segunda-feira, 2 de julho de 2012

ClasseCgram

Uma coisa da qual eu tenho quase pavor é cabelo do alheio. Cabelo desconhecido. Porque eu não sei qual é a frequência de lavagem de cabelos da pessoa. Conheço gente que faz escova nos cabelos no sábado e só volta a lavar dali uma semana, pra fazer outra escova. Como é possível conviver com cheiro de couro cabeludo oleoso jamais entenderei. Não sei o que é pior. Cabelo sujo, cabelo seco estilo cabelo de milho ou cabelo cremoso, daqueles molhados que pingam Kolene. É páreo duro.

Infelizmente sou lembrada sobre essa minha implicância diariamente. Usuária de transportes públicos que sou, sou vítima constante de cabelos alheios perto de mim. Linha amarela do metrô em horário de pico, já viram? E a transferência da Linha Verde pra Amarela, ali na Consolação, às 18:30? Só digo que é um festival de piolheiras e de suor evaporado no ar que olhem, nem consigo descrever. Já cheguei a sair da Linha Verde na Paulista, andar até a entrada da Amarela na Consolação e pagar a entrada de novo só pra evitar aquele corredor gigantesco lotado de gente andando a 1 por hora. É desesperador.

(E se eu tiver que explicar aqui que não estou reclamando de condição social de ninguém, que não estou dizendo que quem usa metrô tem piolho, enfim, se eu tiver que explicar QUALQUER porra que eu escrever, bem, eu não vou explicar nada, só vou xingar. Vão lá patrulhar outra pessoa)

O problema maior é que o contato capilar poderia ser evitado. Poderia. Se as pessoas entendessem que as barras verticais pra gente se segurar não são um encosto, nem um travesseiro, nem um consolo pra você abraçar e recordar o fim-de-semana no Motel Calypso. Fico impressionada como as pessoas perdem o senso de que outras pessoas também precisam se segurar. Fica super complicado ter algum ponto de segurança quando pra cima tem uma cabeça cheia de cabelos encostada na barra. E pra baixo tem algo parecido com isso:


DIFÍCIL

5 comentários:

Dani disse...

Um amigo meu uma vez virou para uma moça que sensualizava com a barra do metrô, como na foto, e disse: "Tá achando que essa porra é pole dance?" Estou rindo só de lembrar...

S. W disse...

Eu tenho a mesma coisa com cabela, quiça mais até mais extrema, o cabelo pode ser lindo (não é o caso do meu), mas se eu ver um cisquinho de nada no cabelo, pronto, já peguei nojinho! Aqui na Europa a coisa não passa longe disso não viu, isso é um fenomeno worldwide.

beijos

Esmeralda disse...

Nossa!! Odeio gente que abraça a barra vertical do metrô como se ninguém mais precisasse segurar! Não tenho problema com cabelos... quando chego ao meu destino lavo bem as mãos e está tudo certo, mas tenho uma grande intolerância com gente sem noção!!! De minha parte eu eliminava todos com veneno... risos...

Natália T. disse...

Hahaha!! Olha, eu não daria conta... Rezo todos os dias pra não ter q vir a usar transporte público.. pq... putz.

Incansável matador sanguinário disse...

Se eu visse essa sensualidade na barra do metrô, com certeza não estaria pensando em cabelo. E considerando a imensa podridão que são essas barras do metrô, preocupar-se com isso é nóia.
Agora se eu visse alguma mulher fazendo isso com certeza não deixaria ela impune.