domingo, 20 de dezembro de 2009
Um dia produtivo e alérgico
Esses são os biscoitinhos. O flash estourou em cima, mas eram 3 da manhã e eu estava há 4 horas ininterruptas numa sequencia sem fim: abre massa - molda biscoitos - coloca na forma - polvilha canela e açúcar cristal - coloca no forno - tira do forno - abre massa - molda biscoitos - ad eternum. Não tem como exigir foto boa. Eu estava tão cansada que meu nível de loucura estava no ponto de fazer biscoitos achando que Víctor e Leo têm músicas legais. Eu quase cantei "Fada" junto com eles enquanto eles se apresentavam no Altas Horas. Não cantei, mesmo porque não sei a letra direito. Mas era esse meu nível de loucura: estava achando tudo divertido. Quando meu irmão chegou em casa, às 3 da manhã, junto com um amigo, eu neeeem liguei que minha vestimenta fosse essa:
MUITO garbo e elegância.
Aí eles chegaram, eu já estava na última fornada, conversamos um pouco e eles, gentilmente, foram ao Mc Donald's aqui pertinho me comprar um lanche. Porque eu estava há horas só cozinhando e sem comer nada salgado. Terminado todo o trabalho do dia todo, fui deitar crente que ia dormir com os anjos, já que estava exaurida depois de horas de arrumação e horas na cozinha.
Mas aí... Eis que o monstro da rinite voltou, com força total. Comecei a espirrar loucamente, a tossir loucamente, meus ouvidos começaram a doer e eu achei que fosse o meu fim. Eu espirrei até quase 6 da manhã. Meu irmão não estava mais em casa pra ir comprar remédio, eu não tinha condição de sair e minha mãe, se não tinha acordado até ali com a sinfonia de atchins, não acordaria tão cedo. E foi assim que eu consegui dormir perto do nascer do Sol e hoje estou tão acabada que nem consegui sair da cama ainda. Levantei só pra almoçar.
Eu deveria ter ido ao cinema e deveria visitar dois tios meus pra levar os biscoitinhos. Mas estou sem forças. Disso, tira-se a bela lição: NUNCA arrume armários e tire pó sem ter um bom anti-alérgico em mãos. Aprendam, amiguinhos.
Pelo menos estou com tudo organizado e os biscoitos ficaram bem gostosos.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Pílulas de acidez
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Exausta
domingo, 6 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Aquela coisa de família
Sério que esse é um dos meus sonhos. Que teria consequências catastróficas, e, portanto, talvez seja melhor que ele permaneça sendo sonho mesmo.
Eu detesto essa postura geral de "nada aconteceu, nada está acontecendo, vamos seguir com nossa vidinha religiosa de ajudar os outros e esquecer quem faz parte da família". Eu NÃO aceito que seja pregado o perdão a torto e a direito, que haja esse discurso de "não devemos julgar", mas que isso seja válido somente para quem é de fora.
Aí as pessoas acham que eu sou boba e não percebo as alfinetadas que me dão quando falam isso ou aquilo. Se tem uma coisa que eu não sou é boba, principalmente no quesito "perceber alfinetadas". Anos de experiência, meu povo. Percebo a menor inflexão de voz. Sei muito bem que "fico TÃO FELIZ que você tenha encontrado um homem tão legal" ou "QUE BOM que ESSE é pra valer" significam muito mais coisas do que simplesmente felicidade por mim. Sei muito bem de tudo.
Mas há salvação. Nem todos os meus tios são problemáticos, nem todas as minhas tias são mesquinhas.
Ufa, desabafei.
domingo, 29 de novembro de 2009
Comer um bang
Outro dia ele estava assistindo um video ao vivo de uma menina que falava sem parar, e ele rindo. Perguntei: quem é essa aí?
- Essa é mina do rolê. O bang com ela é nervoso.
Lógico que não entendi.
Eu: - Fale a minha língua, por favor.
Ele: - Ué, ela é a mina que pega os caras foda dos rolês.
Eu: - Ela é popular? É biscate? Que rolês?
Ele: - Mais ou menos. Ela é linda, então o bang é nervoso. E ela pega os caras de banda. Aquelas bandas que você odeia e eu gosto. E os rolês são as festas, as saídas, rolê. Entendeu?
Entendi. Entendi que estou ficando velha. Porque quando você, que já usou algumas gírias "de rua", começa a implicar com as gírias dos xóvens, é porque, definitivamente, a idade bate à sua porta.
E, claro, eu entendi que meu irmão é foda que pega a mina do rolê porque o bang dele é nervoso.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Itacoatiara e Itaipu são próximas, mas o público de ambas são completamente distintos. A primeira é tranquila, não há alto-falantes nem quiosques, é algo mais, er... de raiz. Ainda que a chamem de "praia dos playboys", é o tipo de praia que eu gosto. Pela tranquilidade. Itaipu tem a orla bem maior, acesso mais fácil e é ponto final de algumas linhas de ônibus. Ou seja, é bem popular. BEM popular. Incrivelmente popular. Daquele popular em que o funk está nos alto-falantes, as meninas usam "pílsim" de pingente pendurados nas barriguinhas um tanto quanto proeminentes e as pessoas, no geral, são "loud". LOUD. MUITO LOUD. Eu tenho muita aflição de quem fala gritando, ainda mais dentro do ônibus, que é um ambiente fechado e pequeno. É um tal de "JÉFISSO VEM PRA FRENTE" ou "LUZILENE SENTA AQUI", sendo que Jefferson e Luzilene estão ali, pertinho.
Sábado a experiência que tive voltando de Itacoatiara e passando por Itaipu foi daquelas realmente marcantes. Primeiro que a entrada de Itaipu é um descampado enorme, cheio de ônibus e filas. Filas intermináveis de pessoas pra embarcarem. Nós estávamos já dentro do ônibus, então permanecemos sentados. Quando as primeiras pessoas entraram, correram pros assentos reservados aos idosos e deficientes gritando "EU nÃO VOU LEVANTAR, PODE PEDIR QUEM FOR QUE EU NÃO LEVANTO". Eram duas crianças. Seguidas dos pais, que diziam "É ISSO AÌ, PODE SER VELHO E O QUE FOR, VOCÊS NÃO LEVANTAM". Classe, né. Eu sou contra a reprodução humana nesses casos, mas não adianta. Os sem-educação se reproduzem, muito. E passam a falta de educação de geração pra geração.
O ônibus lotou, muito. Em Niterói, todos os pontos de ônibus têm um fiscal. Ou seja, se o motorista passar pelo ponto direto, sem parar, deve levar a maior carcada. Então todos param, a não ser que Newton se materialize dizendo que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Nosso ônibus estava cheio, mas ainda cabiam pessoas penduradas nas janelas, então o motorista parava em todos os pontos. Eu entendo, ele TEM que parar. É a obrigação dele. Mas o populacho não entende. Jamais. E muitas, muitas pessoas no ônibus começaram um coro super animado dizendo que iam comer o cu do cobrador, o cu do motorista, e por aí afora. Niterói também tem muitos morros e muitas curvas, e avenidas estreitas em muitas partes. Se o motorista corre, pode bater - e com certeza vai bater. A direção não pode ser tão selvagem, embora, ao meu ver, ainda o seja. Mas não para a patuléia daquele fatídico ônibus. Porque a turba começou a gritar, além da musiquinha linda sobre o destino anal do motorista, "VAI MOTORISTA FILHO DA P...", "CORRE DESGRAÇADO CORNO, TÁ ACHANDO QUE ISSO È PASSEIO?".
Meu rosto foi se contorcendo de dor, susto, indignação. Fiquei, mesmo, com pena do motorista. Os xingamentos foram constantes, sem propósito algum e muito pesados. E, quando davam uma trégua nos xingamentos, faziam um coro de algum funk proibidão, batendo no teto e nas laterais do veículo. Eu acho que todos têm direito a um transporte coletivo decente e eu SEI que em Niterói, no Rio ou aqui em São Paulo, isso está longe de acontecer. Mas NADA, absolutamente NADA justifica essa falta de educação. Pode vir pra cima de mim com discurso de que "eles não tiveram exemplo" ou "eles não tiveram educação", eu mando à merda. Sério. Eu nunca tive carro, eu sempre peguei ônibus e eu SEI o que é a realidade do transporte coletivo, não só aqui. E eu SEI o quanto as pessoas estão cada vez mais mal-educadas e sem noção.
É por isso que eu detesto multidões e aglomerações de ceresumanos. Porque o aglomerado de ceresumanos não é um monte de indivíduos juntos, dividindo espaço. É, na verdade, um organismo só. E um organismo que se acha corajoso. E faz merdas, como xingar motoristas que só estão trabalhando, como ensinar aos filhos que não se deve ceder o lugar a quem o banco é de direito, como xingar uma menina na faculdade de "puta" porque ela foi à aula usando um vestido curto. A multidão tem sempre uma força única e coesa, e nunca para o bem. Toda vez que eu vejo uma multidão se manifestar, é para agredir, xingar, impor suas merdas de músicas ruins aos ouvidos de quem está quieto.
Falta de oportunidades na vida nunca serão justificativa pra falta de educação. E e eu acho que o que mais falta nesse mundo, que está completamente virado do avesso, é educação. Basta raciocinar um pouco além. Basta observar mais. E você, mesmo que tenha nascido no meio de uma favela lá longe, saberá que xingar, gritar, barbarizar, nada disso te levará a nada. Só vai piorar o mundo que já não anda muito bem. Mas as pessoas sempre preferem o caminho torto. E assim, seguimos. Com idosos e grávidas sendo desrespeitados, com gente gritando em lugares públicos, com alunas sendo expulsas da universidade por "indecoro".
Que me desculpem os entusiastas, mas o povo brasileiro, na maioria, é bem pau no cu. E só.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
- Honey, that's US. OF COURSE it's the shovel killer.
Isso resume minha vida. Eu sempre achei que fosse o "shovel killer". Afinal, sou eu. Alguém cuja história de vida daria, sim, um roteiro de filme do Almodóvar. E nem é exagero nem pretensão, é fato. Pode perguntar pra qualquer amigo meu.
Hoje eu tirei da gaveta uma história que estava guardada e que eu pretendia deixar lá para sempre. Mas, às vezes, não é o "shovel killer". Às vezes pode ser o atleta. Só é preciso coragem para ir atrás dos fatos. Os fatos vieram até mim, e agora eu só preciso encará-los, até o fim. Mesmo que doa. Mesmo que o "shovel killer" permaneça e eu tenha que guardá-lo novamente naquela gaveta. Mas não custa tentar.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Trilha sonora do dia
2009 chegou e tudo mudou. E aí minha trilha sonora pessoal pôde se abrir novamente, a todos os tipos de música. Não só mais pop no meu Ipod, embora muitos megabytes sejam dedicados aos "queridos" que me ajudaram a não enlouquecer (Madge, Brit, B. e Justinlicious, love you all). E agora eu poderia procurar a trilha sonora dos meus dias. Mas que música tornaria meus dias melhores? Não estou passando por nem um vinte avos de todo o drama do passado, mas parece que eu ainda me apego somente a músicas que possam me animar e me fazer pensar em dançar. E por que isso? Porque, a verdade, é que a minha cabeça está cheia, cheia de pontos de interrogação. Sabem quando você trabalha, trabalha e não chega a lugar nenhum? Mas você não vai mudar de profissão, porque você ama o que faz. Só que você, no meio de sua crise de identidade dos quase 31 anos, está cansada de pensar nos pontos positivos do que você faz simplesmente porque você tem que trabalhar MUITO, mas MUITO MESMO pra ter retorno. E esse retorno não tem incluído estudos. Eu sou nerd, eu amo estudar, eu amo uma sala de aula. Mas cadê? E esse retorno não te permitiu ir visitar os amigos que você ama e moram longe, lá na Dinamarca. E esse retorno ainda não te permitiu viajar pra Inglaterra. Nem pra França. Os dois países que você mais sonha na vida em conhecer. Sabem? Quando você faz, faz e parece que tudo acaba indo pro banco, ou pro cartão de crédito, ou pros restaurantes, já que você precisa se alimentar durante a semana e coisa e tal? Então.
Estou cansada. Fisicamente. Emocionalmente. Cansada de fazer e fazer e esperar que algo aconteça, mas nada muito concreto acontecer. E aí tudo me deixa triste. O fato de nunca ter ido a Glastonbury procurar por Avalon (desculpem, é um amor antigo esse que tenho pelo Rei Arthur e um sonho antigo procurar por Avalon, ainda que não faça sentido algum para vocês) me fez chorar ontem. Olha que ridículo. Pra quê sofrer por isso? Acho que só porque já estou chateada com tanta coisa séria que eu precisava de algo ridículo. Pra distrair. Comecei a tomar vitaminas pra ver se melhoro, mas estou a um passo de tomar Maracugina ou coisa que o valha. E, claro, tudo acaba virando cansaço físico. Em alguns dias como ontem eu tenho vontade de sair correndo e nunca mais voltar. Em alguns momentos São Paulo é a cidade mais opressora do mundo. Com esse trânsito interminável, esses dias cinza, com pessoas muito sem-educação que ouvem a porra da música do celular alta dentro da droga do ônibus. Que sempre demora. E, aliás, o sistema de transporte daqui é uma merda. A cereja do bolo realmente são as pessoas com SUAS trilhas sonoras pessoais querendo torná-las públicas. E eu odeio isso. Eu posso estar sem trilha sonora, mas não quero a dos outros.
Aí hoje eu deixei o iTunes no random e acabei ouvindo uma música que não ouvia desde 2006. Não sei por quê essa música sempre me tocou de alguma maneira. E eu ouvia-a repetidamente em 2006, na época em que fui ao show deles. E acho ue achei a minha trilha sonora pra esses dias cinzas e confusos. De crise de identidade aos quase 31 anos. E acho que essa música me faz pensar por causa dessa parte, em especial:
"Another day, another night, another year
Another smile, another lie, another tear
This better not be all I got
I never thought I'd end up here
Friday night I'll raise my glass and say
"Tomorrow things will change! I can't afford to wait."
But by Monday morning my alarm clock knows
How this story goes and the ending's the same as the start"
Será que a vida é mesmo somente essa sucessão de dúvidas, crises e trilhas sonoras que acompanhem tudo isso?
domingo, 4 de outubro de 2009
Quando a luz dos olhos meus...
E foi assim que eu fiquei na semana passada:
(Dica úteis: Se algum dia você pegar conjuntivite viral, é essencial lavar as mãos com muita, muita frequencia; fazer compressas geladas várias vezes ao dia e trocar a fronha do seu travesseiro diariamente. Toalha, idem. Seu olho poderá inchar muito e não há muito o que fazer, pois o tratamento é pra aliviar os sintomas, não para combater a doença. O vírus precisa completar o ciclo, não tem jeito)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Glee
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Sloth vibes
Bem, eu não vou ficar cega. Todos já sabiam disso, é claro, mas, vejam bem: quando eu era criança e comecei a apresentar miopia/astigmatismo/etc, uma médica uma vez me disse: "temos que cuidar desses olhos, seria muito triste que olhos tão bonitos perdessem a visão, não é mesmo?". Pronto, estava aí instalada uma de minhas primeiras neuroses: a de que eu ficaria cega. Tem como me culpar? Claro que não, sou inocente, a culpa é toda da médica de minha infância. Pois bem, hoje voltei à oftalmologista, que é uma japonesa brava, a quem chamarei de Dra. Kamikase. Dra. Kamikase ficou alguns segundos me olhando fixamente esperando pela minha risada, que nunca veio, quando eu disse que tinha medo de ficar cega. Acho que ela realmente pensou que era uma brincadeira. Minha mãe, que estava comigo, morreu de vergonha. Agora era só o que me faltava: eu não poder falar pra minha médica meu medo relacionado à especialidade dela. Falo mesmo. Pelo menos ela me acalmou, garantindo que depois da conjuntivite viral podem haver sequelas, mas a cegueira certamente não é uma delas.
UFA.
Nem consigo expressar meu alívio, jemt. Só não abracei a Dra. Kamikase porque, antes, ela resolveu examinar minha pálpebra superior, a MAIS inchada, e virou a bichinha do lado avesso. As lágrimas de dor pulavam dos meus olhos. Saí da médica com minha mãe me amparando, acho que ela pensa que não estou enxerga do nada mesmo, e eu vi que as pessoas na rua passam por mim e ficam me encarando de uma maneira um pouco desagradável.
TÔ FEIA MESMO, VALHEU?
E, depois de saber que provavelmente terei mais UMA SEMANA enfiada dentro de casa e que nem meu namorado eu poderei ver nesse fim-de-semana, eu quero mais é que a Pollyana que eu mencionei no texto de ontem vá pros quintos dos infernos.
Boa noite.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Somatização, talvez seja isso.
Pollyana já nos ensinou que é importante ver o lado bom das coisas, então hoje fiquei contente porque consegui passar mais de 10 minutos com o olho aberto e estou conseguindo ficar na frente da tela por algum tempo. Hoje de manhã e à tarde isso seria impossível. Comprei meu laptop na hora certa, já que agora pelo menos posso ficar na cama internetando e vendo filmes, isso quando meu olho permite. Outra coisa boa é que aprendi a fazer mousse de chocolate e fica bom mesmo. Leve e aerado. E, claro, outra coisa boa é o meu namorado, que me manda mensagens e grava musiquinhas em minha homenagem, pra me fazer rir. Então viva o olho que agora consegue ficar aberto, viva o laptop, viva a mousse de chocolate e viva meu namorado. Sem ponto de exclamação, porque aí já é exigir demais de mim.
domingo, 13 de setembro de 2009
Legging branca, o pesadelo
Obrigada
terça-feira, 25 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Leito de morte
domingo, 16 de agosto de 2009
Cinnamon Roll - a paixão que aprendi a fazer
1) Minha mãe é uma mulher que faz pães. Sempre fez, e, graças aos céus e à sua alegria em sovar massa, continuará fazendo. Eu cresci vendo minha mãe fazer pães dos mais variados tipos. Eu às vezes podia ajudar esfarelando o fermento para que ela fizesse a esponja. Ela também me deixava vigiar o crescimento da massa - e eu acreditava que estava fazendo algo útil. Ah, a ingenuidade infantil e a crueldade adulta... E ela sempre me dava um pedaço de massa para que eu fizesse meu mini pão. Isso era legal. Eu também podia comer um tequinho de massa crua. Eu adoro massa crua. A especialidade da minha mãe é pão de mandioquinha e pão recheado de calabresa, queijo e tomate. O pão de mandioquinha é muito, muito macio. Recém saído do forno com um pouco de margarina na fatia, é uma prova de que gula não é pecado coisa nenhuma. E o pão recheado de calabresa é tão famoso que já foi encomendado para festas infantis e até para festa dos meus amigos. Desnecessário dizer que nunca sobra nada pra contar história. Acho que essa é a única receita "de família" que temos. Minha mãe sempre disse que o segredo da massa está em sovar. E ela coloca a alma dela nesse ato. Sério. Ela faz a pia tremer porque ela não somente sova como os chefs ensinam: ela pega a bola de massa, levanta e joga com toda a força sobre a pia. É bem legal - serve como controle de stress.
2) Há alguns anos havia, em alguns shoppings, essa atentado à gordura localizada: Cinnabon. E foi lá que eu descobri os cinnamon rolls. E me apaixonei perdidamente, com ênfase nessa delícia: Caramel Pecanbon. Eu ia toda semana ao Cinnabon do Shopping Morumbi. TO-DA semana. Pra completar, a mãe da minha fiel escudeira e irmã de coração tinha uma loja no shopping e dona Renata estava sempre por lá. Resultado: íamos sempre juntas. Fofocar e comer. A Renata tinha, inclusive, uma maneira de me animar: sempre que eu estava meio chateada ela falava "vamos comer um cinnamon roll?". Era o que bastava para uma fagulha de brilho aparecer em meu olhar tristonho. Rá. Aí o Cinnabon acabou e as minhas amigas tiveram que descobrir outra maneira de me fazer sorrir. Geralmente é me levando pra comer cheesebacon. Minha alma é de gordinha, gente.
Fim das duas historinhas, voltamos ao ano de 2009. Há algum tempo eu estava ensaiando testar alguma receita de cinnamon roll. Principalmente porque pagar quase 6 dinheiros no cinnamon minúsculo da Starbucks me revolta. Na verdade, a Starbucks, como um todo, me revolta um pouco, mas sobre isso eu falo outro dia. A Café Suplicy também tem, e é bem gostosinho, mas nada se compara à fofice e cremosidade dos cinnabons. Quinta passada, eu de molho em casa, decidi me arriscar. Comecei fazendo pesquisa de receita, mas no excelente Technicolor Kitchen e outros blogs bons de culinária, as receitas eram para quem tem máquina de pão. Não é meu caso. Aí achei 3 receitas e meio que misturei tudo. A primeira parecia ótima, mas como eu vou pesar 32 gramas de ovo? Eu não tenho balança culinária. Mas eu li a receita, modo de fazer e afins e entendi mais ou menos o processo dos rolls - e me baseei nessa receita pro recheio. Para a massa usei essa e segui meio à risca. Pra cobertura me baseei nessa mas acabei fazendo tudo de olho porque 8 "onças" de cream cheese é um pouco demais e eu queria a cobertura mais doce do que azedinha.
Os rolls, antes de assarem, ficaram assim:
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Analfabetismo funcional: não trabalhamos
-Não tem gosto musical definido, diz que é eclético e gosta de tudo menos pagode e sertanejo
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Só uma informação
Tudo bem explicadinho, nos mííínimos detalhes - ou - Encerro por aqui a tal "polêmica"
Vou explicar alguns pontos do post que escrevi, pra deixar bem claro, nos mínimos detalhes, o que eu quis dizer.
Venham comigo!
"Nessa pequena mudança por aqui, deletei vários links de blogs de maquiagem, beleza e moda. Continuo achando moda, beleza e maquiagem legais. Mas estava achando a maioria dos blogs sobre esses assuntos um pé no saco. Uma mulherada cagadora de regras, cheias de afetação"
O que eu quis dizer: Se eu deletei vários links de blogs de beleza e maquiagem significa que não pretendo mais ler esses blogs. Se eu não mencionei que blogs eram, significa que eu não quero ofender ninguém e nem encher o saco de ninguém. Eu também digo que acho a mulherada cagadora de regras e cheias de afetação, já deixando claro qual é o motivo d’eu ter desistido dos links e das leituras dos mesmos.
"Eu não preciso de todo um tutorial pra saber como enrolar um cachecol no pescoço. Não preciso de uma explicação detalhada de como prender meus cabelos no estilo "soltinho""
Comecei a frase usando a primeira pessoa do singular, certo? Ou seja, EU não preciso de tutorial. Ficou claro?
"Faço uns penteadinhos com tic tac há anos. E nem por isso sou trend setter de porra nenhuma. Eu não tenho paciência com mulheres afetadas ou monotemáticas."
Vejam que aí eu revelo parte de minha vaidade: eu uso penteadinhos com presilhas. Admito que não sou trend setter de nada. E reafirmo que não gosto de PESSOAS cheias de afetação e que só falam sobre uma coisa. Em momento algum eu critiquei blogs temáticos. Se alguém leu que critiquei blogs temáticos, indico minha oftalmologista, ela é ótima.
"Aí tem toda aquele lance da puxação de saco entre blogs. Eu ODEIO puxação de saco."
Vou mudar um pouco enfatizando uma outra parte: “EU odeio puxação de saco”. Eu, mais uma vez. Se você acha legal essa lambeção de cu entre os blogs de beleza em geral, ok para você. EU não gosto e EU não leio. Eu não gosto de puxação de saco na vida. Uma coisa é você demonstrar apreço pelas coisas e pessoas. Outra, bem diferente, é puxar saco sem limites. Eu sou carinhosa com meus amigos e pessoas de quem gosto. Mas não sou puxa-saco. Eu NÃO quis dizer que ser carinhoso é feio, gente. ONDE vocês leram isso, nesse texto? Me mostrem, por favor.
"E eu não preciso me constranger ao ler blogs, sabe? Blog é só distração."
Ao dizer “eu não preciso me constranger ao ler blogs” estou, de maneira sutil, insinuando que se me constrange eu não leio. Certo?
"E aí lá ia eu me distrair com algum blog sobre futilidades que eu adoro e era obrigada a ver essa ou aquela blogueira maquiadora e super trend setter ser elevada à categoria de semi deusa do Olimpo dos blogs de beleza."
Olhem como está CLARO que eu GOSTO de blogs sobre as ditas “futilidades”: “e lá ia eu me distrair com algum blog sobre futilidades que eu adoro e era obrigada (...)”. Viram? “blogs sobre futilidades que eu adoro”. O que isso significa? Que sim, eu adoro maquiagens e afins. Eu só não gosto de determinadas afetações, puxações de sacco e cagações de regra das pessoas. E aí eu DEIXO DE LER o blog. E não encho o saco de ninguém.
Aí você vai dizer que eu encho o saco sim porque escrevi um texto sobre o assunto. Hoje estou paciente, então vou, mais uma vez, explicar o óbvio: esse é MEU blog e aqui eu dou a MINHA opinião sobre o que EU bem entender. Se EU quiser criticar a Revista Caras eu vou criticar. Se EU quiser criticar o Domingão do Faustão eu vou criticar.
Eu não consigo entender por que ter opinião sobre as coisas ofende as pessoas. Gente, eu só dei a MINHA opinião. Eu te ofendi? Xinguei sua mãe de rampeira xexelenta? Xinguei sua melhor amiga de boba, feia, fedida e xixicocô? Xinguei ou fui agressiva com alguma blogueira?
NÃO.
Eu não acho que meu blog tenha conteúdo. Eu não tenho essa intenção. Eu escrevo blog diarinho, sempre escrevi, porque gosto. Estou no “mundo dos blogs” desde 2001, 2002. Acreditem, já vi muitas fases desse “mundo”. Já vi muita puxação de saco. Essa “polêmica” aqui e no VnF, os comentários de pessoas que não sabem interpretar texto e não lêem as entrelinhas não são novidade alguma para mim. Se EU não considero o conteúdo de algum blog ou o jeito como a pessoa fala ou escreve legais e eu deixo claro que não leio esses blogs, onde está meu erro? Meu erro está em ter uma opinião e expressá-la? Eu acho exagero SIM haver vídeo explicando como usar um cachecol. Ué, EU acho exagero. Se te serviu, bom pra você. Mas não venha encher o meu saco dizendo que eu considero “bullshit” esse assunto. Não considero “bullshit”. Acho apenas exagerada a forma como alguns blogs de moda que eu não leio mais abordam o tema.
Eu realmente não tenho nada a ver com o dinheiro alheio nem com a maneira como as pessoas gastam seus reais. Por isso eu deixei claro que eu EU acho que algumas meninas exageram. Eu deixei claro que o problema está na falta de limites, no exagero, e não em comprar tal coisa ou em entender sobre tal assunto. Problema é a criação de um monte de regrinhas e chatices para algo tão legal: maquiagem.
A Vic Ceridono, do Dia de Beauté, que trabalha com moda e maquiagem, já disse que essa coisa de regras pra isso e aquilo só limitam as pessoas. Ela, que entende mesmo do que está falando. Ela já disse que o importante é ter noção. E saber usar o que fica bem em você. A Marina, do 2Beauty, que faz uns makes maravilhosos, é super didática e não é nada afetada. Muito pelo contrário. E estou falando de dois blogs temáticos. Estou falando bem. São dois blogs que eu acompanho. As meninas do VnF, inclusive, acham essa coisa de regras e diretrizes uma chatice também.
E com tudo que eu escrevi, por acaso eu disse que as pessoas podem ou não podem usar isso ou aquilo? Não. Eu não disse. Eu deixei claro aquilo que eu não gosto e ponto. Se é difícil para algumas pessoas entenderem ironia, lamento por elas. Se é difícil para algumas pessoas interpretarem um texto, mais uma vez, lamento por elas. Como podem achar que minha sugestão de montar banquinha na Praça da Sé era séria? Alguém já ouviu falar em “sentido figurado”? Como alguém chega no MEU blog e vem me dizer que escolhi as palavras erradas? Eu escolho as palavras que eu quero e penso muito bem antes de usa-las. Os palavrões que uso aqui são deliberadamente usados. Eu não os uso por falta de vocabulário – eu garanto que meu vocabulário é excelente. E a quem reclamou que eu não soube me expressar de maneira inteligente e não expliquei bem meus motivos, e, assim, não soube “comprar a discussão” (que compra? Que discussão?), eu pergunto: está claro assim? Ou será que precisarei também fazer alguns gráficos e ilustrações?
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Sobre os blogs de moda e beleza - um desabafo num post longo.
Mudei!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Ah, como eu queria ter participado disso!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
O pedido de desculpas
domingo, 5 de julho de 2009
Boca no trombone - ou - Carta ao Vegas Club
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Do you remember the time?
I vividly remember. Me and my aunt, a huge Michael Jackson fan, in her living room listening to some of his albums. "I just can't stop loving you" was playing and we were singing it LOUD. I mean, really loud. I had the lyrics in my hands, since I wasn't fluent in English yet. Actually, in those times I had no idea I'd become an English teacher one day, but this is another subject. My aunt knew all the lyrics by heart, she had all his albums, she was really crazy about every little thing he 'd made. She used to be such a cool person, I don't know why years came by and she became so boring. Again, another subject. So, there we were, singing out loud. And I started crying. Because I was madly in love with a boy and he didn't even know about it. I think he suspected, everybody suspected. He is my aunt's cousin, but me and her are not blood related, so he isn't either. Anyway, my family and her family are very close and it was like he was family too. Inside my crazy teenage mind, he should never know because "our" love was forbidden, we were like family. Oh my God, how silly was I? My aunt knew about my secret love and hugged me - she understood why I was crying. And we kept singing along together.
I also remember when he launched "Black and White". I was in a friend's house, it was a nice evening and we were all utterly impressed by all that technology of turning people's faces into other people's faces. It was SO wow... I remember when "Thriller" was launched, I was a little child and felt terrified by all those monsters. I sang along with him in some language I believed it was English when he sang "Beat it". I was very impressed by all the break dance, his moves were so amazing. When "We are the World" was all and about in all the radio stations I used to ask the school's bus driver to turn up the volume because I loved that song. I love it 'til nowadays, actually. When I found out that Billie Jean was not his lover, she was just a girl saying that he was the father of her child, I was apalled. I had always thought she was his lover!
I still can't believe we are in a world where there is no Michael Jackson anymore. I'm not a person who cultivates idols and I can't say I'm a fan of anyone or anything, but I do have some artists that I deeply admire. Madonna, Muse, Michael. He's part of my childhood memories. He was one of the artists who "taught" me how to speak English. I love many of his songs and I think he was genius. And just like all the geniuses, he was tormented and lonely. And I won't even start with all that pedophilia accusations he got years ago. I think he died alone. The King of Pop died completely and deeply alone. The greates entertainer the world had ever had so far, a man who influenced all the coming generations, completely alone.
How sad is that?
May he truly rest in peace and his kids can grow without all the media lurking them around.