terça-feira, 28 de abril de 2015

Ocitocina e o aconchego

Usei esse TED talk em umas duas aulas, e cada vez que assisto a ele mais uma vez, fico mais encantada com o funcionamento do nosso cérebro e do nosso corpo.
Basicamente ela fala que o estresse é prejudicial só se você acreditar que ele é prejudicial, e mesmo que isso pareça balela de auto-ajuda, há uma pesquisa científica que prova isso.
Mas a parte mais fascinante é como a ocitocina é fundamental para lidarmos com o stress. A ocitocina é um neuro-hormônio produzido pela glândula pituitária, no hipotálamo, e é conhecida como o "hormônio do amor", porque ela é liberada quando abraçamos alguém, por exemplo.
No entanto, a ocitocina é também um hormônio liberado em situações de stress. Ela faz você querer contato físico. Sabe quando você está loko loko loko do koo, a vida está ruim, e você procura pessoas que você ama pra desabafar, procura um abraço, um colinho, um ombro amigo? Isso é um mecanismo do corpo, é a ocitocina agindo pra que você reaja de alguma maneira e se acalme.
O coração tem receptores para esse neuro-hormônio, então quando a gente está lá, lokona com rímel borrado escorregando pela parede e com o coração aceleradão por causa do stress, a ocitocina vai lá, fala pro coração que tudo vai ficar bem, e ajuda células a se regenerarem e se curarem de qualquer dano que o stress possa ter causado. A ocitocina é responsável por nos tornar empáticos, e preocupados com os outros.
Então podemos dizer que um abraço naquela hora de tristeza ou de stress realmente acalma o coração. Cientificamente acalma o coração. O chamego num momento difícil, o ombro amigo silencioso e presente, o colo naquela hora de desespero - tudo o que procuramos nesses momentos, e que achávamos que era algo social, não é somente. É o nosso cérebro querendo nos ajudar, é a ocitocina querendo ir acalmar o coração.
Se isso não é bonito pra caralho, não sei mais o que pode ser.

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