Esqueci de contar.
Eu caí no grupo dessas meninas chatinhas umas vezes. E tô lá exercendo minha paciência. Juro que não faço caretas. Juro que não reviro os olhos. Juro que, olhando pra mim, imagina-se que eu seja até tolerante. Até porque as pessoas podem ser cafonas por um erro do universo e isso não interfere em nada no resto. Eu sei que elas podem ser legais. Juro que eu sei disso. Acreditem em mim. Mas estou lá, sendo fofa e fazendo o trabalho em grupo, quando a moça que precisa de hidratação começa a falar um monte de coisas nada a ver. E eu tentando avisar "mas o tutor pediu diferente, ele quer outra coisa". Ninguém me ouve. Repito e a moça olha pra mim com nariz empinado e fala:
- Mas o que você acha então?
Eu respondi com calma. Disse o que o tutor tinha explicado. Da boca pra fora eu fui uma LADY. Mas internamente eu só pensava:
- O que EU acho? Você quer saber o que eu ACHO? Eu acho que seu cabelo precisa urgentemente de uma hidratação. Eu acho que sua amiga aí ao lado precisa entender que roxo com marrom não é legal. Também precisa entender que se quiser usar bota pata de vaca, que pelo menos endireite a coluna. Olha, eu acho que ela parece uma trongola quando anda. E você tá parecendo uma zebra com sapato preto, meia roxa, saia preta, blusa roxa... Nada está ornando aí. É isso que eu acho. Quem pergunta, quer saber.
Eu já sei que eu vou pro inferno. Ninguém precisa me avisar.
domingo, 26 de junho de 2011
O tempo não para. E nem a minha cabeça.
Estou na reta final de um curso de quase um mês para professores. Outro. Digamos que isso é uma reciclagem promovida por uma grande escola de inglês. E, mesmo tendo feito o CELTA, eu estou exausta mentalmente. Mesmo tendo ouvido muita informação repetida, muita coisa que eu sei de trás pra frente, estou cansada. Fiquei essa semana analisando esse meu cansaço mental e percebi que ele acontece porque minha cabeça nunca para. As pessoas falam a e eu já estou pensando em abcdefg... Não consigo conceber que professores não entendam a importância de, numa aula, não ficar levantando a mão pra falar o que já foi dito. Não consigo entender por que a galera acha que legal é sentar na primeira fileira e ficar balançando a cabeça pra tudo que o tutor fala. Se eu fosse tutora teria uma vontade incontrolável de perguntar a essas pessoas se elas têm algum parentesco com aqueles cachorrinhos cafonas que as pessoas colocavam nos carros. Aqueles cujas cabeças ficavam mexendo eternamente.
As pessoas falam e eu só penso "mas como pode dar aula falando errado assim?". Eu cometo erros. Inglês não é minha língua materna. Eu cometo erros inclusive em minha língua materna. Mas eu aprendo sempre. Eu tento absorver o máximo de informação que eu puder, sempre. Eu vivo de ensinar inglês, eu não posso me acomodar achando que sei tudo. Não sei. Tem sempre algo a mais a aprender. Mas as pessoas falam como se além de catedráticas na língua, elas fossem também as mais experientes. Porra, gente, humildade é bom às vezes.
E como se não bastasse minha cabeça constantemente questionando se as pessoas não têm pai e mãe pra ensinarem a elas o significado da palavra "relevância", muita gente não entende que se vestir de maneira apropriada é importante sim. Eu gostaria de chacoalhar cada ser humano que acha que se vestir bem é futilidade. "Eu não julgo pela aparência". Bullshit. Julga sim, amiguinha. Porque se você, do alto de toda sua profundidade, olha pra alguém que demonstra ter preocupação com vestimenta e fala "aquela ali é fútil", PÃM, você julgou pela aparência. Eu, que estou longe de ser uma pessoa elevada, profunda e magnânima, presto atenção em roupa sim. E não tem NADA a ver com marcas. Não tem NADA a ver com usar calça x com blusa y. Não tem nada a ver com Gloria Khalil. Eu só acho que se vestir de maneira apropriada ao seu tipo físico é uma maneira de mostrar que você se ama e se respeita. Que você se preocupa com a maneira que se apresentará ao mundo. É só isso.
Então estou lá, com a cabeça fervilhando com informações novas, com informações antigas, com pessoas do curso que são MUITO legais, com pessoas que são o absurdo da falta de bom senso; e me aparece uma moça usando bota pata de vaca com salto de madeira, calça justa apertando tudo e blusa de moletom roxa. Putz. Aí ela tira a blusa e tá usando uma blusa apertada marrom. Meus olhos doeram. A coleguinha dela tem franjinha mal cortada e cabelos que precisam muito de hidratação. Qualquer creme de hidratação Seda, que custa menos de 10 reais, ajuda muito. Pode até resolver o problema. Mas "puxa, se eu andar com os cabelos hidratados vai parecer que eu me preocupo com aparência, e eu estou acima disso. Sou evoluída". Aham. E olha torto pra mim toda vez que eu abro a boca.
E eu fico lá, queimando a minha mufa e analisando tudo. Por que olha torto se eu não olho torto, apesar de achar chata? Por que não tentam aprender mais? Por que os legais ali são poucos? Por que não podemos subdividir a turma pra economizar meu cansaço? O mundo não está a meu dispor? Mas como essa pessoa não percebe que isso já foi dito de 5 maneiras diferentes? Por quê? Por quê????
E aí eu fico exausta. Porque minha cabeça não para. Nunca.
As pessoas falam e eu só penso "mas como pode dar aula falando errado assim?". Eu cometo erros. Inglês não é minha língua materna. Eu cometo erros inclusive em minha língua materna. Mas eu aprendo sempre. Eu tento absorver o máximo de informação que eu puder, sempre. Eu vivo de ensinar inglês, eu não posso me acomodar achando que sei tudo. Não sei. Tem sempre algo a mais a aprender. Mas as pessoas falam como se além de catedráticas na língua, elas fossem também as mais experientes. Porra, gente, humildade é bom às vezes.
E como se não bastasse minha cabeça constantemente questionando se as pessoas não têm pai e mãe pra ensinarem a elas o significado da palavra "relevância", muita gente não entende que se vestir de maneira apropriada é importante sim. Eu gostaria de chacoalhar cada ser humano que acha que se vestir bem é futilidade. "Eu não julgo pela aparência". Bullshit. Julga sim, amiguinha. Porque se você, do alto de toda sua profundidade, olha pra alguém que demonstra ter preocupação com vestimenta e fala "aquela ali é fútil", PÃM, você julgou pela aparência. Eu, que estou longe de ser uma pessoa elevada, profunda e magnânima, presto atenção em roupa sim. E não tem NADA a ver com marcas. Não tem NADA a ver com usar calça x com blusa y. Não tem nada a ver com Gloria Khalil. Eu só acho que se vestir de maneira apropriada ao seu tipo físico é uma maneira de mostrar que você se ama e se respeita. Que você se preocupa com a maneira que se apresentará ao mundo. É só isso.
Então estou lá, com a cabeça fervilhando com informações novas, com informações antigas, com pessoas do curso que são MUITO legais, com pessoas que são o absurdo da falta de bom senso; e me aparece uma moça usando bota pata de vaca com salto de madeira, calça justa apertando tudo e blusa de moletom roxa. Putz. Aí ela tira a blusa e tá usando uma blusa apertada marrom. Meus olhos doeram. A coleguinha dela tem franjinha mal cortada e cabelos que precisam muito de hidratação. Qualquer creme de hidratação Seda, que custa menos de 10 reais, ajuda muito. Pode até resolver o problema. Mas "puxa, se eu andar com os cabelos hidratados vai parecer que eu me preocupo com aparência, e eu estou acima disso. Sou evoluída". Aham. E olha torto pra mim toda vez que eu abro a boca.
E eu fico lá, queimando a minha mufa e analisando tudo. Por que olha torto se eu não olho torto, apesar de achar chata? Por que não tentam aprender mais? Por que os legais ali são poucos? Por que não podemos subdividir a turma pra economizar meu cansaço? O mundo não está a meu dispor? Mas como essa pessoa não percebe que isso já foi dito de 5 maneiras diferentes? Por quê? Por quê????
E aí eu fico exausta. Porque minha cabeça não para. Nunca.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
É o mínimo esperado
Hoje vou sair com meu marido e os amigos dele do trabalho. Será a primeira vez que saio com a galera do trampo dele. E não, eu não falo trampo, mas como a maioria é jovem e do sexo masculino achei que o uso dessa gíria seria bastante apropriado. Pena que quando eu tento usar esse tipo de gíria eu fique parecendo um gringo falando Português pela primeira vez. Fica bizarro.
Pois bem. Estou aqui toda preocupada com a produção. Usarei uma roupa bem bonita e vou até tentar colocar cílios postiços. Não que a ocasião requeira isso, mas achei que seria uma boa oportunidade de treinar a colocação deles e sair por aí dando piscadelas de simpatia. Sairemos pra dançar salsa, o que é ótimo, já que eu sei dançar salsa razoavelmente bem. Posso até ensinar uns dois passinhos a quem quiser.
Então depois de todo esse planejamento de traje e de simpatia, eu acho que o mínimo que os colegas do meu marido podem fazer é virar para ele no final da noite e dizer "nossa, você é um homem de muita sorte mesmo, sua mulher é tão legal, tão bonita, PARABÉNS! Cuide bem dela!".
Porque isso é mesmo algo que homens falam uns aos outros, não é? E esse é o mínimo esperado depois de tanta produção.
Rapazes, não me decepcionem.
Pois bem. Estou aqui toda preocupada com a produção. Usarei uma roupa bem bonita e vou até tentar colocar cílios postiços. Não que a ocasião requeira isso, mas achei que seria uma boa oportunidade de treinar a colocação deles e sair por aí dando piscadelas de simpatia. Sairemos pra dançar salsa, o que é ótimo, já que eu sei dançar salsa razoavelmente bem. Posso até ensinar uns dois passinhos a quem quiser.
Então depois de todo esse planejamento de traje e de simpatia, eu acho que o mínimo que os colegas do meu marido podem fazer é virar para ele no final da noite e dizer "nossa, você é um homem de muita sorte mesmo, sua mulher é tão legal, tão bonita, PARABÉNS! Cuide bem dela!".
Porque isso é mesmo algo que homens falam uns aos outros, não é? E esse é o mínimo esperado depois de tanta produção.
Rapazes, não me decepcionem.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Eu já sabia. Essa coisa de dieta não dá certo comigo. Eu tenho força de vontade pra muita coisa, muita mesmo. Mas comer é uma das coisas que mais amo fazer na vida. Passei anos, muitos, querendo engordar. Nunca precisei controlar nada em minha alimentação. Na verdade, eu fazia questão de comer coisas engordativas (e gostosas) porque elas eram a minha chance de engordar algumas gramas. Eu não sei o que é ter que controlar o que como. Nunca soube. Desenvolvi paixão por comer. Eu amo ir a restaurantes bons, aprender receitas novas, comer a comidinha da minha mãe. E, vocês sabem, eu amo cozinhar.
Aí passei dos 30. Casei. E ganhei em meses quilos que levava anos (!!!) para ganhar. Decidi, claro, começar a controlar a alimentação. Nada de dieta, só um controle maior. Acontece que é inverno. E, no inverno, o Taz baixa em mim. Quero comer tudo. Fico com muita fome. Quero carne. Brigadeiro. Queijos. Mais carne. Manteiga de amendoim no pão. Pão de queijo quentinho com manteiga. Quero muito tudo isso! Estou há duas semanas tomando sopas sem gordura na maior parte das noites.
Acontece que quando fico cansada, eu quero comer algo gostoso e gorduroso. Quando estou triste, idem. Quando estou estressada, também. Não ligo muito para chocolates e, pra ser sincera, eu prefiro um bom prato salgado do que um doce - não que eu dispense um doce, só não sou compulsiva louca por açúcar. Essa semana foi extremamente cansativa pra mim. E o que não devia acontecer, aconteceu: comi pizza. Comi um pastel de banana. Tomei muito vinho (vamos todos mandar um salve ao Baco!). Isso foi o equivalente a abrir as porteiras pra toda a boiada do Pantanal passar. Hoje só pensei em comida. Já comentei tanto sobre comida no Twitter que uma amiga me perguntou se estou grávida!
E foi aí que a confirmação veio: controle alimentar é algo muito difícil pra mim principalmente porque, quando dou essa pausa, eu quero sair comendo toda a comida gostosa existente no mundo! Até porque acho que a vida é tão difícil, não fico feliz tornando-a ainda mais difícil. Comer é prazer! Mas... E a balança? E as gordurinhas? E o fato d'eu estar proibida de fazer exercícios físicos por conta de um pé machucado? Viver é tão complicado, a convivência com os ceresumanos é tão complexa... Eu só quero um brigadeiro quentinho pra fazer meu dia feliz! Só quero comer e não engordar! Não é pedir muito.
Aí passei dos 30. Casei. E ganhei em meses quilos que levava anos (!!!) para ganhar. Decidi, claro, começar a controlar a alimentação. Nada de dieta, só um controle maior. Acontece que é inverno. E, no inverno, o Taz baixa em mim. Quero comer tudo. Fico com muita fome. Quero carne. Brigadeiro. Queijos. Mais carne. Manteiga de amendoim no pão. Pão de queijo quentinho com manteiga. Quero muito tudo isso! Estou há duas semanas tomando sopas sem gordura na maior parte das noites.
Acontece que quando fico cansada, eu quero comer algo gostoso e gorduroso. Quando estou triste, idem. Quando estou estressada, também. Não ligo muito para chocolates e, pra ser sincera, eu prefiro um bom prato salgado do que um doce - não que eu dispense um doce, só não sou compulsiva louca por açúcar. Essa semana foi extremamente cansativa pra mim. E o que não devia acontecer, aconteceu: comi pizza. Comi um pastel de banana. Tomei muito vinho (vamos todos mandar um salve ao Baco!). Isso foi o equivalente a abrir as porteiras pra toda a boiada do Pantanal passar. Hoje só pensei em comida. Já comentei tanto sobre comida no Twitter que uma amiga me perguntou se estou grávida!
E foi aí que a confirmação veio: controle alimentar é algo muito difícil pra mim principalmente porque, quando dou essa pausa, eu quero sair comendo toda a comida gostosa existente no mundo! Até porque acho que a vida é tão difícil, não fico feliz tornando-a ainda mais difícil. Comer é prazer! Mas... E a balança? E as gordurinhas? E o fato d'eu estar proibida de fazer exercícios físicos por conta de um pé machucado? Viver é tão complicado, a convivência com os ceresumanos é tão complexa... Eu só quero um brigadeiro quentinho pra fazer meu dia feliz! Só quero comer e não engordar! Não é pedir muito.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Dias almodovarianos
Numa dia chora sentada no ponto de táxi, depois de um dia cansativo, frio. Chora de cansaço, chora pela dor no pé, chora porque está resfriada há dias, chora porque andou muito para chegar a um ponto de táxi e, quando chegou, o único táxi saiu. Percebe que chorar não a levará para casa e anda até o outro ponto. Com muita dor. Consegue chegar em casa e chora no colo do marido.
No dia seguinte acorda sem vontade mas, de repente, fica bem. Fica feliz na aula, conversa com os colegas, arruma a casa, faz o que tem que fazer. Vai ao supermercado e fica feliz porque está tendo degustação de queijos e vinhos. Compra um vinho. Fica feliz porque vai beber vinho, fica feliz porque vai colocar flores na casa, fica feliz porque vai fazer torradinhas para o jantar, fica feliz pelo banho quente e demorado.
Horas depois o marido vai viajar. E ela chora, porque não quer dormir duas noites sozinha.
Muitas emoções femininas em dois dias.
Mas essa aí não sou eu não, viu, gente. É a prima da amiga da minha vizinha, vê se pode, chorando em ponto de táxi, que papelão...
No dia seguinte acorda sem vontade mas, de repente, fica bem. Fica feliz na aula, conversa com os colegas, arruma a casa, faz o que tem que fazer. Vai ao supermercado e fica feliz porque está tendo degustação de queijos e vinhos. Compra um vinho. Fica feliz porque vai beber vinho, fica feliz porque vai colocar flores na casa, fica feliz porque vai fazer torradinhas para o jantar, fica feliz pelo banho quente e demorado.
Horas depois o marido vai viajar. E ela chora, porque não quer dormir duas noites sozinha.
Muitas emoções femininas em dois dias.
Mas essa aí não sou eu não, viu, gente. É a prima da amiga da minha vizinha, vê se pode, chorando em ponto de táxi, que papelão...
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Particularidades de um treino de corrida com meu marido, parte 1
Eu e meu marido decidimos emagrecer e fazer exercícios físicos. Casamento engorda, é fato. Pós 30 anos também. Ele ainda não tem 30, mas como é muito companheiro, engordou comigo pra não me deixar sozinha (not). Optamos por começar com corrida porque é fácil e custo zero. Uma amiga me passou uma planilha de treinamento para sedentários. Beleza, é só memorizar o treino e sair correndo por aí. Vai dar tudo certo!
E eu realmente acho que vai dar tudo certo, mas eu não contava com o fato de meu marido, pessoa tranquila, virar um personal trainer muito bravo quando está fazendo exercícios. Primeiro que ele achou que o treino inicial era para "recém acidentados que estão começando fisioterapia". Achou por bem pular umas etapas porque, senão, ele morreria de tédio. Gente, eu não aguento correr muito tempo. Resultado: ele teve que aturar meu treino de velhinha em fisioterapia mesmo.
Como não temos cronômetro sugeri que a gente conte a partir das músicas que ouvirmos. Aí ele lança:
- Você tem Legião Urbana no seu Ipod?
Claro que não tenho Legião Urbana. Claro que eu fujo de Legião. Claro que sei cantar as músicas, mas é claro que não ouço nenhuma delas por livre e espontânea vontade. E claro que ele sabe de tudo isso. Respondi com voz de estranheza:
- Não tenho. Por quê?
- Ué, porque não adianta eu ouvir músicas curtas e você ouvir músicas longas.
- E Legião tá nessa porque...
- Me diz se adianta você ouvir "Faroeste Caboclo" e eu ouvir "Sabão crá crá". Adianta?
É, não. Nem questionei sabão nem crá crá porque fiquei com receio dele ficar mais general ainda.
Ele corrigiu minha respiração o tempo todo. Quando voltamos ele me fez fazer abdominais. Fiquei impressionada com a exigência da pessoa. E admito que, pra eu me exercitar, só com um general mesmo.
Obedeci, segui as instruções, nem questionei o fato dele ser turismólogo, e não personal trainer. Qualquer ajuda é bem-vinda e sei que preciso mesmo dos exercícios. Além disso, sei que o tempo está ao meu lado. Sei que o melhor agora é ser fofa. Porque em breve eu darei aulas de inglês a ele. E aí, minha gente, só digo que a vingança é um prato que se come frio. MWAHAHAHAHAHAAHA!
(brincadeira, amor, te amo e você é super fitness!)
E eu realmente acho que vai dar tudo certo, mas eu não contava com o fato de meu marido, pessoa tranquila, virar um personal trainer muito bravo quando está fazendo exercícios. Primeiro que ele achou que o treino inicial era para "recém acidentados que estão começando fisioterapia". Achou por bem pular umas etapas porque, senão, ele morreria de tédio. Gente, eu não aguento correr muito tempo. Resultado: ele teve que aturar meu treino de velhinha em fisioterapia mesmo.
Como não temos cronômetro sugeri que a gente conte a partir das músicas que ouvirmos. Aí ele lança:
- Você tem Legião Urbana no seu Ipod?
Claro que não tenho Legião Urbana. Claro que eu fujo de Legião. Claro que sei cantar as músicas, mas é claro que não ouço nenhuma delas por livre e espontânea vontade. E claro que ele sabe de tudo isso. Respondi com voz de estranheza:
- Não tenho. Por quê?
- Ué, porque não adianta eu ouvir músicas curtas e você ouvir músicas longas.
- E Legião tá nessa porque...
- Me diz se adianta você ouvir "Faroeste Caboclo" e eu ouvir "Sabão crá crá". Adianta?
É, não. Nem questionei sabão nem crá crá porque fiquei com receio dele ficar mais general ainda.
Ele corrigiu minha respiração o tempo todo. Quando voltamos ele me fez fazer abdominais. Fiquei impressionada com a exigência da pessoa. E admito que, pra eu me exercitar, só com um general mesmo.
Obedeci, segui as instruções, nem questionei o fato dele ser turismólogo, e não personal trainer. Qualquer ajuda é bem-vinda e sei que preciso mesmo dos exercícios. Além disso, sei que o tempo está ao meu lado. Sei que o melhor agora é ser fofa. Porque em breve eu darei aulas de inglês a ele. E aí, minha gente, só digo que a vingança é um prato que se come frio. MWAHAHAHAHAHAAHA!
(brincadeira, amor, te amo e você é super fitness!)
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