Estarei assim na rua:
Minha última aula do ano acaba às 17h de amanhã. É ou não é motivo para dançar no meio da rua?
EU ACHO QUE SIM.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Fake it until you make it
Eu estava fazendo tratamento com Roacutan e tive que parar porque ele interfere na cicatrização e brevemente terei meu pescocinho aberto e depois costurado, como vocês bem sabem. Precisei, então, ir à dermatologista para levar meus exames de sangue de rotina desse tratamento e para pedir que ela me desse um antiidade (o Roacutan funciona como antiidade, sabiam dessa?).
Cheguei, falei que tinha parado, expliquei o motivo e a médica me lançou um dos olhares mais empáticos que eu recebi até hoje. Começou a me perguntar várias coisas sobre a cirurgia, como eu descobri o Voldemort, etc. Disse que minha pele está ótima (YAY) mas preciso tratar dos melasmas (33 anos na fuça e já com tendência a melasma).
Tergiverso.
Tudo isso pra contar que, no final, ela me disse que eu estou com um astral ótimo e que ela tem certeza de que vai dar tudo certo porque estou bem e isso é visível.
Antes de mais nada, esclareço: eu não sou uma pessoa alto astral. Tenho meio preconceito com essa expressão, acho que é coisa de gente que é feliz o tempo todo e isso me dá preguiça. Não sou uma pessoa triste nem melancólica, mas alto astral JAMAIS. Mas alguém com um bom astral é diferente de alto astral, né? Então é isso, tô com bom astral. Eu. Bom. Astral.
Amigas e amigos meus há muitos anos, o que vocês acham disso? ;)
---
Alguns amigos comentaram comigo que a maneira como estou lidando com tudo isso é muito legal e motivo de orgulho. Disseram que estou forte. No final, acho que sou mesmo uma pessoa forte. Mas eu estou lidando com tudo isso da melhor maneira possível não porque sou "alto astral" ou coisa assim; e sim porque tenho um tipo de câncer que não oferece grandes riscos, um carcinoma isolado, que sai junto com a tireoide e não vai deixar rastros. Não terei que fazer quimioterapia, não passarei por nenhum tratamento sofrido. Se eu estivesse com um tipo de câncer mais complicado eu provavelmente estaria surtando de preocupação e de tristeza. Além disso, eu tenho todo o apoio do mundo do meu marido, família, amigos - até de leitores do meu blog que eu não conheço, mas me deixam comentários tão bacanas.
Quando penso nisso tudo eu penso que sou uma pessoa de sorte - sem zoeira e sem conversinha. Dos males o menor. E ainda com todo o apoio possível. O que quero dizer é que, de certa forma, não é difícil, para mim, essa tentativa diária de estar bem / manter positividade / não me desesperar. É um exercício diário. É mesmo um "fake until you make it". I'm making it. Por esforço meu - mas não sei como estaria meu esforço numa situação mais complicada.
(o que não quer dizer que a situação toda seja fácil. Não é, tá, pessoal? Eu só quis dizer que eu me forço a ficar bem, pro meu próprio bem. E de tanto me forçar, acabo acreditando que tudo vai dar certo. É mais ou menos isso. Não quis dizer que tá tudo "de boa na lagoa")
Cheguei, falei que tinha parado, expliquei o motivo e a médica me lançou um dos olhares mais empáticos que eu recebi até hoje. Começou a me perguntar várias coisas sobre a cirurgia, como eu descobri o Voldemort, etc. Disse que minha pele está ótima (YAY) mas preciso tratar dos melasmas (33 anos na fuça e já com tendência a melasma).
Tergiverso.
Tudo isso pra contar que, no final, ela me disse que eu estou com um astral ótimo e que ela tem certeza de que vai dar tudo certo porque estou bem e isso é visível.
Antes de mais nada, esclareço: eu não sou uma pessoa alto astral. Tenho meio preconceito com essa expressão, acho que é coisa de gente que é feliz o tempo todo e isso me dá preguiça. Não sou uma pessoa triste nem melancólica, mas alto astral JAMAIS. Mas alguém com um bom astral é diferente de alto astral, né? Então é isso, tô com bom astral. Eu. Bom. Astral.
Amigas e amigos meus há muitos anos, o que vocês acham disso? ;)
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Alguns amigos comentaram comigo que a maneira como estou lidando com tudo isso é muito legal e motivo de orgulho. Disseram que estou forte. No final, acho que sou mesmo uma pessoa forte. Mas eu estou lidando com tudo isso da melhor maneira possível não porque sou "alto astral" ou coisa assim; e sim porque tenho um tipo de câncer que não oferece grandes riscos, um carcinoma isolado, que sai junto com a tireoide e não vai deixar rastros. Não terei que fazer quimioterapia, não passarei por nenhum tratamento sofrido. Se eu estivesse com um tipo de câncer mais complicado eu provavelmente estaria surtando de preocupação e de tristeza. Além disso, eu tenho todo o apoio do mundo do meu marido, família, amigos - até de leitores do meu blog que eu não conheço, mas me deixam comentários tão bacanas.
Quando penso nisso tudo eu penso que sou uma pessoa de sorte - sem zoeira e sem conversinha. Dos males o menor. E ainda com todo o apoio possível. O que quero dizer é que, de certa forma, não é difícil, para mim, essa tentativa diária de estar bem / manter positividade / não me desesperar. É um exercício diário. É mesmo um "fake until you make it". I'm making it. Por esforço meu - mas não sei como estaria meu esforço numa situação mais complicada.
(o que não quer dizer que a situação toda seja fácil. Não é, tá, pessoal? Eu só quis dizer que eu me forço a ficar bem, pro meu próprio bem. E de tanto me forçar, acabo acreditando que tudo vai dar certo. É mais ou menos isso. Não quis dizer que tá tudo "de boa na lagoa")
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Difícil é a ansiedade
A data da cirurgia está marcada. Meio de dezembro. Já fiz todos os exames pré-operatórios. Trabalho só até dia 03 de dezembro, depois vou tirar uns dias pra descansar e estar realmente bem pra cirurgia. A ansiedade maior é para esse tal de 03 de dezembro. A cirurgia ainda parece meio distante pra mim, às vezes parece até uma outra realidade. Vou mesmo tirar minha tireoide? Estou mesmo com câncer? Vou mesmo tomar anestesia geral? É tudo tão impalpável. Por isso fico ansiosa pro que eu conheço. Pro confortável. Pros 3 dias numa praia, com meu marido, água de côco, comida boa e celular desligado (ele ainda não sabe, mas vou deixar meu celular em São Paulo e quem quiser que ligue pra ele - quero evitar internet e etcs nesses dias de folga). Vai dar tudo certo, né? Tem que dar.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Silver lining
Eu sei que o recém desemprego dele é bem ruim, ainda mais em minha atual circunstância. Mas ele em casa o dia todo é tão bom! Companhia nos meus intervalos de aula, acompanhante nos exames, abraço nas horas de ansiedade, colo no sofá antes d'eu ir dar aula. Não consigo nem reclamar do fato dele estar sem trabalho no momento. :)
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Eu nunca li tão pouco em toda a minha vida. Cada livro que deixo de ler me deixa mais desinteressante. Sempre fui ávida leitora, inclusive nos momentos de crise. Mas esse ano não consegui. Não dou conta, fico achando tudo chato. Acho que as redes sociais me deixaram meio burra. Na abertura do programa do Anthony Maravilhoso Bourdain ele fala uma frase que não tem saído da minha cabeça. "I'm always hungry for more".
Eu sempre fui faminta por mais. Mais conhecimento, mais informação, mais leitura. Hoje em dia continuo sentindo fome mas não sei o que fazer com ela. Tento saciá-la mas acabo achando tudo enfadonho. Não escuto mais música, não procuro por novas bandas, estou fora do mundo pop, do rock, de tudo. E aí minha fome acaba se tornando inútil, né. O que fazer com esse apetite por conhecimento se eu ando com preguiça do mundo inteiro? Do novo, do velho, de tudo. Minhas amigas leem tanto, fico me sentindo super mal porque não consigo mais conversar sobre leituras. Só sei conversar sobre seriados. E mesmo blogs e fóruns que falam de seriados são chatos pra mim.
Se tem algo que quero reencontrar ano que vem é meu antigo eu. Aquele interessante, com o apetite quase saciado. Esse eu de agora tá mondrongo demais. Gosto não.
Eu sempre fui faminta por mais. Mais conhecimento, mais informação, mais leitura. Hoje em dia continuo sentindo fome mas não sei o que fazer com ela. Tento saciá-la mas acabo achando tudo enfadonho. Não escuto mais música, não procuro por novas bandas, estou fora do mundo pop, do rock, de tudo. E aí minha fome acaba se tornando inútil, né. O que fazer com esse apetite por conhecimento se eu ando com preguiça do mundo inteiro? Do novo, do velho, de tudo. Minhas amigas leem tanto, fico me sentindo super mal porque não consigo mais conversar sobre leituras. Só sei conversar sobre seriados. E mesmo blogs e fóruns que falam de seriados são chatos pra mim.
Se tem algo que quero reencontrar ano que vem é meu antigo eu. Aquele interessante, com o apetite quase saciado. Esse eu de agora tá mondrongo demais. Gosto não.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Parabéns, hein, 2012. Tá de parabéns.
Conseguiu ser PIOR que 2008, as in o pior ano da minha vida. Aquele em que rolou paternidade, morte do pai biológico, assalto e perda de trabalho. Como você conseguiu essa façanha, caro 2012, eu não sei. Mas tá pior. Porque nada bate problema de saúde. Problema de saúde + problemas pessoais + problemas de grana, tudo num mesmo SEMESTRE, olha... CONGRATS.
A grande diferença é que depois de ter apanhado em 2008, eu fiquei calejada. Então na última desgraceira do semestre (ASSIM ESPERO) eu nem consegui chorar. E consegui, PALMAS PRA MIM, pensar que não posso pensar coisas negativas. Que tenho que manter a atitude positiva. Porque já tenho um cacete de um Voldemort, e não quero piorar e desenvolver todos os Comensais da Morte no meu corpo.
Mas de novo, parabéns, hein, 2012. Trabalhou bem.
A grande diferença é que depois de ter apanhado em 2008, eu fiquei calejada. Então na última desgraceira do semestre (ASSIM ESPERO) eu nem consegui chorar. E consegui, PALMAS PRA MIM, pensar que não posso pensar coisas negativas. Que tenho que manter a atitude positiva. Porque já tenho um cacete de um Voldemort, e não quero piorar e desenvolver todos os Comensais da Morte no meu corpo.
Mas de novo, parabéns, hein, 2012. Trabalhou bem.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Chega de eleições, viva!
Acabaram as eleições aqui. Ontem acabaram nos EUA. Um grande alívio para mim, que não aguento mais as pessoas vomitando suas opiniões de cientistas políticos - só que não - no Facebook.
Tenho clicado em "ocultar publicação" constantemente. Trabalhei com um dinamarquês mórmon que dava aulas de inglês. E ele, que mora no Brasil, resolveu postar diariamente muitas coisas a respeito do Romney. Parecia que o nêgo morava nos EUA. E era uma defesa com tanto fervor que eu perguntei "hey, have you moved to the US?". Resposta "no, but American presidents influence the whole world". Concordo. Mas precisa FUCKING panfletar, sendo que você é europeu e mora no Brasil? Ocultei o cara pra sempre.
Eu não manjo de política internacional. Mas eu não acredito em candidatos que se promovem através de religião. Seja aqui ou lá. De um governo de gente que coloca religião acima de tudo, eu quero distância.
E os muito politizados são quase religiosos fanáticos. Porque só eles entendem, só o que eles pensam e concluem é válido. E o resto do mundo é burro. Isso me dá coisas. Isso de "eu penso assim e estou certo porque entendo muito do assunto. Se você não conhecer mais que eu você não pode falar nada porque você é burro" é chato. E arrogante. E prepotente. Vindo de esquerdistas, direitistas ou gente muito religiosa.
Por mais que ainda esteja uma chatice a postação contra o PT / a favor do PT, pró Obama e contra Obama, pró Romney e contra Romney, a tendência é que esses assuntos resfriem gradativamente.
Até o próximo hot topic "preciso opinar de não eu morro". Espero que seja sobre Papai Noel. Ou sobre baby pandas. Não tem como achar chato alguém que só fala de baby pandas.
Tenho clicado em "ocultar publicação" constantemente. Trabalhei com um dinamarquês mórmon que dava aulas de inglês. E ele, que mora no Brasil, resolveu postar diariamente muitas coisas a respeito do Romney. Parecia que o nêgo morava nos EUA. E era uma defesa com tanto fervor que eu perguntei "hey, have you moved to the US?". Resposta "no, but American presidents influence the whole world". Concordo. Mas precisa FUCKING panfletar, sendo que você é europeu e mora no Brasil? Ocultei o cara pra sempre.
Eu não manjo de política internacional. Mas eu não acredito em candidatos que se promovem através de religião. Seja aqui ou lá. De um governo de gente que coloca religião acima de tudo, eu quero distância.
E os muito politizados são quase religiosos fanáticos. Porque só eles entendem, só o que eles pensam e concluem é válido. E o resto do mundo é burro. Isso me dá coisas. Isso de "eu penso assim e estou certo porque entendo muito do assunto. Se você não conhecer mais que eu você não pode falar nada porque você é burro" é chato. E arrogante. E prepotente. Vindo de esquerdistas, direitistas ou gente muito religiosa.
Por mais que ainda esteja uma chatice a postação contra o PT / a favor do PT, pró Obama e contra Obama, pró Romney e contra Romney, a tendência é que esses assuntos resfriem gradativamente.
Até o próximo hot topic "preciso opinar de não eu morro". Espero que seja sobre Papai Noel. Ou sobre baby pandas. Não tem como achar chato alguém que só fala de baby pandas.
domingo, 4 de novembro de 2012
Sabem o que eu quero?
Ficar bem.
E não só do câncer.
Quero me sentir bem, e em paz.
E as coisas já começaram a ter outro peso. Eu sempre fui esquentada. Sempre fui uma pessoa que fica brava. Que se estressa. Que sente raiva.
Continuo sendo essa pessoa, afinal, ninguém muda de um dia pro outro.
O que mudou? Eu tenho plena consciência que isso tudo me faz mal. E que, a longo prazo, pode me trazer outro problema.
Tenho tentado mudar minhas atitudes. Meus pensamentos.
Tenho conseguido, a maior parte do tempo. Não estou brava por estar doente. Consigo pensar, com sinceridade, que poderia ser muito pior. Não tenho me irritado tanto quanto antes. Eu realmente quero ser uma pessoa melhor. Eu realmente quero me estressar somente com o que importa. Não quero tomar atitudes radicais. Não quero manter mágoa. Nem raiva.
É difícil. Mas acredito que eu tenha que tirar algo de bom de tudo isso. Vamos ver.
E não só do câncer.
Quero me sentir bem, e em paz.
E as coisas já começaram a ter outro peso. Eu sempre fui esquentada. Sempre fui uma pessoa que fica brava. Que se estressa. Que sente raiva.
Continuo sendo essa pessoa, afinal, ninguém muda de um dia pro outro.
O que mudou? Eu tenho plena consciência que isso tudo me faz mal. E que, a longo prazo, pode me trazer outro problema.
Tenho tentado mudar minhas atitudes. Meus pensamentos.
Tenho conseguido, a maior parte do tempo. Não estou brava por estar doente. Consigo pensar, com sinceridade, que poderia ser muito pior. Não tenho me irritado tanto quanto antes. Eu realmente quero ser uma pessoa melhor. Eu realmente quero me estressar somente com o que importa. Não quero tomar atitudes radicais. Não quero manter mágoa. Nem raiva.
É difícil. Mas acredito que eu tenha que tirar algo de bom de tudo isso. Vamos ver.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Cabelinho novo
A cabeleireira tirou uns 5 dedos no comprimento. Parece que deixei pra trás muitos centímetros de pontas secas e do meu passado recente. Cabelo novo, pra mim, sempre marca uma nova fase. E também tirei o desbotado cor de palha e me tornei ruiva novamente. Mas um ruivo mais fechado, pra não ficar água de salsicha quando desbotar.
Curti. :)
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