Não, não é pela cólica chata que você identifica em um passo. Identificar pela cólica é coisa de amadora. As TPM-pro identificam assim: se você levar um não e começar a sentir vontade de chorar, acredite é TPM. Simples, simples.
Não pude ir à aula de jazz hoje por causa de cólica e da rinite, que nunca mais me abandonou. Não posso tomar anti-alérgico pois farei teste alérgico na semana que vem. Sabendo disso, Dona Rinite veio com tudo. Atacou olhos, garganta, ouvido, nariz. Tá delícia, tá gostoso. Liguei na escola de dança pra avisar sobre minha ausência, pois, até onde eu sabia, avisando sobre a ausência eu posso fazer reposição. E eu quero reposição. Eu amo minhas aulas de jazz. Eu detesto quando tenho que faltar.
Pois bem. Fui informada de que ou eu levo atestado ou eu aviso com umas 6 horas de antecedência. Não tenho atestado. Onde já se viu ir ao hospital por causa de rinite? E não avisei antes porque antes eu não estava mal, oras!
Levei um não. Não posso repor. Enquanto o moço ao telefone tentava justificar seu ato cruel, meus olhos começaram a encher de lágrimas. Desliguei o telefone chorando. Não choraaando buaaaaaaaaaaa socorroooo minha vidaaaa. Não, só chorando mesmo. Porque eu não quero perder a aula.
Estranhei essa minha reação. E, um segundo depois, a explicação: é TPM.
E acho que é má-vontadezinha da escola. Porque olha, se é aula particular, eu entendo. Repor é ter que disponibilizar professor só pra isso. Fossem minhas aulas de jazz particulares, não teria, jamais, pedido pra repor. Mas, nesse caso, o professor está lá, dando aulas todos os dias. Pra ele pouco importa se há 20 ou 21 alunas na sala. Ele até gosta quando tem mais gente. Então é má vontadezinha da escola e ponto final.
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
É grave, Doutor?
- Oi, o que a traz aqui?
- Ai, doutor, estou com um problema sério. E esse problema tem me atrapalhado muito.
- Vamos lá, quais são os sintomas? Está sentindo dores? Onde?
- Doutor, eu nunca consigo começar uma tarefa logo. Eu sempre termino, mas nunca começo com antecedência. Eu enrolo o máximo que eu puder, até o prazo estar quase me sufocando. Aí já viu: noites trabalhando, acúmulo de trabalho, sensação de não estar fazendo nada direito. É grave, Doutor?
- Bem. Ao que me parece, você sofre de Procrastinite Crônica. É um problema bem comum atualmente e se manifesta com mais força na época de monografias, TCCs e entrega de trabalhos de tradução.
- Na mosca, Doutor! Eu decidi vir aqui porque na semana passada me vi procrastinando ao máximo uma versão que tinha que entregar. Tem cura?
- Não. Há maneiras de controlar essa doença. Vou te passar um remédio e você, provavelmente, terá que tomá-lo o resto da vida, que é pra evitar que a Procrastinite volte. O remédio é Nonprocrastinom. Um comprimido, uma vez ao dia. Você já sentirá os efeitos no segundo dia.
- Maravilha! Não sabia que já existia remédio pra isso!
- Ah, depois do Viagra nada mais me surpreende. Você ficaria chocada com os remédios que existem hoje em dia...
- É mesmo? E já tem algum pra ajudar a ter disciplina? Disciplinax, algo assim?
- A Medicina é avançada, minha filha, mas não opera milagres. Pra disciplina eu recomendo vergonha na cara mesmo.
- Hehehe. Obrigada Doutor, até mais.
Sonho com o dia em que o Nonprocrastinom existirá de verdade.
- Ai, doutor, estou com um problema sério. E esse problema tem me atrapalhado muito.
- Vamos lá, quais são os sintomas? Está sentindo dores? Onde?
- Doutor, eu nunca consigo começar uma tarefa logo. Eu sempre termino, mas nunca começo com antecedência. Eu enrolo o máximo que eu puder, até o prazo estar quase me sufocando. Aí já viu: noites trabalhando, acúmulo de trabalho, sensação de não estar fazendo nada direito. É grave, Doutor?
- Bem. Ao que me parece, você sofre de Procrastinite Crônica. É um problema bem comum atualmente e se manifesta com mais força na época de monografias, TCCs e entrega de trabalhos de tradução.
- Na mosca, Doutor! Eu decidi vir aqui porque na semana passada me vi procrastinando ao máximo uma versão que tinha que entregar. Tem cura?
- Não. Há maneiras de controlar essa doença. Vou te passar um remédio e você, provavelmente, terá que tomá-lo o resto da vida, que é pra evitar que a Procrastinite volte. O remédio é Nonprocrastinom. Um comprimido, uma vez ao dia. Você já sentirá os efeitos no segundo dia.
- Maravilha! Não sabia que já existia remédio pra isso!
- Ah, depois do Viagra nada mais me surpreende. Você ficaria chocada com os remédios que existem hoje em dia...
- É mesmo? E já tem algum pra ajudar a ter disciplina? Disciplinax, algo assim?
- A Medicina é avançada, minha filha, mas não opera milagres. Pra disciplina eu recomendo vergonha na cara mesmo.
- Hehehe. Obrigada Doutor, até mais.
Sonho com o dia em que o Nonprocrastinom existirá de verdade.
domingo, 27 de março de 2011
Never let me go
"I come here and imagine that this is the spot where everything I've lost since my childhood is washed out. I tell myself, if that were true, and I waited long enough then a tiny figure would appear on the horizon across the field and gradually get larger until I'd see it was Tommy. He'd wave. And maybe call. I don't know if the fantasy go beyond that, I can't let it. I remind myself I was lucky to have had any time with him at all. What I'm not sure about, is if our lives have been so different from the lives of the people we save. We all complete. Maybe none of us really understand what we've lived through, or feel we've had enough time."
Tenho esse livro desde o ano passado, nunca consegui engrenar na leitura. Nunca entendi o motivo. Hoje entendi: foi obra de meu anjo da guarda, me impedindo de me debulhar em lágrimas e desidratar. Porque se com o filme eu chorei quase de soluçar, com o livro eu nem sei o que aconteceria. Ou melhor, acontecerá. Porque, certamente, eu lerei "Never let me go" assim que acabar "Precisamos falar sobre o Kevin".
Imaginem a dor de amar alguém e saber sem sombra de dúvidas de que esse amor terá que acabar. Será cortado, interrompido. Mas será que amar não é isso mesmo? Não chega uma hora em que, invariavelmente, ele será interrompido?
E Kathy tem razão. O tempo nunca é suficiente.
Assistam.
terça-feira, 22 de março de 2011
Legendaddy
CONTÉM UM SPOILR SOBRE HOW I MET YOUR MOTHER. Se você é fã do programa e não está acompanhando a sexta temporada, continue lendo por sua conta e risco.
Eu amo o seriado "How I Met Your Mother". E, diferentemente de Friends, onde eu passava por fases de ter uma personagem favorita - Chandler, Ross, para ficar com Joey como o meu mais querido de todos - eu não consigo ter um preferido em HIMYM (essa grafia é só para os íntimos). Mas, confesso, que Barney Stinson chega bem perto de ser meu Joey. Amo os bordões dele, o jeito womanizer, o esforço que ele faz para esconder que tem um coração - ainda que ele falhe nesse quesito. O Barney passa muitas temporadas tentando descobrir quem é o pai dele. Obviamente ele cria muitas histórias sem pé nem cabeça e muitas expectativas também. Barney começa a ter pistas sobre seu pai muito tarde, com quase 30 anos. Acho que já ficou claro porque Barney tem um lugar um pouquinho maior no meu coração.
Quando ele finalmente conhece o pai, a decepção. Ele não era nada daquilo que ele esperava, é claro. E o confrontou. E quis saber por que ele não quis ser pai dele, sendo que, agora, o pai dele é um pai de família. Se o cara queria só ser pai de família, por que não quis ser pai da família do Barney?
E eu chorei vendo isso, obviamente. Acho que o que mais me incomoda, ainda, é não ter tido a chance de nenhum confronto. Tantos anos, tantas dúvidas, tanto rancor - e a mim não foi dada a chance nem de confrontar, de perguntar, de xingar. Eu guardo raivas desnecessárias dessa história toda e acho que, parte delas, é porque eu não pude perguntar nada diretamente a ele. Ele havia morrido. E aí, por mais maluco que isso seja, às vezes eu me pego pensando no que eu diria. Na conversa que eu teria. Nos palavrões que eu proferiria. Pra mim, só teria sentido falar tudo isso pra ele. Mesmo que ele, aquele pudim de cachaça insuportável, não conseguisse ligar um neurônio a outro pra entender o que eu dissesse. Eu não quero ter raiva da ex-esposa. Nem guardar rancor dos meus irmãos. A única coisa que eu queria, de verdade, era o confronto.
Mas isso fica só pros meus momentos de loucura mesmo.
Eu amo o seriado "How I Met Your Mother". E, diferentemente de Friends, onde eu passava por fases de ter uma personagem favorita - Chandler, Ross, para ficar com Joey como o meu mais querido de todos - eu não consigo ter um preferido em HIMYM (essa grafia é só para os íntimos). Mas, confesso, que Barney Stinson chega bem perto de ser meu Joey. Amo os bordões dele, o jeito womanizer, o esforço que ele faz para esconder que tem um coração - ainda que ele falhe nesse quesito. O Barney passa muitas temporadas tentando descobrir quem é o pai dele. Obviamente ele cria muitas histórias sem pé nem cabeça e muitas expectativas também. Barney começa a ter pistas sobre seu pai muito tarde, com quase 30 anos. Acho que já ficou claro porque Barney tem um lugar um pouquinho maior no meu coração.
Quando ele finalmente conhece o pai, a decepção. Ele não era nada daquilo que ele esperava, é claro. E o confrontou. E quis saber por que ele não quis ser pai dele, sendo que, agora, o pai dele é um pai de família. Se o cara queria só ser pai de família, por que não quis ser pai da família do Barney?
E eu chorei vendo isso, obviamente. Acho que o que mais me incomoda, ainda, é não ter tido a chance de nenhum confronto. Tantos anos, tantas dúvidas, tanto rancor - e a mim não foi dada a chance nem de confrontar, de perguntar, de xingar. Eu guardo raivas desnecessárias dessa história toda e acho que, parte delas, é porque eu não pude perguntar nada diretamente a ele. Ele havia morrido. E aí, por mais maluco que isso seja, às vezes eu me pego pensando no que eu diria. Na conversa que eu teria. Nos palavrões que eu proferiria. Pra mim, só teria sentido falar tudo isso pra ele. Mesmo que ele, aquele pudim de cachaça insuportável, não conseguisse ligar um neurônio a outro pra entender o que eu dissesse. Eu não quero ter raiva da ex-esposa. Nem guardar rancor dos meus irmãos. A única coisa que eu queria, de verdade, era o confronto.
Mas isso fica só pros meus momentos de loucura mesmo.
domingo, 20 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Comentei mas virou post - ou - sobre Saint Patrick's Day
A Amber escreveu um post sobre Saint Patrick's Day e disse que não sabe bem quem foi Saint Patrick, mas que adora a comemoração e beber cerveja verde. Pra quem não sabe, a Amber foi minha aluna durante um tempo e, uma vez teacher, sempre teacher. Como eu tenho que saber sobre essas coisas todas por causa das aulas de inglês - falar sobre a cultura dos países que falam inglês é parte das aulas - eu acabei me empolgando e comentei sobre a origem da comemoração desse santo gente fina que expulsou as cobrinhas da Irlanda. Esse foi o comentário:
Uma vez teacher, sempre teacher. Então é o seguinte: o Patrick, quando ainda nem sonhava em virar santo, era um adolescente na Irlanda no final do século 3. Sequestraram o mocinho e levaram ele pra França pra ser escravo e cuidar das ovelhinhas. Quando ele tinha 22 anos ele conseguiu fugir e voltou pra Irlanda, mas algo tinha mudado nele: agora ele acreditava em Cristo. De volta ao seu país pagão ele resolveu converter a galerem e levar a palavra de Cristo pra geral. Pra dar lições explicando os princípios mais básicos do cristianismo, ele usava um trevo de 3 folhas, que significava o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Patrick ajudava quem necessitava e peregrinou pela Irlanda ajudando a construir escolas e igrejas.
Ele começou a ficar popular e fazer amigues por onde passava. Daí pra começarem a atribuir milagres a ele, foi um pulo. Todos ama Saint Patrick. Há uma lenda de que ele expulsou todas as cobras da Irlanda e é por isso que não há cobras por lá (um país sem cobras, gentz!). Mas, mais importante que não gostar de cobras e mandá-las todas embora, Saint Patrick desenvolveu nos irlandeses um espírito mais patriota. Ele morreu em 17 de março de algum ano e é por isso que hoje é Saint Patrick’s Day. Não sei o que os leprechauns têm a ver com isso tudo. Sei que, no final das contas, 17 de março se tornou um dia de celebrar a cultura irlandesa. É também o dia em que os brasileiros chatos resolvem colocar para fora toda sua chatice e ficam reclamando de quem gosta de Saint Patrick’s Day. Reclamam que ateu brasileiro não pode gostar desse dia e se esquecem que ateus brasileiros aproveitam feriado de Nossa Senhora Aparecida.
O que eu digo de tudo isso é que é muito legal saber mais sobre outras culturas e mais legal ainda é haver uma comemoração onde o princípio básico seja ir pro pub beber. Só não é legal a ressaca do dia seguinte e toda a gente chata que caga regra pra tudo no Twitter.
E agora eu só digo: gente, vamos amar mais e cagar menos regra? E deixar de encher o saco com essa bobagem pseudo-nacionalista de que comemorar feriado internacional é ridículo? Inventem aí o Dia do Boitatá que eu comemoro, desde que haja empolgação e festas nos bares e birita. E qual é o problema de ateu brasileiro curtir Saint Patrick's ou Halloween? Por acaso ateu brasileiro não aproveita feriado católico no Brasil? Não sou ateia, mas jamais seria católica. E tô aí, achando legal Nossa Senhora Aparecida nos dar um feriado. Reza quem quer rezar, comemora quem quer comemorar, vocês não acham? É muito cu fedido, em pleno 2011, encherem o saco com essa coisa de "pagar pau pra americano". Saint Patrick era irlandês. Halloween, inicialmente, era uma festa pagã na EUROPA, celebrada pelos CELTAS. Americanos comemoram porque eles foram colonizados por um país europeu e coisa e tal. E se eu quiser comemorar o dia da polka, o dia dos maias, eu vou comemorar! Porque pra mim, de alguma maneira, aquilo é importante. Ou simplesmente divertido. E se eu tiver como princípio de vida me divertir? E se eu, mais do que ser brasileira, quiser ser parte do mundo, sem preconceitos e de mente aberta? O mundo está cada vez com menos fronteiras mas as cabeças das pessoas não.
Uma vez teacher, sempre teacher. Então é o seguinte: o Patrick, quando ainda nem sonhava em virar santo, era um adolescente na Irlanda no final do século 3. Sequestraram o mocinho e levaram ele pra França pra ser escravo e cuidar das ovelhinhas. Quando ele tinha 22 anos ele conseguiu fugir e voltou pra Irlanda, mas algo tinha mudado nele: agora ele acreditava em Cristo. De volta ao seu país pagão ele resolveu converter a galerem e levar a palavra de Cristo pra geral. Pra dar lições explicando os princípios mais básicos do cristianismo, ele usava um trevo de 3 folhas, que significava o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Patrick ajudava quem necessitava e peregrinou pela Irlanda ajudando a construir escolas e igrejas.
Ele começou a ficar popular e fazer amigues por onde passava. Daí pra começarem a atribuir milagres a ele, foi um pulo. Todos ama Saint Patrick. Há uma lenda de que ele expulsou todas as cobras da Irlanda e é por isso que não há cobras por lá (um país sem cobras, gentz!). Mas, mais importante que não gostar de cobras e mandá-las todas embora, Saint Patrick desenvolveu nos irlandeses um espírito mais patriota. Ele morreu em 17 de março de algum ano e é por isso que hoje é Saint Patrick’s Day. Não sei o que os leprechauns têm a ver com isso tudo. Sei que, no final das contas, 17 de março se tornou um dia de celebrar a cultura irlandesa. É também o dia em que os brasileiros chatos resolvem colocar para fora toda sua chatice e ficam reclamando de quem gosta de Saint Patrick’s Day. Reclamam que ateu brasileiro não pode gostar desse dia e se esquecem que ateus brasileiros aproveitam feriado de Nossa Senhora Aparecida.
O que eu digo de tudo isso é que é muito legal saber mais sobre outras culturas e mais legal ainda é haver uma comemoração onde o princípio básico seja ir pro pub beber. Só não é legal a ressaca do dia seguinte e toda a gente chata que caga regra pra tudo no Twitter.
E agora eu só digo: gente, vamos amar mais e cagar menos regra? E deixar de encher o saco com essa bobagem pseudo-nacionalista de que comemorar feriado internacional é ridículo? Inventem aí o Dia do Boitatá que eu comemoro, desde que haja empolgação e festas nos bares e birita. E qual é o problema de ateu brasileiro curtir Saint Patrick's ou Halloween? Por acaso ateu brasileiro não aproveita feriado católico no Brasil? Não sou ateia, mas jamais seria católica. E tô aí, achando legal Nossa Senhora Aparecida nos dar um feriado. Reza quem quer rezar, comemora quem quer comemorar, vocês não acham? É muito cu fedido, em pleno 2011, encherem o saco com essa coisa de "pagar pau pra americano". Saint Patrick era irlandês. Halloween, inicialmente, era uma festa pagã na EUROPA, celebrada pelos CELTAS. Americanos comemoram porque eles foram colonizados por um país europeu e coisa e tal. E se eu quiser comemorar o dia da polka, o dia dos maias, eu vou comemorar! Porque pra mim, de alguma maneira, aquilo é importante. Ou simplesmente divertido. E se eu tiver como princípio de vida me divertir? E se eu, mais do que ser brasileira, quiser ser parte do mundo, sem preconceitos e de mente aberta? O mundo está cada vez com menos fronteiras mas as cabeças das pessoas não.
Marcadores:
liberdade liberdade,
mundo chato,
saint patrick's
terça-feira, 15 de março de 2011
Recomendação de escola de inglês
Outro dia alguém que não me lembro o nome comentou aqui me pedindo uma recomendação de escola de Inglês. Eu li o comentário no meu email e deixei para responder depois. Só que eu apaguei o email e agora não encontro onde está o comentário aqui no blog. Portanto, perdão a você que comentou me pedindo ajuda! Eu ia te escrever email mas ficou impossível por eu não achar seu comentário. Por isso, a resposta vai aqui mesmo. E me desculpe por não me lembrar seu nome. Minha memória é boa, mas eu só consigo me lembrar que você mora no ABC (São Caetano, não é?) e quer estudar Inglês sem perder tempo em escola sem qualidade.
Bom, se for para dar uma recomendação, claro que eu recomendo a minha escola, né, MWAHAHAHAHA! Mas como eu atendo apenas empresas, vou te dar umas dicas sem mencionar nomes de escolas porque não seria ético de minha parte.
Minha primeira dica é: fuja de escolas que prometem fluência em X meses. Isso é safadeza. Jogo de marketing. Conversa pra boi dormir. Existe uma grande e tradicional escola que começou a oferecer Inglês em 18 meses. Eu li a proposta deles e acho que, dos cursos relâmpago que li, é a única que vale. Porque ela não promete fluência. Promete um curso BÁSICO de CURTA DURAÇÃO com foco na comunicação oral - está bem claro que essa escola, que, por sinal, eu respeito profundamente, não está prometendo o impossível. Está prometendo básico de curta duração. Isso é bem diferente de prometer FLUÊNCIA. Fluência é um termo bastante controverso, por sinal. Você pode ter fluência dentro do nível em que você está. O que as pessoas buscam com o tal do Inglês fluente é a proficiência. Todas aquelas certificações que existem (ECPE, CPE, CAE, TOEIC) comprovam sua proficiência no idioma, e não sua fluência. Mas isso é meio técnico demais, por isso aceita-se fluência como "nivelador universal" (argh) e blablabla.
Eu sou absolutamente contra escolas que propagandeiam fluência em x meses porque isso NON ECXISTE. E o seu ritmo de aprendizagem? E suas dificuldades? Como é que a escola pode atestar que você estará super comunicativo em x meses? E se você tiver a maior facilidade? E se você tiver muita dificuldade em produzir (falar e escrever) mas tiver muita facilidade em ouvir e ler? O que você faz? Senta e chora? É claro que fica difícil, quase impossível até, para grandes escolas e franquias levarem em conta o individual de cada aluno. Principalmente em salas cheias. Mas apressar o aprendizado, forçar o aluno a correr porque tem que cumprir os 18 meses, não é legal. O que acontece, de maneira bem generalizada, é que o aluno termina os 18 meses conseguindo se comunicar, só que cometendo erros considerados básicos. E por quê? Porque a base, que deveria ter sido trabalhada com todo o carinho e atenção, foi dada às pressas pra cumprir cronograma.
Então, se você tiver pressa e quiser um curso mais rápido, você tem duas opções: faça um intensivo individual, daqueles mais caros mesmo, mas onde você fará aulas várias vezes na semana e com um professor focado em ti; ou então opte por esse curso BÁSICO de curta duração dessa grande escola. Mas tenha a certeza de que isso não é o suficiente e que você terá que continuar estudando, sempre. No entanto, cumprir um curso básico de curta duração te dará uma base para se comunicar bem.
Outra dica: fuja de escolas que oferecem material didático a preço de ouro. Já soube de escolas "fluência em x meses" que oferecem material para esses 18 meses por 2000 reais. DOIS MIL. E se você entrar no intermediário, problema seu. Terá que adquirir o pacote todo. Eu vi o material - é muito bom, visa a comunicação oral e não parece nada sacal. Só que é sacanagem das brabas ganhar tanto em cima disso. Se a escola quis produzir o próprio material, legal, ponto pra escola. Só que escalpelar futuros alunos por conta disso é mancada.
Última dica: a escola anuncia "foco apenas em comunicação oral"? A escola promete que você não terá que escrever nada durante o curso? A escola se orgulha de seguir uma metologia específica, tipo "communicative approach" ou "lexical approach"? Hum. Analise. O que você precisa? Por que você está querendo fazer esse curso? É para viajar a lazer ou a trabalho? É para a sua vida ou porque seu trabalho exige? Se for para lazer, não vejo problema em fazer um curso que foque em comunicação oral. Tenho reservas, mas, no vai da valsa, não é de todo mau. Se você precisa para viajar a trabalho, para negócios ou para a sua vida de maneira geral, pense duas vezes antes de ficar feliz com o fato de você não ter que escrever durante o curso. Porque no seu trabalho você terá que escrever. Na sua vida, idem. Emails simples, que sejam. Mas a comunicação escrita será necessária.
É claro que eu não tenho nada contra metodologias. Eu as adoro, na verdade. O que eu acho um pouco falho nas escolas é decidir adotar uma única metodologia e seguir somente com aquela. Isso limita o professor, limita as aulas, limita o desenvolvimento do aluno. Entendo que comercialmente haja a necessidade de falar sobre abordagens e metodologias. Mas de que adianta dizer que segue o lexical approach? Não é muito melhor dar uma pequena explicada bem geral ao invés de sair nomeando? E, melhor ainda, não é mais produtivo apresentar aos professores um leque de possibilidades metodológicas para que eles tenham ferramentas para trabalhar com alunos diferentes na mesma turma? Eu não acredito que uma metodologia funcione, eu acredito que várias, juntas, e usadas com bom senso, funcionem. As escolas mais "modernas" e em sintonia com as mudanças e avanços no ensino de idiomas utilizam metodologias diferenciadas, sem focar apenas num único skill*, por exemplo.
Por fim, se você for tímido, não escolha escolas com 20 alunos por turma. Você não conseguirá falar e as aulas não serão produtivas.
Resumindo, é tudo isso: não escolha escolas que prometem o impossível, cuidado com os valores dos materiais didáticos, pense direitinho naquilo que você quer para não ir pruma escola com foco em apenas uma habilidade e, se você for tímido, não entre em turmas com muitos alunos em sala.
UFA. espero ter ajudado um pouco!
*são 4 skills: listening, reading, writing e speaking. Listening e reading são chamados de receptive skills. Writing e speaking de productive skill. O curso ideal é aquele que consegue balancear os 4 skills sem dar ênfase demais a um específico - a não ser que você precise de um curso específico, mas aí é assunto pra outro post.:)
Bom, se for para dar uma recomendação, claro que eu recomendo a minha escola, né, MWAHAHAHAHA! Mas como eu atendo apenas empresas, vou te dar umas dicas sem mencionar nomes de escolas porque não seria ético de minha parte.
Minha primeira dica é: fuja de escolas que prometem fluência em X meses. Isso é safadeza. Jogo de marketing. Conversa pra boi dormir. Existe uma grande e tradicional escola que começou a oferecer Inglês em 18 meses. Eu li a proposta deles e acho que, dos cursos relâmpago que li, é a única que vale. Porque ela não promete fluência. Promete um curso BÁSICO de CURTA DURAÇÃO com foco na comunicação oral - está bem claro que essa escola, que, por sinal, eu respeito profundamente, não está prometendo o impossível. Está prometendo básico de curta duração. Isso é bem diferente de prometer FLUÊNCIA. Fluência é um termo bastante controverso, por sinal. Você pode ter fluência dentro do nível em que você está. O que as pessoas buscam com o tal do Inglês fluente é a proficiência. Todas aquelas certificações que existem (ECPE, CPE, CAE, TOEIC) comprovam sua proficiência no idioma, e não sua fluência. Mas isso é meio técnico demais, por isso aceita-se fluência como "nivelador universal" (argh) e blablabla.
Eu sou absolutamente contra escolas que propagandeiam fluência em x meses porque isso NON ECXISTE. E o seu ritmo de aprendizagem? E suas dificuldades? Como é que a escola pode atestar que você estará super comunicativo em x meses? E se você tiver a maior facilidade? E se você tiver muita dificuldade em produzir (falar e escrever) mas tiver muita facilidade em ouvir e ler? O que você faz? Senta e chora? É claro que fica difícil, quase impossível até, para grandes escolas e franquias levarem em conta o individual de cada aluno. Principalmente em salas cheias. Mas apressar o aprendizado, forçar o aluno a correr porque tem que cumprir os 18 meses, não é legal. O que acontece, de maneira bem generalizada, é que o aluno termina os 18 meses conseguindo se comunicar, só que cometendo erros considerados básicos. E por quê? Porque a base, que deveria ter sido trabalhada com todo o carinho e atenção, foi dada às pressas pra cumprir cronograma.
Então, se você tiver pressa e quiser um curso mais rápido, você tem duas opções: faça um intensivo individual, daqueles mais caros mesmo, mas onde você fará aulas várias vezes na semana e com um professor focado em ti; ou então opte por esse curso BÁSICO de curta duração dessa grande escola. Mas tenha a certeza de que isso não é o suficiente e que você terá que continuar estudando, sempre. No entanto, cumprir um curso básico de curta duração te dará uma base para se comunicar bem.
Outra dica: fuja de escolas que oferecem material didático a preço de ouro. Já soube de escolas "fluência em x meses" que oferecem material para esses 18 meses por 2000 reais. DOIS MIL. E se você entrar no intermediário, problema seu. Terá que adquirir o pacote todo. Eu vi o material - é muito bom, visa a comunicação oral e não parece nada sacal. Só que é sacanagem das brabas ganhar tanto em cima disso. Se a escola quis produzir o próprio material, legal, ponto pra escola. Só que escalpelar futuros alunos por conta disso é mancada.
Última dica: a escola anuncia "foco apenas em comunicação oral"? A escola promete que você não terá que escrever nada durante o curso? A escola se orgulha de seguir uma metologia específica, tipo "communicative approach" ou "lexical approach"? Hum. Analise. O que você precisa? Por que você está querendo fazer esse curso? É para viajar a lazer ou a trabalho? É para a sua vida ou porque seu trabalho exige? Se for para lazer, não vejo problema em fazer um curso que foque em comunicação oral. Tenho reservas, mas, no vai da valsa, não é de todo mau. Se você precisa para viajar a trabalho, para negócios ou para a sua vida de maneira geral, pense duas vezes antes de ficar feliz com o fato de você não ter que escrever durante o curso. Porque no seu trabalho você terá que escrever. Na sua vida, idem. Emails simples, que sejam. Mas a comunicação escrita será necessária.
É claro que eu não tenho nada contra metodologias. Eu as adoro, na verdade. O que eu acho um pouco falho nas escolas é decidir adotar uma única metodologia e seguir somente com aquela. Isso limita o professor, limita as aulas, limita o desenvolvimento do aluno. Entendo que comercialmente haja a necessidade de falar sobre abordagens e metodologias. Mas de que adianta dizer que segue o lexical approach? Não é muito melhor dar uma pequena explicada bem geral ao invés de sair nomeando? E, melhor ainda, não é mais produtivo apresentar aos professores um leque de possibilidades metodológicas para que eles tenham ferramentas para trabalhar com alunos diferentes na mesma turma? Eu não acredito que uma metodologia funcione, eu acredito que várias, juntas, e usadas com bom senso, funcionem. As escolas mais "modernas" e em sintonia com as mudanças e avanços no ensino de idiomas utilizam metodologias diferenciadas, sem focar apenas num único skill*, por exemplo.
Por fim, se você for tímido, não escolha escolas com 20 alunos por turma. Você não conseguirá falar e as aulas não serão produtivas.
Resumindo, é tudo isso: não escolha escolas que prometem o impossível, cuidado com os valores dos materiais didáticos, pense direitinho naquilo que você quer para não ir pruma escola com foco em apenas uma habilidade e, se você for tímido, não entre em turmas com muitos alunos em sala.
UFA. espero ter ajudado um pouco!
*são 4 skills: listening, reading, writing e speaking. Listening e reading são chamados de receptive skills. Writing e speaking de productive skill. O curso ideal é aquele que consegue balancear os 4 skills sem dar ênfase demais a um específico - a não ser que você precise de um curso específico, mas aí é assunto pra outro post.:)
segunda-feira, 14 de março de 2011
NX Zona
Sábado passado minha mãe, meu irmão e a namorada dele vieram aqui em casa jantar. Ele tem 20 anos, a namorada tem 15. Eu não sou a mais adequada para falar sobre diferenças de idade entre casais, mas existe um abismo entre alguém de 20 anos que trabalha e faz faculdade e uma adolescente de 15 anos que ainda está no primeiro colegial (não chamo de ensino médio, sou velha). Mas enfim, vamos todos amar, não é mesmo? Só que o meu irmão vai na contra mão dos namoros com grande diferença de idade e, ao invés de inserir a pequena infante em seu mundo, ele se insere no dela. O que significa que ele pertence a um mundo completamente adolescente. O que significa - e isso pro meu verdadeiro desgosto - que ele gosta de bandinhas de rock nacional. Dessas bandinhas ruins. RUINS. Fresno, NX Zona, Glória, essas merdas todas. Eu e ele sempre discutimos por causa de música. Pois bem, sábado estávamos aqui, jantando uma deliciosa carne seca com catupiry na moranga (sobre a qual falarei outro dia), quando começa o assunto polêmico. E aí eu solto:
- Mas brou*, você não conta. Seu gosto é questionável, você ouve NX Zero.
Ni qui pessoa de 15 anos manifesta-se:
- Ah não, assim você está me ofendendo, eu AMO NX!
Em nome do bem-estar e convivência harmoniosa eu só ri e falei que gostava de implicar com meu irmão. Mas, na verdade, é que eu queria ter dito isso:
- Lindinha, com 15 anos você pode gostar até de Restart e Jonas Brothers que, além d'eu nem tomar conhecimento, ainda vou achar super normal. E se quiser curtir o Justin Bieber no Facebook, tudo bem pra mim.
*eu chamo meu irmão de "brou". Ou de "cabeçudo". Raramente chamo ele pelo nome. E tudo bem, porque ele me chama de "mano".
- Mas brou*, você não conta. Seu gosto é questionável, você ouve NX Zero.
Ni qui pessoa de 15 anos manifesta-se:
- Ah não, assim você está me ofendendo, eu AMO NX!
Em nome do bem-estar e convivência harmoniosa eu só ri e falei que gostava de implicar com meu irmão. Mas, na verdade, é que eu queria ter dito isso:
- Lindinha, com 15 anos você pode gostar até de Restart e Jonas Brothers que, além d'eu nem tomar conhecimento, ainda vou achar super normal. E se quiser curtir o Justin Bieber no Facebook, tudo bem pra mim.
*eu chamo meu irmão de "brou". Ou de "cabeçudo". Raramente chamo ele pelo nome. E tudo bem, porque ele me chama de "mano".
sexta-feira, 4 de março de 2011
Mas é Carnaval...
Passei Carnaval no Rio em 2004, 2008, 2009 e 2010. AMO o Carnaval do Rio, de verdade. Bem, não é segredo pra ninguém que a verdade é que eu amo o Rio de Janeiro, apesar de todos os pesares que nem valem a pena ser mencionados aqui. Acho o máximo que o Rio tenha um Carnaval tão democrático e aberto para todos. Adoro os blocos, adoro o fato de tocar samba nos blocos, adoro as fantasias, adoro tudo. Menos a muvuca, mas quem tá na chuva é pra se molhar. E se você ainda não foi para o Carnaval do Rio, vá. Só isso que eu digo.
Mas esse ano não tem Rio pelo quarto ano seguido. Esse ano tem Floripa!
Esse é meu terceiro Carnaval com meu marido, que, até o ano passado, era meu namorado. E resolvemos mudar um pouco. Conhecer um lugar novo. Antes, o Carnaval era uma época em que podíamos passar uma semana juntos, sem interrupções. Era aquela ansiedade pra viajar, era aquela tristeza voltar pra São Paulo. Será nossa primeira viagem longa de ônibus. E eu sempre penso que encontrei o companheiro ideal de viagem. Sem frescura nenhuma. Se é pra ir de ônibus, que seja. Se é pra passar horas na estrada, tudo bem. Se é pra pegar a trilha de sei lá onde pra chegar na praia sei lá do que, maravilha. É assim que eu gosto! E que a próxima viagem longa seja num avião, pralgum país, porque precisamos desbravar terras distantes também!
Aproveitem o Carnaval, gente. Quem curte Carnaval, enfie o pé na jaca! Quem não curte, aproveite os dias de folga! Mas nada de ficar em casa resmungando que "mimimi Carnaval é um saco". Vá viver, amiguinho/amiguinha! :)
Assinar:
Postagens (Atom)