Acredito piamente que gente sonsa é uma das piores raças que já habitaram esse imenso e inútil planeta. Tenho horror de gente dissimulada e gente ardilosa, e, geralmente, é perfeitamente plausível aplicar esses dois adjetivos a um sonso. Ou sonsa. Ser sonso é diferente de ser bonzinho. Os bonzinhos também são uma raça pentelha, mas porque sempre transbordam amor e caridade 24 horas por dia, isso quando não são excessivamente simpáticos. Aí fodeu: criou-se a "tríade coração bom", que me irrita profundamente. Gente boazinha demais é chato. Mas é só isso: chato. Já os sonsos são ruins mesmo. Porque eles ficam com aquela eterna cara de cachorro perdido no meio do mato e costumam falar só coisas de gente boazinha. Mas fazem muito bom uso da auto-piedade para, não só ganhar a simpatia do restante dos ceresumanos (que geralmente acham lindo uma pessoa que é coitadinha) como também pra foder o barraco de quem passar pelo seu caminho. E fodem pelas costas - ou seja, as conseqüências são bastante desastrosas. Eu ia dizer doloridas, mas esse é um blog que não faz trocadilhos infames. In a nutshell: pessoas sonsas são THE HORROR porque não são tão facilmente identificáveis e porque funicam sua vida enquanto você acha que aquela pobre alma com cara de idiota não consegue fazer mal nem a um protozoário. Eu posso falar aqui por parágrafos e mais parágrafos, já que, como meus amigos bem próximos sabem, eu fui "vítima" da maior sonsa da história dos sonsos há uns dois anos mais ou menos. Cada coisa que eu descobria era um susto. Mas concentremo-nos no caso de agora.
Pois bem. Uma das professoras de Espanhol da empresa, que eu já mencionei aqui duas vezes, aprontou o maior rebosteio com a professora "chefe" dela. Por pouco não sobra grandão pra essa professora chefe da área de Espanhol, que está lá há cinco anos. E tudo porque a songa monga, que todo mundo tratava feito boba porque ela quase chorava só porque não tinha sala disponível para aula, resolveu botar as asinhas de fora. Eu nunca fui com a cara dela e realmente não me surpreendi quando soube do acontecido. Lamentei pela chefe da área, que passou por maus bocados. Também não me espantei quando a chefe me falou que a sonsa não gostava nenhum pouco de mim: me achava metida e nojentinha.
*Levantando a plaquinha* "EU JÁ SABIA"
Eu não faço questão de ser amiga de todo mundo fora do ambiente de trabalho. Na empresa, então, eu sou o mais reservada possível. Falo com quem tenho que falar, dou minhas aulas e vou embora. Garanto o meu trabalho, fico disponível para o RH, ajudo em tudo que precisam e, quando preciso discutir algo importante, discuto com a chefe da área de Espanhol. Não tenho que dar explicações e nem ser fofa com uma professora que, além de me dar nervoso, ainda curte uma fofoquinha firmeza. Podem me chamar de escrota, eu digo que sou cautelosa. Porque se eu não fosse assim, reservada, com certeza teria sobrado pra mim no furdunço que a songa monga criou. O ambiente corporativo já é cruel com quem faz parte dele. Com quem presta serviços, então, nem se fala. Basta um pequeno escorregão que já dispensam seu trabalho.
Então a sonsa pode me achar metida, nojenta e antipática. Sou mesmo. Amigos eu tenho fora dali. Amiga eu sou de quem me passa a impressão de ser alguém bacana de verdade. Ficar de fofoquinha com quem, sinceramente, não me interessa, não faz parte do meu show.
4 comentários:
Por isso que eu te amo. Também não tenho a MENOR tolerância com coitadinhos e sonsos. Menor. Os bonzinhos eu até relevo. Mas nego que faz corpo mole pra vida DE GRAÇA deixa meu sistema muito nervoso.
só pra avisar, a aline aí em cima sou eu, lilla. esqueci a minha outra conta do blogger.
Um amigo meu me disse que eu faço justamente essa cara de cachorro sem dono, mas é diferente... ele diz que é pra mulher. hahaha Só que gente sonsa é do mal, fato. Porque eles se aproveitam, de quebra, pra ainda ficar como "amigo conciliador" depois que leva a uma merda qualquer.
Só que, no ambiente de trabalho, eu acho que ser "sonso" no sentido de "cara de paisagem" pode salvar vidas. E deixa pra falar mal no bar.
ALINE, love u too. E concordo contigo.
Paulo, mas fazer cara de paisagem não é ser sonso... É uma questão de se preservar, e é bem o que eu faço, e, pelo visto, você também. Falar mal eu falo no bar, no blog, em casa.
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