segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Uma moça que era a CARA da Evangeline Lilly sentou-se ao meu lado hoje na cafeteria. Fiquei até com receio de olhar demais e ela achar que eu estava querendo algum ziriguidum. Não queria, claro. É que a menina era impressionantemente a cara e o tipo físico da Kate, do Lost. Só não tinha os olhos verdes. Agora, pensem em injustiça divina. Muita injustiça divina. Sim, porque é uma puta injustiça alguém nascer tão parecida com a Evangeline. Tipo que não sobra muito espaço pra reles mortais não tão favorecidas esteticamente - ou seja, o restante da humanidade, incluindo eu e vocês. Sorry, periferia.

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Houve um princípio de incêndio no prédio onde trabalho. Foi controlado, mas, ainda assim, tiveram que evacuar o prédio. Djóia: eu trabalho no 25º andar, o último. E, como tenho uma das vistas mais legais possíveis, nem me lembro que 25 andares é alto pra caralho numa situação de emergência. Aliás, quem pensaria nisso? Foram 25 andares a pé, pela escada de incêndio, encontrando o pessoal que saía dos andares inferioes no meio do caminho. A escada estava sem as luzes de emergência, tudo estava quase um breu e a multidão descendo causava um trânsito meio desesperador. Em outras palavras: se fosse um incêndio grande, que pegasse mesmo boa parte do prédio, todo mundo estaria bem fodido e mal pago. Cheguei ao térreo com as pernas tremendo e estou bem dolorida no momento. Ao menos valeu como a academia do dia.

Em tempo: saindo do prédio, vejo um grupo de pessoas da empresa, incluindo um aluno meu. E eles pareciam desesperados. Cheguei perto, discretamente, porque sou quase mestra em eavesdrop. E aí ouço o motivo do desespero: eles queriam continuar a trabalhar. Queriam ligar os notebooks ali, no meio da praça de entrada pro prédio. Fiquei bege. Porque por mais coxinha extreme hardcore que seja isso, de querer continuar a trabalhar depois de um princípio de incêndio, eu sei que isso acontece por causa dos prazos insanos que eles têm que cumprir. E que o cliente não perdoa. Quase virou churrasquinho? Problema seu, quero meu business plan pronto pra amanhã, e sem nenhuma fuligem. O mundo corporativo é cruel demais.

9 comentários:

A. F. disse...

Teacher, what a bafón, heim? Isso foi antes ou depois de você subir a ladeira? Anyway, once eu fiz um treinamento no banco para caso de incêndio. todo mundo desceu as escadas e aquilo fiocu entupido; se fosse de verdade, neguinho se jogava.

Anônimo disse...

Eu já acho uma ofensa pessoal o fato de existir UMA Evangeline, e isso porque ela está láááááá longe... Imagina só topar com um clone dela por aqui?

Felipe Lobo disse...

Treinamento pra incêndio não serve pra nada. Pequenos incêndios servem: pra mostrar que não se pode queer ordenar o caos e o desespero alheio.

Nessas horas, vale o ditado: "farinha pouca, meu pirão primeiro!"

kisses (brega dizer isso não?

PS: eavesdrop é óóóóóótemo! adorei. Sou one hundred percent isso aí.

Lorde David disse...

Nossa, se me sentasse ao lado de alguém com a cara da Evangeline ficaria totalmente LOST, rá-rá-rá.

Anônimo disse...

SENSACIONAL esse post, Cá. Comecei a chorar e rir na parte dos coxinhas querendo trabalhar na praça, porque isso é TÃO a minha vida. Passei pros calégas todos.
E vc bem podia ter pego o telefone da sósia da Evangeline, heim? Tanto amigo aí precisando.

Camila disse...

- Amber, foi antes! Ou seja, eu já estava cansaaaaaaada de subir a ladeira e ainda tive que descer 25 andares. Uó.

- Paula, POI ZÉ. E aqui, pertinho de mim. Pra quê? Uns com tanto e outros com tão pouco.

- Felipe, esse seu ditado é seeensacional!

- David, seu trocadilho infame foi ótimo. Mas meu senso de humor é tosco. Rá!

- Su, eu sei o que você deve sofrer, sério. Isso, mostre meu texto pros seus calégas, mas foque em seus calégas gatinhos. E ok que não estou na seca e estou longe de ser a Evangeline, mas se for pra dar telefone pralgum gatzinho, que seja o meu, né. E não o de uma racha desconhecida. RÁ!

Anônimo disse...

Não sei quem é essa dona Evangeline. Deve ter bafo. Ou deve faltar humor à mesa. Mas a dona do blog é bonita e inteligente. A equação, além de atraente, é perturbadora, pq num mundo dominado por forças zombeteiras as duas coisas num mesmo lugar só pode ser uma pegadinha. Cadê a câmera Camila, cadê?

Anônimo disse...

Eu não acredito que você não se apresentou para a clone da Evangeline Lilly para dizer "então, eu tenho um amigo, o Gato, que você devia conhecer". Muito egoísta da sua parte, ok?

Camila disse...

Cabral, entra ano e sai ano e você seeeempre galanteador... Ui. Eu só quero saber quando o senhorito vai deixar de frescurite e voltar a escrever no Ruminante. Hein, hein, hein?

Gato, vou andar com foto sua na carteira pra mostrar pra próxima gostosa que eu vir na rua e for parecida com alguma gostosa famosa, tá?