Quando decidi fazer o CELTA eu pensei "agora é a hora, uhu, vamos lá, melhor agora que ano que vem". Claro, pra que postergar? Mas eu não contava que me mudar de casa, de vida, me casar, ocuparia tanto o meu tempo. Eu tenho que dar uma aula amanhã. Cada aula dada no CELTA envolve o preenchimento de uns quatro formulários mais plano de aula detalhado. Um dos formulários é de análise de linguagem. É chato. Eu já comentei com meu professor que é chato e que eu acho que é uma burocracia exagerada. Além dele quase me engolir com os olhos ele tentou justificar dizendo que é importante, que é necessário, porque "oh my God, what if there's someone who really doesn't KNOW Grammar rules?". Eu quase ri, porque eu sei que tem gente lá que não sabe. E sei que não reprovarão ninguém. Então fico achando um cu de burro essa história de ter formulários e etc, sendo que, no final, what's the point? Claro, isso serve para mim, mas vou contar uma coisa: eu não queria ter que dar aulas nesse curso. Eu só queria assistir aulas. Eu adoro assistir aulas e essa parte do curso eu amo. Mas dar aula, jemt? Faço isso todos os dias. Já sou avaliada pelos meus alunos. Dar aulas no curso é ter uma comissão avaliadora sempre. Colegas e professores assistem todas as aulas e te dão feedback. Muitas pessoas são legais e não metem o pau, mas um ou outro dá vontade de dar pescotapa. Na semana em que eu estava louca (estava, hein, como sou otimista) por conta do aluguel que não saía, minha homônima criminosa e afins, eu tive que dar aula. Sobre present perfect. The horror, the horror. Eu nem sei como consegui, mas sei que meu plano de aula incluía até plano de lousa. Não saiu como eu planejei, mas deu tudo certo e até meu professor foi fofo e elogiou - ele sabia de minha situação complicada, mas o dinamarquês não alivia a de ninguém não. Aí vem um zé bedeu que está sempre viajando nas aulas e começa a meter o pau no que eu tinha feito. Meu professor me defendeu, eu me defendi como pude, mas o babaca foi desagradável com todos do meu grupo. Meu cu de azul com glitter pra ele, né. Todo mundo ali está no mesmo barco. Eu falo da professora que fala errado aqui, mas nunca cheguei nem perto de ser indelicada com ela. Aí vem nêgo do nada querendo tirar onda de professorzão? Tá bom então.
Hoje eu tenho que preparar a aula de amanhã e estou aqui, escrevendo. Está impossível ter qualquer criatividade. Eu quero só jantar, assistir seriado, dormir na minha cama nova. Quero usar minha criatividade pra decorar minha casa, sabem? Hoje vi uma ideia ótima de cabeceira de cama com porta, gente, genial. Fui pra Teodoro Sampaio pesquisar porta. Voltei pra casa com uma fruteira, colheres de pau, meio queijo meia--cura, pregadores, saleiro e muitos tapoés. Vocês acham que tem condição d'eu preencher formulário hoje? Tô quase pedindo licença lua-de-mel lá no curso. Aí vão perguntar "Mas Camila, onde você passará sua lua-de-mel?", no que responderei: "Nas lojas de 1,99 da Teodoro Sampaio e na Leroy Merlin, qq6achao??".
Será que escolhi a hora errada pra voltar a estudar?
E nem posso pensar em desistir.
Só um adendo: amanhã começo a ser avaliada pela professora cuja alcunha é Dolores Umbridge. *ironia mode on* Vai dar certo! *ironia mode off*
Outro adendo: moro literalmente ao lado de uma escola de dança de salão. E a tortura que é trabalhar e estudar ouvindo a aula de samba rock?
Grandes dilemas.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Mudança
Eu já fiz mudança de casa algumas vezes, mas nunca sem minha mãe organizando tudo. Dessa vez eu tenho que empacotar minhas coisas, algo que eu sempre fiz, mas terei também que organizar a logística das caixas. Ainda nem comecei a ensacar roupas e empacotar livros e documentos e a mudança já é sábado. Palmas para mim!
Por isso, venho aqui pedir ajuda a vocês. Vocês que certamente já saíram de baixo da asa da mãe há mais tempo e já fizeram mudanças: alguma dicas? Muitas dicas? Ajudem esse casal prestes a realizar o sonho do apartamento alugado!
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Foco: não trabalhamos
Pego o aparelho de celular novo, tento editar um contato, não consigo, xingo e sinto saudade do meu Nokia. Dou F5 no meu outlook. Entro no email da empresa, respondo um email, saio do email da empresa, entro no meu email pessoal. Pego o celular de novo e ajusto o despertador para amanhã. Fico escolhendo o melhor toque para acordar - afinal, isso é muito importante. Deixo o pc de lado, passo pro notebook. Fico olhando pra tela aberta com o exercício que tenho que preparar. Vejo que recebi um email no outlook do pc. Vou pro pc e respondo o email. Entro no Facebook. Entro no Twitter. Saio de ambos. Volto para o email pessoal. Consigo editar um contato no celular e penso que foi excelente escolha ter dado o Nokia pro meu namorado.Tento desativar o tal de motoblur, não consigo, sinto saudade do Nokia novamente. Mas aí consigo desativar o motoblur e acho que fiz uma boa escolha de aparelho (principalmente porque paguei 30 reais por ele). Olho de novo pro exercício no notebook e começo a ter ideias. Pego o lápis para rabiscar minhas ideias e vejo que o mesmo precisa ser apontado. Pego o apontador e vejo que o depósito dele está cheio. Jogo os restos mortais de lápis no lixo e penso que deveria escrever no blog. Escrevo mas fico de olho na tela do notebook, com a aula que não consigo preparar.
E tudo isso por que?
Porque não consigo parar de pensar que se não fosse uma homônima desgracenta que mora em Valinhos e está sendo processada, eu já teria alugado meu novo lar.
Não dá ter foco quando se tem uma homônima fraudulenta solta por aí, manchando o nome dela, que vem a ser também o meu nome.
Tem como ter foco com uma ameaça dessas solta pelas ruas?
Não tem, gente, não tem.
E tudo isso por que?
Porque não consigo parar de pensar que se não fosse uma homônima desgracenta que mora em Valinhos e está sendo processada, eu já teria alugado meu novo lar.
Não dá ter foco quando se tem uma homônima fraudulenta solta por aí, manchando o nome dela, que vem a ser também o meu nome.
Tem como ter foco com uma ameaça dessas solta pelas ruas?
Não tem, gente, não tem.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
You make my dreams come true
Num dia feliz é assim que me sinto:
E hoje, mais do que nunca, eu quase saí cumprimentando as pessoas pela Avenida Paulista, enquanto ouvia Queen e controlava minhas pernas para que elas não saíssem dançando!
E hoje, mais do que nunca, eu quase saí cumprimentando as pessoas pela Avenida Paulista, enquanto ouvia Queen e controlava minhas pernas para que elas não saíssem dançando!
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Tá f*da Brasew!
Chegou setembro, já estamos no final do ano e logo mais decorações de Natal invadirão as ruas e shoppings. Por mais que isso dê uma sensação de que nada mais vai acontecer, afinal, o tempo tem passado cada dia mais rápido, na minha vida coisas muito importantes acontecerão entre esse mês e o mês que vem. Meu namorado se mudará para São Paulo e vamos nos casar. Finalmente, depois de quase dois anos de viagens mensais, distância e muito dinheiro gasto com ligações e passagens. Isso sem contar toda dificuldade que é ter um relacionamento a distância. Amiguinhos, só entrem nessa se a pessoa valer muito, MUITO a pena, viu? Fica a dica.
Estamos muito felizes mas, ao mesmo tempo, completamente perdidos. Estamos na fase de procurar apartamento e pensar em móveis e eletromésticos, mas a escolha de aluguel depende de vários fatores. Compra de móveis também. Estou com a cabeça a mil por causa disso e por milhares de outras coisas. E se a grana não der? E se a gente não conseguir comprar o mínimo? Como farei pra me mudar, casar e ainda manter meu bom desempenho no curso? E como farei pra me casar, mudar, manter bom desempenho no curso e administrar minha empresa?
Eu não sei como eu ainda não comecei a surtar. O curso que estou fazendo é pesado demais. Eu estou amando, amando mesmo. Mas temos muita coisa pra fazer semanalmente. E ninguém vive só do curso. Eu ainda dou aulas. E tenho que cuidar do meu negócio. Tenho tentado manter a cabeça assim: de segunda a quinta eu trabalho e faço meus trabalhos escolares (rá). Sexta-feira, dia do curso, eu não penso em mais nada. Tem dado certo, até porque nas aulas eu não consigo pensar em outras coisas, senão me perco e fico igual à menina maluca que a cada 5 minutos diz que está "lost" (e ela ganhará muitos poosts porque toda semana ela apronta alguma maluquice). Mas com a iminência da mudança e vinda do meu amô não sei se conseguirei manter essa divisão e organização mental.
E tem toda aquela parada de enxoval, né? Que, convenhamos, é um saco. Eu não tenho nada de enxoval. Odeio falar a respeito, acho um assunto mulherzinha demais. Não gosto dessas tradições casamenteiras, tipo chá bar e chá de cozinha. Chá de lingerie me dá engulhos. 20 mulheres loucas num mesmo ambiente falando de calcinha, deus me livre e guarde, isso é quase a descrição do inferno pra mim. Sem contar que não quero amiga minha escolhendo o baby doll que usarei com meu marido. Isso é muito íntimo, por mais que eu seja íntima das minhas amigas. E nem começarei a discorrer sobre chá de bebê porque só pensarei nisso daqui a alguns anos e porque é outra coisa chata e louca. Thanks, but no thanks.
Só que chá de cozinha é meio necessário para recém-casados que estão começando a vida a dois com uma mão na frente e outra atrás. Então além de tudo aquilo que eu disse que estou pensando e fazendo, agora estou também pensando numa alternativa menos mala para um chá de cozinha. Já pensei numa alternativa que provavelmente agradará gregos e troianos. Mas eu morro de vergonha de pedir presentes. Eu queria uma festinha sem pedir nada. A pobreza me impede de fazer isso, terei que pedir presentinhos.
Eu fico impressionada quando vejo casais que fazem festa, compram apartamento, mobiliam tudo lindamente e ainda viajam em lua-de-mel. De onde tiram tanto dinheiro, Senhor? Não conseguiremos fazer num um décimo disso e já estamos de cabeça cheia.
É difícil ser gente grande.
E depois desse longo desabafo (e outros virão, certamente, tenham paciência comigo), eu só digo que no meio de todas essas incertezas e ocupações, a única certeza que tenho é, na verdade, a única que preciso: eu amo meu namorado e tenho certeza que quero construir uma vida ao lado dele. :-)
Estamos muito felizes mas, ao mesmo tempo, completamente perdidos. Estamos na fase de procurar apartamento e pensar em móveis e eletromésticos, mas a escolha de aluguel depende de vários fatores. Compra de móveis também. Estou com a cabeça a mil por causa disso e por milhares de outras coisas. E se a grana não der? E se a gente não conseguir comprar o mínimo? Como farei pra me mudar, casar e ainda manter meu bom desempenho no curso? E como farei pra me casar, mudar, manter bom desempenho no curso e administrar minha empresa?
Eu não sei como eu ainda não comecei a surtar. O curso que estou fazendo é pesado demais. Eu estou amando, amando mesmo. Mas temos muita coisa pra fazer semanalmente. E ninguém vive só do curso. Eu ainda dou aulas. E tenho que cuidar do meu negócio. Tenho tentado manter a cabeça assim: de segunda a quinta eu trabalho e faço meus trabalhos escolares (rá). Sexta-feira, dia do curso, eu não penso em mais nada. Tem dado certo, até porque nas aulas eu não consigo pensar em outras coisas, senão me perco e fico igual à menina maluca que a cada 5 minutos diz que está "lost" (e ela ganhará muitos poosts porque toda semana ela apronta alguma maluquice). Mas com a iminência da mudança e vinda do meu amô não sei se conseguirei manter essa divisão e organização mental.
E tem toda aquela parada de enxoval, né? Que, convenhamos, é um saco. Eu não tenho nada de enxoval. Odeio falar a respeito, acho um assunto mulherzinha demais. Não gosto dessas tradições casamenteiras, tipo chá bar e chá de cozinha. Chá de lingerie me dá engulhos. 20 mulheres loucas num mesmo ambiente falando de calcinha, deus me livre e guarde, isso é quase a descrição do inferno pra mim. Sem contar que não quero amiga minha escolhendo o baby doll que usarei com meu marido. Isso é muito íntimo, por mais que eu seja íntima das minhas amigas. E nem começarei a discorrer sobre chá de bebê porque só pensarei nisso daqui a alguns anos e porque é outra coisa chata e louca. Thanks, but no thanks.
Só que chá de cozinha é meio necessário para recém-casados que estão começando a vida a dois com uma mão na frente e outra atrás. Então além de tudo aquilo que eu disse que estou pensando e fazendo, agora estou também pensando numa alternativa menos mala para um chá de cozinha. Já pensei numa alternativa que provavelmente agradará gregos e troianos. Mas eu morro de vergonha de pedir presentes. Eu queria uma festinha sem pedir nada. A pobreza me impede de fazer isso, terei que pedir presentinhos.
Eu fico impressionada quando vejo casais que fazem festa, compram apartamento, mobiliam tudo lindamente e ainda viajam em lua-de-mel. De onde tiram tanto dinheiro, Senhor? Não conseguiremos fazer num um décimo disso e já estamos de cabeça cheia.
É difícil ser gente grande.
E depois desse longo desabafo (e outros virão, certamente, tenham paciência comigo), eu só digo que no meio de todas essas incertezas e ocupações, a única certeza que tenho é, na verdade, a única que preciso: eu amo meu namorado e tenho certeza que quero construir uma vida ao lado dele. :-)
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