sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A família que eu quero

Eu leio o para Francisco e sempre me emociono. Os textos que a Cris escreve, a maneira com que ela demonstra o amor que tem pelo filho e o amor que tem pelo pai de Franscisco são lindos - difícil pensar em outra palavra. Hoje li um texto e chorei. Eu não tenho estado muito chorona - eu já fui a Maria Berreiro - meu máximo atualmente são lágrimas de leve que vão embora rápido. O que me faz chorar mesmo, como chorei lendo um dos textos da Cris, é o assunto "família". Não é o quesito "pai" da família, como muitos podem pensar, e sim pensar que eu não fui fruto de um amor bonito como o que gerou Franscisco e o medo enorme que tenho de que eu gere um filho também sem amor e sem uma história bonita para ser contada. Eu quero muito, muito ser mãe, mas meu desejo não é apenas o da maternidade. Eu quero uma família de comercial de margarina mesmo. E aí eu choro porque esse tipo de sonho, em que há a necessidade de outros para que ele se realize, é o mais passível de acabar em decepção. No entanto, eu sou honesta o suficiente para admitir que eu penso sim, em filho acordando e indo pular na cama em cima de mim e do pai dele - meu provável marido. Mas ao mesmo tempo em que eu tenho esses devaneios, eu não planejo nada disso propriamente. Vejam bem, eu tenho um relacionamento que não se chama namoro com um rapaz mais novo com quem eu decididamente não penso que se tornará meu marido algum dia. Se eu fosse levar a ferro e fogo meu desejo de família feliz eu estaria solteira à procura de um homem acima dos 30 anos que demonstre minimamente que quer um relacionamento estável. Então ou eu sou irresponsável com o meu sonho de família margarina ou eu simplesmente deixo as coisas acontecerem - a segunda opção me agrada muito mais. Porque isso de procurar não dá certo. Eu não sei o que dá certo, mas ao menos eu tenho tentado viver tirando o melhor proveito das coisas que me acontecem. Felicidade, um amor, um filho. Não é demais querer que isso aconteça daqui um tempo, é?

14 comentários:

Xianey disse...

Jemt tô aqui com ozoio cheio d'água de ler esse blog.

Kathy disse...

Família margarina não existe, menina!
Pra ser feliz não é preciso estrelar comercial...
;o)
beijos

Lilaise disse...

tipo, põe um espaço ali e assina meu nome, ok? =)

fl disse...

"porque esse tipo de sonho, em que há a necessidade de outros para que ele se realize, é o mais passível de acabar em decepção"

e é também o tipo que traz o maior regalo...a gente pode até fazer tudo pra se proteger do pior, mas aí fica difícil provar do melhor, né? (mas de jeito nenhum acho que seja o seu caso!!!)

Carol disse...

Hum, também quero familia de comercial de margarina e, na maior parte do tempo, me acho irresponsável com este meu desejo.
O lance todo é que a vida não tem bula. Eu juro que tento enquadrar tudo em equações, obvio, sempre um monte de coisa escapa.

O blog da Cris é lindo. Adoro.
Dia destes escrevi uma carta pro meu pai, tá na no blog.

Queria uma pai pro meu filho como o meu foi pra mim.

É isso.

beijo, gata

Carol
www.filigranademim.blogspot.com

lilla disse...

devo confessar que, apesar de dizer que não e que não, também é isso que eu quero. sabe como é, o moleque de fralda e camiseta do maiden, lalala. vou chorar, beijos.

Unknown disse...

Cara, sabe uma coisa que eu fui aprendendo com o tempo?

As pessoas normalmente não se contentam apenas em querer alcançar seus sonhos - elas querem também escolher o caminho para chegar lá.

Espero que esta frase, dita como comentário para este seu post torne você a primeira pessoa a entender este meu pensamento - e concordar comigo...

:)

Até

Paulo Gallian disse...

Cami, vou falar uma coisa que pode não ser cuti-cuti, mas é real e bem pé-no-chão.

Minha irmã ficou grávida sem planejar, numa época em que ela não estava com condições psicológicas muito menos financeiras para ter um filho. E, pior, nem conhecia tanto assim o pai para ter uma responsa tão grande como essa com ele.

Hoje, mais de 1 ano depois, ela só fala da Ciça (a filha dela), nunca vi minha irmã tão feliz na minha vida, juro por Deus!!!

O que eu quero te dizer é o seguinte:

O começo das coisas nem sempre é como a gente planeja, isso é fato. Mas se é algo que vc quer muito, você vai amar do mesmo jeito (se não até mais, dependendo da situação).

Bjão!

Kelli Machado disse...

Oi, Camila! Nosssa, sempre que leio o seu blog acho que temos um bocado em comum (e essa impressão foi lá em 2004? bm... no ano que vc fez 25, alias, na semana do seu aniversário foi qdo li o seu primeiro texto e comentei...)

Sei perfeitamente como é querer para o filho o pai que a gente não teve. E como!

Logo qdo conheci o Luis, que era o Namorado e agora é Marido, recebi um texto que terminava mais ou menos assim: "ao inves de correr atras das borboletas, cuide do seu jardim e elas voarão até você".

Acho que é quando a gente desencana que coisas boas nos acontece.

Meu email está super a disposição.

Beijos

Srta.T disse...

E você vai sar uma mãezona do caralho, e vou querer ir muito de bicão nos almoços de domingo da sua casa, levar meus filhos pra quebrar tudo.
Confia e espera, gata. A vida te deve e vai te pagar, com juros e correção.

Saldadëz, viu?
Beijoca

Silvinha disse...

Eu não tive uma familia margarina, até meio que me criei sozinha. Não achei que isso existisse de verdade, mas existe!

Tenho um marido maravilhoso e filhos ainda sendo planejados, mas que eu ja visualizo pulando na nossa cama de manhã.

Aquilo que não tivemos é, geralmente, o que mais ansiamos.

Espero que vc encontre a sua familia margarina!

E adorei conhecer seu blog :o)

Beijo!

LUIZ disse...

Eu Te darei o ceu meu bem e o meu amor tambem..Roberto Carlos

Eu lhe apoio. Hoje em dia a aproximacao de dois inteiros como individuos tem mais chances de uma uniao mais duradoura acho eu ...aquela coisa de duas metades de ah voce tem obrigacao de me fazer feliz ficou para traz... nao pertence mais ao mundo moderno.
no orkut sou luiz consultor boa semana .....

Alê Marucci disse...

A família mais margarina que eu conheço começou de um jeito bem torto, aos tropeções. Então, amiga, continue aí vivendo a vida que, de repente, as coisas simplesmente acontecem.
Beijoca.

Daia disse...

o problema é que muitas vezes a família margarina é só um comercial de TV mesmo. na vida real, aquilo não existe. a gente deposita muito de nossas frustrações nessas coisas, sabia? não existe familia perfeita, mesmo as que são formadas por pai, mãe e filhos. você está no caminho certo, que é seguir seu coração. no mais, você é mó gata, dá logo um golpe num velho rico e pare de chorar! huá!