridono, do Dia de Beauté, que trabalha com moda e maquiagem, já disse que essa coisa de regras pra isso e aquilo só limitam as pessoas. Ela, que entende mesmo do que está falando. Ela já disse que o importante é ter noção. E saber usar o que fica bem em você. A Marina, do 2Beauty, que faz uns makes maravilhosos, é super didática e não é nada afetada. Muito pelo contrário. E estou falando de dois blogs temáticos. Estou falando bem. São dois blogs que eu acompanho. As meninas do VnF, inclusive, acham essa coisa de regras e diretrizes uma chatice também.

E com tudo que eu escrevi, por acaso eu disse que as pessoas podem ou não podem usar isso ou aquilo? Não. Eu não disse. Eu deixei claro aquilo que eu não gosto e ponto. Se é difícil para algumas pessoas entenderem ironia, lamento por elas. Se é difícil para algumas pessoas interpretarem um texto, mais uma vez, lamento por elas. Como podem achar que minha sugestão de montar banquinha na Praça da Sé era séria? Alguém já ouviu falar em “sentido figurado”? Como alguém chega no MEU blog e vem me dizer que escolhi as palavras erradas? Eu escolho as palavras que eu quero e penso muito bem antes de usa-las. Os palavrões que uso aqui são deliberadamente usados. Eu não os uso por falta de vocabulário – eu garanto que meu vocabulário é excelente. E a quem reclamou que eu não soube me expressar de maneira inteligente e não expliquei bem meus motivos, e, assim, não soube “comprar a discussão” (que compra? Que discussão?), eu pergunto: está claro assim? Ou será que precisarei também fazer alguns gráficos e ilustrações?


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sobre os blogs de moda e beleza - um desabafo num post longo.

Nessa pequena mudança por aqui, deletei vários links de blogs de maquiagem, beleza e moda. Continuo achando moda, beleza e maquiagem legais. Mas estava achando a maioria dos blogs sobre esses assuntos um pé no saco. Uma mulherada cagadora de regras, cheias de afetação. É APENAS maquiagem, people. Ok que maquiagem pode ser A VIDA de vocês, mas ninguém vive só de uma coisa e se a sua vida gira SOMENTE em torno de maquiagem, lamento por você. Maquiagem é legal pra cacete, mas as pessoas piram demais e, de repente, todo mundo é entendido naquilo. E umas meninas que nem sabem escrever direito promovem concursos de maquiagem disso ou daquilo, compram quantidades absurdas de produtos, falam de "certo" e "errado". A mesma preguiça eu peguei de blogs de moda. Eu não preciso de todo um tutorial pra saber como enrolar um cachecol no pescoço. Não preciso de uma explicação detalhada de como prender meus cabelos no estilo "soltinho" - que eu uso, na verdade, quando quero arrumar a casa e não ter cabelos no rosto. Eu uso presilhas nos cabelos há anos. Faço uns penteadinhos com tic tac há anos. E nem por isso sou trend setter de porra nenhuma. Eu não tenho paciência com mulheres afetadas ou monotemáticas.

Aí tem toda aquele lance da puxação de saco entre blogs. Eu ODEIO puxação de saco. Outro dia uma amiga minha da dança criou uma comunidade pra mim no orkut com a intenção de me "homenagear". O tema nem era algo no estilo "nós te amamos", é algo sobre eu ser "fashion" e fazer poses engraçadas nas fotos. Alguma bobagem assim. Morri de vergonha. Por mim e por ela. Avisei meu namorado a respeito disso e avisei que, de fora do grupo da dança, só ele estaria "autorizado" (cof cof) a entrar. A resposta dele: "sua amiga te conhece de verdade? Não, né?". Porque eu me constranjo com esse tipo de puxação de saco. E eu não preciso me constranger ao ler blogs, sabe? Blog é só distração. E aí lá ia eu me distrair com algum blog sobre futilidades que eu adoro e era obrigada a ver essa ou aquela blogueira maquiadora e super trend setter ser elevada à categoria de semi deusa do Olimpo dos blogs de beleza. Ah, puta que pariu.

E nisso entramos mais uma vez naquele velho assunto de gente que acha que blog é alguma coisa de super demais e se acha muito relevante e formador de opinião. E sai cagando regras. E, no caso do tipo de blogs que mencionei, sai dizendo que calça saruel é a peça de roupa mais legal da estação para as "it girls". Mas que caralho é isso? It girls? Que frescura insuportável. Aí o que acontece? Você vê um monte de mulheres com uma calça cujo cavalo vai até o joelho, deixando a bunda murcha e parecendo que você usa franda geriátrica. Cadê o bom senso? E tudo porque um bando de mulher com voz chata pra cacete disse que aquela é a peça do inverno. Aí a atrocidade se populariza e nas lojas do Largo de Pinheiros há milhares de calças saruel de viscolycra a 19 reais. Tava conversando com uma amiga minha e ela disse que ela imagina as pessoas no Largo da Batata usando essas calças e fazendo um flash mob onde todos falam "STOP! Hammertime". Acho que a única coisa boa dessas calças horrendas foi imaginar essa cena.

As pessoas acumulam milhares de pincéis de maquiagem, tudo porque querem fazer uma sombra esfumada. Eu faço isso usando os dedos. E fica bom. Será mesmo necessário esse consumo desenfreado? Vi umas meninas que têm tipo 10 estojos imensos só de sombras. Claro, o dinheiro é delas. Se elas querem gastar com make ou rasgar dinheiro e jogar pro alto, é problema delas. Mas eu me reservo o direito de achar tudo um absurdo exagerado. Você é maquiadora profissional? Não? Então vá investir na sua profissão também. Vale a pena. Você é super ultra entendida de moda e das últimas tendências de como amarrar um lenço em volta do pescoço? Por que então não presta consultoria à população? De graça? No blog você não escreve de graça? Então por que não vai com uma banquinha pra Praça da Sé prestar consultoria fashion de graça pra mulherada que passa por lá? Você atingiria MUITO MAIS pessoas. Porque ó, vou te dizer, blog é coisa pra uma parcela BEM ínfima da população. O alcance é bem, bem pequeno. Mesmo que você receba 300 visitas por dia, que suas comentaristas te chamem de linda e que aquela consultora, que também tem blog, tenha te linkado num post x.

Em resumo: blog é legal, blog temático é legal, mas TUDO na vida precisa de limite. E de bom senso e noção. Inclusive as paixões que você tem. Inclusive sua necessidade de ver e ser vista. Nem que isso seja o mesmo que ver e ser vista no concurso de beleza de Jaboatão dos Prazeres, aquela cidade que nem no mapa está.

Mudei!

Cansei do antigo layout. Resolvi mudar, mas mantive o verde, minha cor favorita. Acho que não é bem o que eu queria, mas as opções do blogger são limitadas e não vou mudar pro wordpress, por exemplo. Por pura preguiça mesmo.

Mudei a lista de links. Tirei vários que eu não lia mais, acrescentei outros que eu leio.

Em breve vou também dar uma "garibada" no meu blog em Inglês, que anda tão abandonado. Vou tentar escrever mais lá, tirar uns links antigos.

Enfim, faxina geral. Que eu já devia ter feito, por sinal. E não é só aqui. É nas minhas coisas em casa. É nos pensamentos antigos que não me levam a lugar algum. Eu acredito piamente que tirar coisas velhas abra espaço pra novas. E quer coisa melhor que mandar pensamentos carcomidos pelo tempo embora e dar lugar a novas ideias?

É isso que quero.