segunda-feira, 19 de março de 2007

Telma, Louise e quem mais chegar

Elizabethtown é um filme bobo que eu adoro demais. Sempre falo dele. Foi nesse filme que ouvi umas frases que tinham tudo a ver com algumas coisas que eu andava pensando. E foi nesse filme que Claire, a personagem da Kirsten Dunst, fala que todo mundo precisa de uma road trip sozinho ao menos uma vez na vida. E eu concordo, apesar dessa concordância me colocar numa situação difícil. Eu não sei dirigir.

Interrompemos a programação pra breve parágrafo sobre minha maior aventura automobilística:

A única vez em que um ser humano benevolente e totalmente provido de segundas intenções quis me ensinar a dirigir, eu bati o carro dele, fodi minha cabeça (sim, isso explica muita coisa), levei pontos e ainda tomei prejuízo. Eu estava feliz indo pra frente e pra trás com o carro. “Viva, consegui!”. Pra alguém que havia começado a aula falando que não sabia nem colocar o pé na ignição, havia muitos motivos pra comemorar. E aí o rapaz confiou nos meus dotes e me mandou fazer a curva. Acelerei em vez de frear. Entrei em pânico. Bati no muro do convento da rua sem saída perto de casa. O chão ficou com a marca do freio de mão. Só foi bom porque eu vi que as segundas intenções do rapaz eram sinceras, já que apesar d’eu ter estraçalhado o carro dele contra o muro de um convento; ele não quis me bater, disse que o importante era que eu ia ficar bem, tirou a camisa dele e colocou na minha cabeça pra conter o sangramento e ainda quis me namorar mesmo depois de ter me visto igual à Carrie na cena do sangue de porco. Mas isso faz tempo, muito tempo. Já cheguei a pagar as aulas de direção e não fazer. Isso porque optei por fazer aulas de moto primeiro (!!!) e nas primeiras aulas eu atropelei meu instrutor e fui com a moto em cima de umas mesinhas e cadeiras (com pessoas sentadas nelas, vale dizer) que estavam fora do circuito. Virei motivo de chacota na auto-escola e acabei por postergar minha estréia como pilota.

Voltamos agora, com a programação normal:

E aí, como eu vou fazer minha road trip sozinha se não dirijo e não possuo veículo automotor? Terei que adaptar a máxima da Claire. Todo mundo precisa de uma road trip. Ponto. E aí me perco em fantasias (ui) e idéias de algo à la Telma e Louise, com direito a Brad Pitt no meio do caminho. Som ligado, músicas pra cantar bem alto, o pôr-do-sol na estrada... Lindo, lindo... Eu ando com tanta vontade de viajar que nem precisa ser road trip. Pode ser plane trip, boat trip, motorcycle trip, jegue trip – o importante é a parte da trip. E pode ser até pra Muzambinho, não me importo. O importante é colocar o pé na estrada, nem que seja por um dia, e sair um pouco não só dessa cidade, mas de casa, da vida, da rotina.

Alguém me acompanha? Alguém? Alguém? Classe? Classe? Bueller?

4 comentários:

Marti disse...

e nas primeiras aulas eu atropelei meu instrutor e fui com a moto em cima de umas mesinhas e cadeiras (com pessoas sentadas nelas, vale dizer) que estavam fora do circuito

Cara, chorei de rir! AhuaHuaHuahua!

Miru disse...

Elizabethtown é um filme bobo com um casal sem química (e o macho tem cara de picolé de chuchu) que eu adoro demais.

Adaptei para o que eu acho. :D

Respondendo a pergunta: EEEU!

Anônimo disse...

Hahahahahahahahaha. Não sabia dessas histórias, e a de você bater o carro no muro é impagável. Quero detalhes depois, por favor. Fiquei imaginando você fazendo a curva e péééé, com o pezão no acelerador. Muito bom!

E, sim, eu quero, eu quero road trip! Beijoca!

Momento Descontrol disse...

Vc arruinou toda a minha interpretação de pessoa séria que só pensa em trabalho (que eu adoto mais fortemente quando leio blogs, pra não levantar suspeitas). Rachei o bico loucamente diante de todos os calégas. Se rolar demissão, a culpa é sua.

Risadas à parte, me identifiquei horrores com seu post, já que tbm não sei dirigir e tenho dificuldade em aprender.