quinta-feira, 12 de julho de 2007

Ah, a vida, essa pândega...

Eu tinha três alunos particulares que, unidos às aulas na escola, garantiam meu suado sustento. No começo desse ano, entre fevereiro e começo de maio, as aulas na escola diminuíram MUITO. O que, obviamente, impactou em meu salário. Somado a isso, um dos meus particulares mudou-se pra Brasília, aquela terra abençoada. Ou seja: eu estava fodida e mal paga, sendo que o mal paga era literal mesmo. Comecei uma busca louca e incessante por novos alunos e algum novo emprego. Porque por mais que eu adore a escola onde trabalho, afeição não sustenta ninguém. Só que tudo andava tão bizarro, que eu não conseguia nada: pessoas se interessavam por aulas e se desinteressavam logo em seguida, igual homem canalha que perde interesse na mulher logo depois do sexo.

Lógico, comecei a pensar em abaixar o preço, oferecer aulas de graça, aulas de espartilho e cinta-liga, aulas com simulação de pole dance no final. Mas felizmente a sorte me sorriu antes que eu fosse presa por ato obsceno e eu consegui um novo trabalho, que vai me tomar boa parte do meu tempo. Ótimo, ótimo. E agora, que estou com quase tudo resolvido, o que me acontece? Chovem procuras por aulas particulares. Gente realmente interessada, que diz que topa começar na semana seguinte; só que meus horários a partir de agosto serão uma loucura, loucura, loucura, com direito a entonação à la Luciano Huck.

Se essas pessoas tivessem aparecido quando eu estava realmente procurando alunos, eu não teria me interessado pelo novo trabalho. E eu boto fé nessa mudança, sabem. Ou seja, a vida é uma fanfarrã que adora uma ironia, mas ela também funciona de maneiras muito, muito misteriosas.

3 comentários:

Mahaaka - Aum Budhaia Namarrá disse...

o sino sempre bate qd vc não está mais à porta! (q merda de analogia..)

bons ventos!
bjos

Andre Viegas disse...

Às vezes, a vida nos força a mudança sem q a queiramos, para nosso bem. Então, acho sempre melhor acreditar q esses movimentos vêm a somar. Vai fundo.

Bjs procê.

Anônimo disse...

Ah, gatammmm... é sempre assim mesmo. Quando eu tô na merda, não aparece um frila pra me salvar. Quando eu pego um frila gigante, aparecem mais trocentos ao mesmo tempo. Lei dos smurfs(sic), né?