terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
O sempre controverso (para mim) mundo corporativo
Quando alguém aqui é levemente mal-educado ou descortês comigo e eu reforço minha idéia de que o mundo dos coxinhas é muito mala e produz pessoas chatas e sem noção, eu me lembro que já dei aulas em muitas empresas. Eu "estou" no mundo corporativo há uns 4 anos. E realmente não posso generalizar e dizer que todos os "business people" são assim, porque isso está longe de ser verdade. Tenho ex-alunos que viraram amigos (oi, Milena!), tenho lembranças ótimas de aulas, pessoas, ex-alunos, risadas durante a aula. Em muitas empresas onde dei aulas, as recepcionistas são educadas, as pessoas sabem cumprimentar e não têm uma postura de "como eu vou a 70 reuniões por dia eu sou muito ocupado e mais importante que você". Talvez isso seja coisa de consultores... Ou de falta de noção mesmo. O problema jamais será trabalhar em escritório e fazer uso de jargões como "otimizar" e "brainstorm". O problema não é fazer parte e abraçar a causa e só ler livros com nomes bizarros que falam sobre mexer em queijos ou sobre hábitos de pessoas eficazes, felizes, lindas, ricas e poderosas. O problema é você achar que é mais que os outros por conta de tudo isso. Porque no meu mundo, quem vai a 70 reuniões por dia não é tão feliz ou melhor assim.
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3 comentários:
chu, chuchu. eu sei tanto do que você está falando. porque presto serviços também, e mêo. tem uns dias que você se pergunta "mas minha vovózinha santa, acaso serão filhos de chocadeira? esse pessoal não tem mãe? ninguém ensinou que isso é feio?" porque as pessoas realmente acham que são melhores que as outras.
pois por mim podem enfiar a porra do queijo bem no meio do cu & além, pra ninguém nunca mais mexer.
vê-se que sou ainda mais pheena, né.
(mas isso a gente só pensa, ca-laro)
Eu já tinha uma opinião parecida com a sua quando eu fazia parte do mundinho coxinha. Foi um dos motivos, aliás, de querer sair correndo dessa vida.
Hoje eu voltei a um antigo trabalho para fazer uma brevíssima consultoria freelance. E fiquei ainda mais louco para sair correndo de lá.
E esses livros... OMG, quem aguenta? O pior era quando eu chegava de manhãs, com a barba por fazer e a gravata torta e via alguém se aproximar com um exemplar desse tipo de obra clássica nas mãos. E ainda quer conversar e me convencer que é uma obra-prima!
É, pensando bem, prima pode até ser, se for no mesmo sentido que no interior...
Cris, eu acho que muitos são de chocadeira, sim... Sabe, eu já dei aula pra muita gente LEGAL mesmo. De empresas grandes, bem grandes. E claro, em todas elas sempre tem cerumano sem noçã. Mas essa empresa de agora a maioria o é. E nem é uma grande empresa, pra nego ficar com vontade de bater a pica na mesa só por trabalhar lá. Parece síndrome de Bozó, mas nesse caso o Bozó é da RedeTv. Eu não entendo por que caralhos, no geral, as pessoas acham que podem perder a educação só por serem isso ou aquilo. Vergonhoso.
Felipe, repito: eu não amaldiçôo tudo do mundo coxinha. Eu, de certa maneira, "faço parte" dele. O que me irrita é a parte desse mundo que acha que é mais que o restante da humanidade. O que me irrita é que muita gente desse mundo não vai além das palestras de motivação e da auto-ajuda corporativa. Mas existe muito businessmen legal PARACARALHO. Tenho amigos terno-e-gravata que dão de dez em muito modernoso por aí. Mas aí, quando eu penso nesses amigos, vejo que eles fogem do padrão geral, haha.
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