quinta-feira, 24 de junho de 2010

É a minha ansiedade que me mata...

(podem cantar no mesmo ritmo de "é a sua indiferença que me mata", clássico do breganejo de Zezé di Camargo e Camarguinho. Vamos, cantem, dá certo!)

Pois bem, ontem confessei meu vício na Starbucks. Hoje vim aqui confessar um dos meus maiores defeitos: sou ansiosa DEMAIS. Aliás, se eu fizesse uma entrevista de emprego em que perguntam seus três maiores defeitos, eu estava muito ferrada. Porque olha: sou ansiosa demais, não tenho paciência com vários tipos de pessoas, tenho preconceito com gente cafona (tenho, confesso e não me orgulho disso - mas como não se incomodar com gente que tinge o cabelo de loiro branco, faz progressiva e deixa o cabelo oleoso por falta de lavagem, usa legging com sandália de salto e blusa curta e por aí vai. Não dá, gente, não dá. Meus olhos rejeitam esse tipo de coisa), tenho dificuldade em aceitar gente acomodada, e a lista seguiria, não fosse o fato d'eu já ter listado quatro defeitos e a hipotética entrevistadora ter solicitado apenas três. Aí ela acharia que além de extremamente chata, não sei contar. PÉÉÉ, reprovada, volte pra rua da amargura. Percebam que nesse parágrafo revelei outro defeito, quinto pra lista: eu sou prolixa.

Alguém com muita ansiedade, prolixa, impaciente e com problemas de aceitação estética deveria trabalhar com o quê? Certamente NÃO deveria trabalhar numa área que dependesse tanto de outras pessoas. E aí o que eu fiz? Não satisfeita em dar aulas particulares, onde você fica a mercê dos seus alunos, eu resolvi ser micro-empresária e lidar com os chefes dos meus alunos. Parabéns, Camila, isso sim é sucesso!

Kátia Cega já dizia: não está sendo fácil. Eu estou adorando meu novo trabalho, mas esse começo é muito difícil. Cada possibilidade de contrato me deixa com os nervos à flor da pele. Porque uma coisa é ter seu negócio já consolidade, outra bem diferente é estar no começo e depender muito de cada centavo que entra em sua conta jurídica. Estou esperando a resposta de um cliente desde segunda-feira. Cada dia que falo com ele, há um novo empecilho. Cobrança. Valores. Horários. Cada empecilho apresentado eu rebato com uma explicação lógica ou com uma solução. Hoje cheguei ao meu limite: tenho professores esperando uma resposta definitiva, reservando horários pra mim, não sou só eu, entendem?

Não adianta me sugerir yoga (morro de tédio), meditação (morro de tédio duas vezes), remédios homeopáticos (esqueço de tomar, sempre). Não sei o que fazer pra aquietar a periquita e esperar as respostas com calma. A longo prazo, posso voltar a dançar e fazer análise. E a curto prazo, faço o que? Enlouqueço meu namorado? Desenvolvo gastrite?

Ajudem-me, meus caros: numa situação dessas, em que uma resposta é tão essencial mas o dono da resposta é complicado, o que vocês fazem para aplacar a ansiedade? Encher a cara não é uma resposta válida.

11 comentários:

gi disse...

Eu faço seriadoterapia. Mas não vale pensar nas coisas que tem que fazer amanhã. E tem que ser algo leve: HIMYM, Hell's Kitchen ou tentaí: In Betweeners.

Funciona pra mim... :) xxx

Letícia Simoni Junqueira disse...

Eu limpo a casa ou cozinho, enquanto tomo um hi-fi (mas essa parte você já vetou).

Paula Baltazar disse...

Eu sou MUITO ansiosa também, aliás, no momento estou enfrentando uma crise daquelas...
Mas posso dizer que a única coisa que deu resultado comigo até hoje para aplacar a ansiedade foi acupuntura.
Se você não tiver pavor de agulhas, recomento mesmo. Não dói nada e o resultado é bem rápido!

E boa sorte nessa nova fase, com ou sem ansiedade!

:-*****

Srta.T disse...

Chuchuza, pelo jeito vc é quinemquieu: ansiosa daquelas que acha qualquer tentativa de relaxamento BOOORING. O lance entonces é queimar a energia. Correr, pular, dançar, se acabar no Wii Fit. Aí vc se quebra inteira e fica calma. Mens sana em corpore moído.

nsmd53 disse...

O velho barbudo K. Marx dizia que o "homem" (aspas minhas porque no século XIX ainda não existia o politicamente correto do "ser humano") só se coloca perguntas cujas respostas já existem. De fato, Fernando Brandt escreveu naquela música do Milton que "a lua das unhas ganem". A ansiedade já tem muitas respostas não necessariamente químicas e algumas delas você mesma já escreveu. Mas a palavra que me vem é: CONFIANÇA! Confiar pode ser entendida como "fiar com". É preciso tecer e você não está só, confia! É preciso conhecer alguma coisa da ciência da paz pra se ter paciência.
Tudo isso soa bem cafona, sorry!
bjin

Anônimo disse...

A má notícia é que nem com seu negócio consolidado você vai ficar menos ansiosa. Porque você vai estar sempre se acostumando a ter mais e mais e não fechar um contrato novo, pode significar regredir. Acho que é um troço meio sem fim. No mais, eu particularmente não respeito gente que tinge o cabelo de loiro branco.

Pratos de Ouro disse...

Foi um prazer visitar este seu blog. se possiel divulgue este novo blog dde opinião! Muito Obrigado

http://quadratura-do-circulo.blogspot.com/

Carol disse...

eu fico bebada.

anestesia.

O problema é a ressaca + anseidade no dia seguinte.

(não tem jeito mesmo, Camilets. as vezes eu fico sem um clientezinho. as vezes, aparecem 5 no mesmo dia... essa espera é crudelissima)

beeeeeeeijos

ana cartola disse...

Oi, Camila.

Vou aumentar me juntar à Paula e sugerir acupuntura.
É ótimo pra várias coisas, uma delas é a ansiedade. E não dói mesmo.

Boa sorte. :-)

Beijo.

ana cartola disse...

Er... Risque o "aumentar" acima, por favor.

Caco disse...

Também tenho o MESMO problema.

Correr, para mim, ajuda hour-rou-rez.

You should try.

bjs
CACO