quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Carnaval, futebol. Não mata, não engorda e não faz mal.

Tipos que eu cago e ando pra futebol. Sérião. Pode ser que alguma hora eu comece a me interessar e assuma mesmo que torço pelo Palmeiras (uniforme VERDE, pessoal. Não resisto, verde é a cor mais linda do universo e adjacências!). Sinto-me mal quando vejo que um gringo entende mais do esporte paixão do meu país do que eu. No entanto, nunca vou militar contra, nunca vou fazer discurso que é ópio do povo, e nunca vou reclamar de Copa do Mundo ou Taça Libertadores. Ainda que eu não entenda por que os jogadores ganham tantos milhões e não entenda por que pessoas morrem e matam por seus times, futebol é legal e gera socialização. Além disso, ir em estádio é muito divertido, embora eu nunca entenda nada do que está se passando no jogo.

Então tem o Carnaval, que, embora também não me faça morrer de amores, é bem mais divertido que futebol. Carnaval também não me deixa sem entender, porque não há o que entender no Carnaval. É uma das festas mais simples do mundo: junte um monte de pessoas na rua e saia pulando ao som de axé ou samba. No caso de Salvador, junte um monte de pessoas com camisetas iguais e escalafobéticas e saia pulando ao som de trios elétricos. Eu já usei um abadá e já saí pulando ao som de axé, mas na Praia do Forte. E, ainda que isso tenha me rendido a alcunha de micareteira, eu digo e repito mil vezes: me diverti demais demais demais. Eu não sou louca por Carnaval no sentido de que não fico na expectativa por desfiles de escola de samba (embora eu ache bem bonito) e ainda não pensei em juntar dinheiro pra ir pra Salvador durante os dias de folia - veja bem, ainda. Não curto a putaria generalizada, mas acredito eu que seja possível passar incólume por isso. Se em 29 anos eu nunca caí no "oba oba pega nos meus peitinhos pessoal", acho que minha teoria está comprovada.

Não sou contra, não vejo motivos pra ser contra e "pão e circo para o povo" é a minha benga. Pegue no seu discurso sociológico e balance. MORRO de preguiça de quem tem esse tipo de discurso. Morro. Sinto vontade de explodir meus miolos só pra passar o tédio que me dá esse tipo de papo. Não, eu não acho que axé seja música de qualidade, assim como também não acho que death metal ou coisas assim sejam músicas de qualidade. Então, no fundo, tudo são pessoas pulando ao som de algo barulhento. A diferença é que no axé as músicas envolvem partes do corpo, letras sem sentido e coreografias auto-explicativas.

Os únicos problemas do Carnaval são, primeiro, que o Brasil só começa a funcionar depois dele. Nada justifica isso. E, em segundo, quando você está começando a sair com alguém e aí chega o Carnaval. No ano passado eu sofri: foi ele em Ouro Preto e eu em São Paulo, sem dinheiro pra nada. Minha mãe falava "olha, Ouro Preto na TV" e eu nem olhava pra tela. Vai que. E se eu visse algo. Tipo 4 meninas beijando um mexicano. Foi melhor evitar. Porque tem toda essa coisa de quererem ambientar os gringos na cultura local. Digo: meninas miguxas querendo ambientar gringo gatinho na cultura do "beija beija, tá calor, tá calor". (As miguxas são um mal eterno, elas e sua maneira de escrever cheia de vogaiiiiiiiiis e jeituuuuu erraduuuu de escreveeeerrrrr. Argh.) Enfim, o negócio foi lançar inúmeros comentários sarcásticos a respeito de Ouro Preto, chamar o lugar de Sodoma e Gomorra carnavalesca e encontrar minhas amigas pruma maratona de House MD. House me salvou.

Aí passou-se um ano e tem Carnaval de novo, pessoa diferente. Mas ao invés de gastar meu sarcasmo à toa, ao invés de falar mal do Carnaval quando, na verdade, eu não tenho absolutamente nada contra, ao invés de evitar a TV quando aparecer Salvador - e vejam bem, acho que Salvador, em termos de Sodoma e Gomorra, é muito, muito pior - eu vou viajar. Vou pro Hell Djanero com meus amigos, ver meus amigos cariocas, galhofar e matar a saudade tanto das pessoas quanto daquela cidade que eu amo tanto.

Com o tempo eu parei de implicar (tanto) com as coisas, parei de implicar com abadás e parei de sofrer com coisas desnecessárias. Ao invés disso, vou aproveitar o feriado também. Sei lá, acho que fiquei mais sábia.

AHAM.

Desejos (im)Possíveis

Quero calor no verão. Céu azul e sol, por favor. Que o meu mau humor por causa desse tempo escroto em pleno verão passe. Eu quero uma casa pra mim. Com uma cozinha linda. Quero cozinhar pros meus amigos, cozinhar pra mim, cozinhar (esse desejo culinário é culpa da Patrícia, que me inspira com suas receitas). Quero poder receber meus amigos na minha casa. Quero uma casa com a minha cara, com as minhas escolhas. Quero as minhas escolhas, minha individualidade. Quero cama de casal com edredon fofo e quente e um namorado quente e fofo. Quero namorar com alguém que more em São Paulo, capital, dentro de um raio de 20 quilômetros da minha casa. Sim, essa exigência é séria. Quero minhas músicas no ambiente, quero andar de calcinha pelo apartamento e dançar na frente do espelho sem meu irmão olhando com cara de "ela é louca", quero a privacidade que eu tanto necessito. Quero distância, distância pra melhorar a convivência, por mais paradoxal que isso seja. Quero companhia presente. E filmes e dança e descobertas e viagens e minha vida, MINHA. Sem dependentes. Eu só quero uma vida MINHA.

Só isso.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A história do filme durante a aula


E aí chegou o aluno sem voz, com cara de quem participou de uma orgia no sábado e uma suruba no domingo. A pessoa não se comunicava - zumbi pride style. Se eu fosse seguir a atividade, com exercícios e palavras novas e toda aquela coisa de "practice and give me examples" o indivíduo ia tipo se auto-destruir em cinco segundos. Se eu pedisse para ele escrever algo ele daria um jeito de abrir uma fenda no espaço-tempo pra sumir dali. O que uma professora faz num caso como esse?

Passa filme. Porque né, a pessoa fica lá, por uns quarenta minutos de boca fechada se esforçando pra ler as legendas em Inglês, não precisa falar quase nada e ainda se diverte. Depois discutimos o que ele entendeu e belezera - aula que vem praticamos o vocabulário assistido. Não há outra solução quando é visível que o aluno não consegue concatenar idéias de tanto cansaço. E, convenhamos, filmes são legais e é possível sim aprender muito Inglês com eles.
Explicações pedagógicas e metodológicas dadas, lá estávamos nós - eu e aluno acabado - assistindo um trecho de "Como perder um homem em 10 dias". Bem girlie, eu sei. Bobinho, eu sei. Porém muito fofo. Além disso, é o que eu tinha comigo e aquela era uma situação emergencial. Todos sabem do ditado: se não tem tu, vai tu mesmo. Pick up lines, hook up, bust someone's ass, todo um vocabulário ótimo a ser explorado. Kate Hudson toda gatzinha. Matthew McConaughey todo... gostoso. E charmoso. E com aquele sotaque que me mata. Porque eu não tenho uma queda por sotaques - tenho um despenhadeiro, uma queda livre, um mergulho no abismo - sempre adorei sotaques. Adoro jeito de homem falar, adoro perceber as entonações (oi? sou professora de idiomas, não me culpe) e, embora eu ache sotaque britânico uma COISA de charmoso, eu confesso que gosto demais de sotaque americano. Aquele jeito embolado de falar, sabem? Morro.

Então é tudo culpa do tal do sotaque. Americano, pra ser mais específica. E do charme do Matthew Mchaggajdghdwhey. Porque ele é aquela coisa alta, loira e de olhos claros. E ultimamente esse tipo físico tem me emocionado, acho lindo. Toda uma emoção hormonal que antes acontecia muito mais com morenos. Recapitulando: temos Matthew, alto, loiro e de olhos claros. Com sotaque. Charmoso. Dando uns beijos muito bem dados na Kate Hudson. Beijão mesmo. Era muito, muito estímulo visual pruma aula. Eram muitos déja vus prum filme. Com aquele adendo do começo do post: estava em aula. Dumb, dumb teacher que se esqueceu que havia aquela cena no filme.

O que fazer? Eu REALMENTE não ia continuar a ver aquela cena que era uma verdadeira afronta à minha compostura mental. Era uma cena bem rápida, but still. They tried to make me blush during a class in front of a student and I said NO, NO, NO. Hora de pausar e discutir a respeito do que a pessoa havia entendido do enredo todo até ali. E, na hora do play, bastava rolar um forward amigo que tudo ficaria firmeza. Pause. Aluno fala a respeito, eu faço perguntas, ele responde, tudo maravilha. Forward. Play. E a pergunta do rapaz:

- Mas teeeeacher, por que você passou pra próxima cena??? Pulou toda uma parte do filme!
- Não era uma parte importante pro entendimento do filme.
- Mas teacher, que que tem de mais? Ixi, ficou vermelha! Teacher, você tá com o rosto muito vermelho!

E todo o trabalho de pausar, de pensar no meu tio avô de maiô estilo Borat pra apagar as imagens do loiro-alto-bonito-sensual-sotaquento da minha cabeça, de em dois segundos come up with questions sobre cenas anteriores pra NEM sequer comentar a respeito da cena mezzo caliente mezzo déja vu?

Foi tudo por água abaixo.

Nota mental: andar sempre com "Procurando Nemo" na bolsa. Porque o máximo de awkward moment que eu teria em aula seriam os meus "awwwwwn" toda vez que o Nemo falasse.

ps: imagem retirada do www.icanhascheezburger.com. O site nonsense que anima meus dias.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Perfectly you

Nem só de editar posts vive esta que vos escreve. Por isso, resolvi compartilhar com as colegas de auditório e com as minhas amiga duas dicas boas de produtos de beleza. Por "boas" entendam: deram resultado em mim.

Neutrogena Esfoliação Diária Anti-Cravos
















Essa maravilha me foi indicada pela Lilla, que sempre tem dicas ótimas de produtos. Eu comprei um pouco descrente porque minha pele ainda acha que está na adolescência e teima em ser oleosa e ter cravos. Já usei sabonetes específicos para pele oleosa, que dizem até ressecar a pele - e nada. Esse produto da Neutrogena é quase um milagre - a pele fica lisinha, os cravos diminuem (não somem totalmente, porque aí seria intervenção divina) e ele dá uma boa segurada na oleosidade. Além disso, deixa a pele com uma sensação fresquinha e o cheiro é ótimo. O melhor? Custa em torno de 23 reais e eu achei melhor que os produtos da Vichy, La Roche e Avène que já usei.

Linha Lifetex da Wella







Lembram de um comercial antigo da Monange? "Sol, praia, mar... isso agride sua pele...". É, e também agride seus cabelos, e muito. Depois de 15 dias na ventania e sol natalenses, meus cabelos estavam um tanto quanto necessitados de cuidados especiais. Mas só comprovei isso quando, na semana passada, após uma balada em que meus cabelos se bagunçaram por causa da dança e calor, eu simplesmente não conseguia fazer com que minhas madeixas fossem do estado "choupana nêga do cabelo duro" pro estado "eu juro que penteio os cabelos". The horror, the horror. Nem garfo desembaraçava aquele mafuá. Acordei no dia seguinte determinada a deixar de lado o shampoo e condicionador recém comprados pra investir em uma linha de tratamento. Kérastase é um assalto e eu já usei algumas linhas profissionais da L'Oreal. Decidi tentar a Wella. Mulheres, vale o investimento. Saí ontem e bastou dar uma desembaraçada com os dedos após a náite que os fios voltaram pro lugar. E estão bem mais hidratados. Não é magia, é tecnologia! Eu sou insuportável com relação a cabelos, quem me conhece sabe. Pra eu falar tão bem de um produto é porque realmente fez efeito no meu picumã. Não me arrependi dos reais a mais gastos.
Até porque meu lema sempre foi: L'Oreal - porque eu MEREÇO.

You're weird, girl

Bizarro é ouvir que sou estranha, diferente ou whatever e achar graça. Quase falar "nhóim, por quê?". E não achar ruim.

Bizarro sou EU ficar preocupadinha da Estrela se ser considerada diferente pela pessoa que me disse que sou diferente é positivo ou negativo.

E mais bizarro é, quando eu ouço que é positivo, ainda ficar pensando "mas será mesmo?".

Bizarro é me sentir assim, ridícula.

(sim, eu editei esse post. Twice. Dou-me o direito à inconstância nesse blog)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Mau humor

Aí que hoje eu cheguei aqui no meu trabalho logo cedo, morta de sono, certa de que minha cama ainda me chamava pedindo pra eu voltar. Vou para a sala que geralmente é reservada para minhas aulas e vejo que a mesma está sendo usada. Olho na porta, no aviso de reservas, e vejo que as recepcionistas simplesmente ignoraram meu pedido de reserva de salas entregue no começo da semana passada. Porque sabem, é difícil pra caralho colocar a porra do meu nome na droga de planilha de reserva de salas - meu nome é tão extenso quanto o do Dom Pedro II. Ou I. Nunca sei e foda-se também.

Porque como vocês devem ter percebido, eu fiquei mal-humorada, e quando eu fico mal-humorada a quantidade de "foda-ses" que eu falo é muito maior. And I really MEAN IT when I say it. Não é simplesmente pela sala estar sendo usada e as recepcionistas serem bastante profissionais. É porque quem estava usando a sala era uma das professoras de Espanhol, e ela é sonsa. Eu prefiro gente chata do que gente sonsa. Se tem algo no mundo que eu realmente não suporto é gente sonsa. Gente sonsa me irrita tanto que eu perco a coesão textual e fico repetindo o quanto essa raça - gente sonsa - me irrita.

Pra completar, eu fico sabendo que um dos meus alunos mais relapsos ficou rebeldezinho porque não ganhou a premiação de intercâmbio. A pessoa falta nas aulas, chega atrasada, senta na minha frente como se fosse o rei da empresa. Como se não bastasse, ele acha que é muito lindo e irresistível e eu me canso porque I couldn't care less - eu dou aula principalmente para homens, estou acostumada com presenças masculinas e, sinceramente, não considero nenhum deles minimamente interessantes. Então eu não entendo porque o revoltadinho da Estrela e seus dois litros de gel no cabelo adota essa postura de "sou gato demais". E esse cerumano achou que poderia ganhar um intercâmbio pago pela empresa - prêmio concedido a quem não falta, a quem estuda e a quem foi bem na prova.

Eu me canso dos seresumanos. Principalmente quando eles são sonsos, um tanto quanto incompetentes e/ou se acham dignos de suspiros e pensamentos libidinosos.

Oi, posso voltar pra ontem à noite e ficar lá pra sempre? Porque a realidade do hoje não me agrada.

Au revoir.

domingo, 20 de janeiro de 2008

I'm alive


Depois de entrar em crise, optei pela saída mais fácil. Única saída, na verdade: aceitar meus 29 anos.
E é isso: it's time for a fresh start. Better late than never!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ceresumanos e sua falta de noção

Um fulano que é mero conhecido de MSN e pra quem eu nunca dei nenhum tipo de abertura ou confiança viu minhas fotos no flickr e tascou um note singelo escrito "hhhuuummm" bem EM CIMA da minha bunda. Você passa o mouse pela foto e vê lá - além da paisagem, das minhas amigas e eu apreciando a vista, nossos shorts e saias (não, não estávamos de biquíni) - um estupendo "huuuum" em cima da minha buzanfa. Fiquei um pouco brava com a falta de noção do cerumano.

Fica aí a dica, hein. Note em cima do buzanfã da menina que há dois anos inventa desculpas pra não tomar cerveja contigo não é uma boa idéia. Você tenta ser engraçadinho e acaba como inconveniente.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Pipa deixou saudade








As fotos já dizem muita coisa. Mas Pipa é um lugar tão legal, que merece palavras também. As praias têm falésias, algumas com vegetação e algumas sem - em ambos os casos, o resultado é de cair o queixo. As praias, ainda que se possa ir andando de uma pra outra, são meio diferentes entre si. Umas com mar mais agitado, outras mais calmas, umas com pedras, outras com golfinhos (sim!!! Vimos golfinhos, ainda que bem rapidamente!). A maré sobe muito rápido, por volta das 15:30 o sol já começa a cair e a maré vai subindo e levando tudo que encontra pela frente - inclusive cangas e chinelos.

Ficamos num albergue, como posso assim dizer... rústico. Básico. A ponto de sermos as únicas hóspedes por alguns dias e de sermos incumbidas de apresentar o ambiente pros novos alberguistas. O ambiente era todo de madeira e o sol batia cedinho nas frestas, sem contar o barulho de um maldito caminhão toda manhã. Mas estávamos no paraíso! Quem liga pra esse tipo de coisa? No final, parecia que estávamos em casa - com a diferença que nossas casas são bem mais limpas. Saudade das redes do Zicatela e das horas e mais horas de bate-papo...

Comemos bem, fomos a um luau onde não tocaram Legião Urbana e onde ninguém gritou "toca Raul!", o que, em outras palavras, significa que o luau foi ótimo. A cidade ainda estava meio vazia, mas as histórias mais legais que temos certamente são de lá. Teve o dono do albergue bebaço na véspera de Natal, a maneira direta com que ele tratava o filhinho de 3 anos ("olhe, se você botar a cabeça pra fora vai quebrar o pescoço e vai morrer. Aí fodeu"), passeio no pau-de-arara, milhares de piadas internas e os meninos que chegaram no penúltimo dia e garantiram uma noite de gargalhadas - até agora eu acho que devíamos ter ficado em Pipa até não podermos mais. Aliás, se você, caro amigo, planeja ir pro RN, planeje-se pra ficar dois dias em Natal (é mais do que suficiente) e o resto dos dias em Pipa. É satisfação garantida!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Back in black, back to black

Saí ontem de Natal às 09:30. Cheguei em São Paulo depois da meia-noite. Mais uma vez, culpa da Gol. Nunca peguei um vôo da Gol que não atrasasse. E ontem eu saí de Natal, três horas de ônibus até João Pessoa, de onde sairia meu vôo, espera no aeroporto de Jampa, vôo até Recife, vôo até o Rio, sai do avião, espera por quase 3 horas, entra no avião, espera mais. Deveríamos pousar em Congonhas, pousamos em Cumbica, peguei mais um ônibus até Congonhas, táxi até minha casa. Nem preciso dizer que cheguei EXAUSTA. Tudo teria sido mais simples se, no meio da semana, quando eu estava em Jampa, eu não tivesse resolvido voltar pra Natal. Por que decidi voltar? Conto em outro post.

O fato é que sábado, quando eu estava me bronzeando nas areias escaldantes e esvoaçantes de Natal - nunca vi cidade pra ventar tanto. Você vai à praia e volta fantasiada de duna ou de milanesa, a escolha é sua. Bastam dez minutos ao sol para que seu corpo seja coberto por areia. Aí você dá um mergulho, volta pra reaplicar protetor solar e voilá, mais areia. É bom que esfolia a pele. Hum, not really. Mas enfim, lá estava eu, fantasiada de dunas de Genipabu, pensando sobre a vida. Um dia antes de voltar, somente um dia antes de voltar, me deu saudade daqui, da minha família, do meu trabalho. Mas, ao mesmo tempo, eu não queria voltar - afinal, quem gostaria de deixar o calor, praia, vento, mar... pra voltar pra esse caos? O tempo em São Paulo me desanima completamente, sempre.

Mas cá estou eu, enegrecida e tentando desfazer as malas e reorganizar minha rotina. Histórias da viagem, tenho algumas, com certeza. Fotos, tenho em torno de 350, acho que é um número razoável. Dessa vez eu não voltei apaixonada por nenhum rapaz de outra nacionalidade e nem da mesma nacionalidade que eu. Dessa vez a volta não foi um sofrimento. Já estou com saudades do barulho do mar e do buggy. Gente, como é booom passear de buggy! Mas isso também fica prum outro post, com direito a fotos.

E um feliz 2008 pra todos!