domingo, 25 de fevereiro de 2007

Erguei as mãos e dai glória a De-eus!

Voltando de ônibus lotado depois de um passeio na Paulista hoje, tive que ficar de pé (ooh, really? De pé em ônibus em São Paulo? Mas isso NUNCA acontece, o sistema público de transporte nessa cidade é TÃO supimpa) na frente de um banco com três crianças. Provavelmente irmãos, os três muito brancos de cabelos escuros e olhos brilhantes, que olhavam todos que passavam e davam risadinhas cúmplices. Depois de um tempo acabei me perdendo em pensamentos enquanto ouvia minhas músicas e só voltei à Terra porque ouvi uma das menininhas dizendo "mããããe, o nariz da Carol tá saindo sangue!" - e ao mesmo tempo que chamava pra mãe, que estava em outro banco meio longe, a menina apontava pra irmã e olhava pra mim, com cara de "iih, fodeu", ainda que crianças geralmente não pensem que algo fodeu. A mãe ouviu e queria entregar lenços de papel pra filha, mas ela estava do outro lado e o corredor do busão estava apinhado de gente. Eu peguei o lenço de papel, entreguei pra Carol do nariz sangrante e pedi que ela colocasse a cabeça pra trás. A mãe me agradeceu e eu fiquei ali ao lado das crianças, de olho pra ver se a menina não piorava.

Carol tinha bicho carpinteiro no corpo e não parava de se mexer. Os irmãos não sabiam se riam ou se pediam para ela sossegar, e eu, como única adulta que estava ali prestando atenção neles, falei que se ela não conseguisse ficar quietinha o nariz dela ia continuar com sangue. E Carol aquietou a bacurinha. Dali a pouco a irmã de Carol me fala "moça, minha mãe tá te chamando". Olhei pra trás e a mãe, sorrindo, esticou o braço pra me entregar um DVD: "obrigada, moça". Peguei o dito e nele estava escrito "Rev. David Soares - culto gravado - domingo 25/02/2007". Por milésimos de segundo eu pensei "como assim, culto gravado, minha gente?". Mas em seguida só sorri e agradeci à moça o presente, ainda que levemente de grego.

Ou seja, eu ganhei um DVD com culto gravado, na volta de um passeio pela Paulista. Não sei a moça quis me agradecer de fato por eu ter ficado de olho na filha dela ou se ela achou que tenho o diabo no corpo e preciso de salvação. Seja uma coisa ou outra, achei fofa a atitude dela. Pra ela esse culto deve ter algum significado, e eu acho bacana quando as pessoas presenteiam com algo significativo pra elas. Mas o que eu achei bacana mesmo foi que a moça não tentou pregar, não tentou nenhum tipo de ladainha religiosa, não encheu meu saco: apenas agradeceu e me entregou. Em outras épocas eu acharia isso bem engraçado e faria algum tipo de piada a respeito do DVD do Reverendo David. Porque eu sou bem maldosa às vezes e meu sarcasmo pode atingir níveis estratosféricos. Mas sei lá... Acho que o mundo anda bem carente de delicadezas assim.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Não é amendocrem!

Nota rápida (especialmente para Sabrina): manteiga de amendoim Peter Pan é bem diferente de amendocrem, ok?! Amendocrem é doce demais e não tem a consistência nham nham cremosa de Peter Pan, ok?!

Sem mais para o momento,

Agora sim, 2007 começa

Antes de mais nada, que fique CLARO, CRISTALINO e PURPURINANTE que eu não tenho nada, absolutamente nada contra o Carnaval. Os desfiles de escola de samba, blocos de rua, trios elétricos, bonecos de Olinda e que tais são manifestações genuínas, que não se encontram em nenhuma outra parte desse nosso planetão véio sem portêra. Do mais próximo que cheguei do Carnaval, um show de axé na Praia do Forte na minha viagem à Bahia, posso dizer que me diverti horrores. Dei risada, dancei, pulei e fui feliz como se o Armagedão fosse dali algumas horas e aquele show fosse meu último dia de felicidade. O que, na verdade, até que era - dadas as devidas proporções, mas isso não vem (mesmo) ao caso. O fato é que acho legal quem quer suar em Salvador, beijar duzentas bocas e pegar sapinho, pular no meio da multidão em Recife, nas ruas de Ouro Preto*, nas ruas do Rio Maravilha ou em algum salão de clube em São Paulo. Acho bacana, acho válido, acho que cada um faz o que quer.

O que me revolta profundamente com relação ao Carnaval é o fato de quase não existir vida profissional até o alalaô-mas-que-calor-a-pipa-do-vovô-não-sobe-mais chegar. Pelo menos pra mim, mera prestadora de silviços, janeiro e fevereiro são os piores meses do ano todo, seguidos por dezembro (então é Natal) e julho (férias da petizada. E eu dou aula para adultos. É, não dá pra entender mesmo...). A justificativa para a baixa em procura por aulas nos dois primeiros meses do ano é sempre a mesma: "ah, vou resolver isso depois do Carnaval" ou então "melhor esperar o Carnaval".

GENTÊ, isso não faz sentido algum! Carnaval são quatro, cinco dias de folia. Justifica que a vida pare até esses dias chegarem? Há mesmo a necessidade de toda essa preparação pro isquindô-isquindô (a não ser que você trabalhe em escola de samba ou seja uma das gostosas profisionais que só vivem de desfile na Sapucaí)? E nem digo somente com relação ao meu trabalho: aposto que vocês, 3 leitores, já ouviram muito essa justificativa "só depois do Carnaval". Não entendo MESMO que quatro ou cinco dias de folia gerem toda essa comoção prévia. É a possibilidade de pegação non-stop? Então é pior ainda: o país "inteiro", então, está com uma vidinha sexual tão mais-ou-menos que precisa se preparar antes pros momentos de "segura o tchan, amarre o tchan" carnavalescos. Que segredo tem em pular na rua, ao som de uma música animada, beijar quarenta bocas, quem sabe apalpar partes íntimas, descer na boquinha da garrafa fazendo carinha de quem tá gostando demais e não lembrar no dia seguinte se o Arlequim era Colombina ou se o Pierrot usava macacão ou não? Sério que TUDO precisa parar até isso acontecer?

Claro que há mais motivos: IPVA, excessos financeiros do final de ano, ainda tá pagando a geladeira Brastemp que deu pra "patroa" no Natal, enfim, pode haver mais motivos entre a falta de aulas e o Carnaval do que sonha minha vã filosofia barata. Mas as pessoas culpam o Carnaval. Eu não: eu culpo as pessoas. Não sou a favor de histeria coletiva e acredito menos ainda que a voz do povo seja a voz de Deus. Principalmente porque Carnaval é data pagã e Deus deve bem estar com as barbas de molho pensando se criar esse furdunço que chamamos de Brasil valeu tanto a pena assim.

* Ouro Preto aka Sodoma e Gomorra. Piada interna, minha gente. Piada interna...

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Picardias estudantis

É tudo culpa do Marcel!

- Então, bla bla bla, infinitivo, bla bla bla, gerúndio.
- Teacher!
- Diga Evanocleido, dúvidas?
- Sim, mas de outra coisa. Estava aqui pensando: o que é Marcel?
- Marcel? É um nome!
- Ué, então o que quer dizer aquela música?
- Qual? Canta um pedaço pra mim.
- All by Marce-eeel...
*gargalhada*
- Não, é myself! All by myself!
- Sério? Agora fez sentido! Eu tava querendo entender o que o Marcel tinha a ver com isso...
- É, ele não tem nada a ver com isso mesmo... Nessa música a pessoa reclama de solidão.
- É verdade, "all by myself", quanta solidão... Ah, mas minha versão ficou melhor, vai.
- Sim, adorei o Marcel.
- All by Marce-eeeeeel!!
*mais gargalhadas*

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Isso me lembra a história de um amigo, também professor. Um dia ele estava ensinando o maledeto "either/or, neither/nor" quando uma aluna levanta a mão entusiasticamente:

- Teacher! Agoooora entendi aquela música da Tina Turner!
- Tina Turner? Que música?
- Ué, aquela assim: EITHER, NEITHER NOR THE HEEEERO!

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E pra quem acha que esse tipo de virundum só comete quem está aprendendo, visite www.amiright.com pra ver que há muito virundum pra Inglês ver e cantar, também.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Enquanto isso, na minha jukebox mental...

É linda. E vale a pena ser ouvida, acreditem. Eu adoro o backing vocal "gentê, quero um lance meio brega" na hora de "am I strong enough to be the one". Acho sensacional! Além disso, todo mundo tem suas razões pra contar os dias, ainda que sim, eles sejam todos numerados e o tempo passe como sempre passou. Eu sei das minhas razões para fazer minhas contagens regressivas longas e insanas, assim como sei que o mais importante, e já faz um tempo, é manter os pés no chão. Mas sonhar um pouco é sempre bom... E ao som dessa música fica ainda melhor.

Why do I keep counting?
(The Killers)

There's a plane and I am flying
There's a mountain waiting for me
Oh these years have been so trying
I don't know if I can use them
Am I strong enough
To be the one
Will I live to have some children

Help me get down
I can make it
Help me get down
Help me get down
I can make it
Help me get down
If I only knew the answer
I wouldn't be bothering you

Father
Help me get down
I can make it
Help me get down
Help me get down
I can make it
Help me get down
If I only knew the answer
And if all our days are numbered
Then why do I keep counting

My sugar sweet
Is so atainable
This behaviour so unexplainable
The days just slip and slide
Like they always did
The trouble is my head
Won't let me forget
I took one last good look around
So many unusual sounds
I gotta get my feet on the ground

Help me get down
I can make it
Help me get down
I can make it
Help me get down
Help me get down
I can make it
Help me get down
If I only knew the answer
I wouldn't be bothering you

Father
Help me get down
I can make it
Help me get down
Help me get down
I can make it
Help me get down
If I only knew the answer
And if all our days are numbered

Would you help me get down
If I only knew the answer
If I change my way of living
And If I pave my streets with good times
Will the mountain keep on giving
And if all of our days are numbered
Then why do I keep counting

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Peanut Butter

500 gramas de manteiga de amendoim com pedaços de amendoim (crunchy crunchy crunchy), devorado em pedaços de pão francês que serviam apenas de base sólida para TALAGOS* dessa fina iguaria americana. Isso em menos de uma semana. Olá, gordura localizada. Adeus, irritação-TPM-inquietude. Viva o poder do açúcar.

*Eu não sei quanto a vocês, mas quando como pão com: requeijão, cream cheese, patês, Nutella ou manteiga de amendoim, o pão é realmente só uma base pra uma camada MUITO generosa de qualquer uma dessas coisas. Eu passo com gosto mesmo, sem miséria. Já que é pra engordar, que seja com fartura e com prazer *ui*.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Álcool: aprecie com moderação

ou: Tenho certeza que Tarantino é um pudim de cachaça.

Sábado de manhã: acordo às 9 da manhã, na minha cama, sem a MENOR noção de como tinha chegado ali. Nenhum flash da minha volta pra casa. A única coisa que eu lembrava era de ter ido ao banheiro da escola de samba na noite anterior. Saí pelo quarto à cata do meu celular, mandei mensagem pro meu amigo que estava comigo: "Não lembro de NADA. Eu fiz alguma coisa ruim? Estou preocupada!". Nenhuma resposta, meu desespero aumenta, mas a ressaca me vence e eu volto a dormir. Horas depois levanto e encontro uma mãe de cara feia no meio da sala. Depois de alguns minutos descubro que cheguei carregada pelo meu amigo dinamarquês, um colega meu, também dinamarquês e dois outros amigos do meu amigo. Nenhum fala Português. Minha mãe não fala Inglês. Eu desmaiada no colo de desconhecidos (pra ela). E quando entrei em casa ainda falei alto "me deixa em paaaz, quero dormir". Eu sou uma ameaça à sociedade.

CHOQUE. Caio sentada na cama, bege, ocre, passada. EU? Carregada? Que vergonha, minha Santa Prelônia do Álcool Ingerido! Nunca cheguei a esse ponto! Os amigos do meu amigo me carregaram? Eu vomitei na frente deles? MAIS CHOQUE. Quando minha mãe viu meu desespero disse que tudo bem, que ela sabia que eu não era assim, que eu devo ter passado mal por algum outro motivo... E completa: pelo menos o cara que estava te carregando era bonito. Não sei como minha mãe ainda acha que isso poderia me ajudar, só me causou mais vergonha: o moço me conhece há três semanas e por acaso é meu ex-aluno. Ligo pra ele, que refresca um pouco minha memória.

(corta pra noite anterior)

Sexta à noite: Eu e cinco gringos num ensaio de escola de samba. Caipirinhas fortíssimas, depois de ter bebido um troço dinamarquês chamado "Black Bastard". Dois shots do bastardo preto, pura vodka com bala de menta. Muito estranho, mas pra quem já foi em show de axé e ainda se divertiu muito, dois shots de uma bebida com cor de musgo e gosto de menta salgada não são muito esforço. Todos já bem altos, eu rindo da malemolência dinamarquesa, eles rindo de tudo. Largo minha segunda caipirinha com meu amigo e vou ao banheiro. The end. Fim da linha. Não lembro de mais nada. NADA.

(corta pra sábado à tarde)

Sábado à tarde: meu amigo me liga pra saber se estava tudo bem comigo. Eu digo que já sabia mais ou menos o que tinha acontecido pela minha mãe e pelo amigo dele. Ouço, então: é, você tem que agradecer MUITO a ele e aos outros dois, eles te carregaram e cuidaram de você enquanto eu dirigia. VERGONHA. Tento lembrar de algo, só consigo lembrar que fui ao banheiro. Peço desculpas, digo que estou morrendo de vergonha, que acho que ele nunca mais vai querer sair comigo e sou obrigada a ouvir: "shut up". Levo um susto, meu amigo é um gentleman, caramba, devo ter aprontado, devo ter feito strip, devo ter dançado o tchan no capô do carro fazendo carinha de quem tá gostando demais. O alívio vem um segundo depois: "a gente te carregaria quantas vezes fosse preciso, faz parte da vida, já aconteceu comigo e só quero ter certeza de que você está bem pra poder passar mal um outro dia com a gente". Os dinamarqueses têm um senso de humor meio sádico. Isso porque quando falei com o outro amigo dele, antes, de manhã...

(volta pra sábado de manhã)

Sábado de manhã: - Fulano, estou MORTA de vergonha, me desculpe, sinto muito...
- É melhor você sentir mesmo, você deu o maior trabalho pra gente.
- ...
- Hahahahahahahaha! Deixa de bobagem, ninguém se importou, na verdade foi até divertido: te carregamos lugar afora, você cada hora no ombro de um de nós...
- Ombro???? Eu saí carregada nos ombros?
- É, até tiramos foto disso, sua bunda pra cima, uma foto ótima, por sinal.
- ...
- Você ficou MUITO mal, desmaiou umas 3 vezes. Achamos que colocaram algo na sua bebida... Você não bebeu tão mais que todo mundo...
- Eu falei bobagem? Fiz algo errado?
- Olha... Teve uma hora que... Falamos disso depois, tá?!
- AI, MEU DEUS... *desespero na voz*
- Hahahahahahaha! Você só sambou pelada, mas não teve problema, no geral foi um sucesso.
- AI MEU DEUS!
- Brincadeeeeira! Você estava tão desacordada que não conseguia nem se mexer, nem falar, nem nada. Fique sossegada, você não fez nada, só vomitou na gente.
- ...
- Presta atenção: ninguém está pensando nada de você. Isso aconteceu comigo várias vezes, não é nada de mais. Você exagerou, todo mundo exagera. E agora todo mundo acha você mais divertida ainda. Se precisar, te carrego de novo. E você vai ter que me carregar, ou tá achando que não vai ter vingança?

Sádico.
Já aconteceu com ele? E com meu amigo? Eu saí com os fundadores do grupo "Desmaios Alcóolicos Anônimos" e ninguém me contou nada? Eu era a única ser humana dali que ainda não tinha ficado inconsciente?
Fofos.
Que bom que ao menos eu estava em boas mãos.

Sábado à noite: Meu telefone toca. Era o amigo do meu amigo. Sim, estou bem, a ressaca está melhor, consegui comer pouca coisa, não vou beber nunca mais, fique tranqüilo. Sair? Hoje? Com vocês? Estão loucos? Ah, sim, sua despedida do Brasil... Não vão me dar nada alcóolico, só água? Querem ter certeza de que estou bem? Ah, já me falaram sobre essas fotos... Ah, bom saber que minha bunda é fotogênica.

Sádicos.

Bar, um pouco mais tarde: Chego no bar, com cara de "desculpaê, amigos *sorriso amarelo*". Meu amigo me vê e vem me abraçar. Ele me reconta a história, com riqueza de detalhes. Sádico. Outro amigo vem me abraçar. Ele me reconta a história, ressaltando a tal foto da bunda pra cima. Sádico. O que minha mãe achou bonito vem falar comigo. Diz que foi um prazer me carregar, mas que eu não fico muito bonita inconsciente. Sádico. O último sádico da noite vem me abraçar. E ainda ouço: "a gente já gostava de você antes, depois de ontem a gente te ama!".

Eu não disse que eles têm o senso de humor estranho?

In a nutshell: nunca mais bebo de estômago vazio. Agradeço aos céus por estar com eles, que foram de uma gentileza e um cuidado sem igual. Nunca mais bebo de estômago vazio. A foto realmente foi tirada, eles fizeram questão de me mostrar ontem. E é uma das fotos mais engraçadas que já tiraram de mim, pena que eu não lembre do momento do "click". A propósito, não quero mais ter amnésia alcóolica, minha noite parece uma colcha de retalhos com pedaços faltando. Minha noite e meu day after são flashes que outras pessoas lembram por mim e que vão do fim pro começo, passando pelo meio, num desfile de fatos que aparentemente não têm conexão ou não fazem tanto sentido. E é por isso que eu digo que Tarantino é, na verdade, um pinguço. Tenho certeza que a idéia pro roteiro de Cães de Aluguel e Pulp Fiction surgiram depois de uma noite de pé na jaca, com direito a amigos sádicos no dia seguinte.

Prêmio de melhor comentário a respeito: Minha mãe, hoje, me pergunta se eu continuo sem lembrar de nada. Sim, mãe, continuo sem lembrar.

"Eu achava que amnésia alcóolica fosse mentira, mas depois de você vi que existe mesmo. Por isso que as pessoas por aí dizem que cu de bêbado não tem dono, né? Nossa, não deve ter mesmo".


THE END